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Operação em Umuarama reforçará combate e prevenção ao greening, doença dos citros

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O combate ao greening, doença mais importante entre as que atacam os citros no mundo, terá uma nova etapa no Noroeste do Estado, principal produtor do Paraná. De segunda a sexta-feira (4 a 8 de novembro), a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) realiza uma força-tarefa na região de Umuarama.

Denominada “Operação Big Citros Umuarama”, o trabalho de conscientização, fiscalização e reforço nas medidas de prevenção e controle da doença vai se estender nos municípios de Altônia, Cruzeiro do Oeste, Maria Helena, Iporã, São Jorge do Patrocínio, Perobal, Cafezal do Sul, além de Umuarama.

A ação focará em propriedades com vegetação hospedeira, tanto em áreas comerciais como não comerciais, pomares abandonados e plantas isoladas. Também será feita a atualização cadastral das unidades de produção de citros na região no Sistema de Defesa Sanitária Vegetal (SDSV) da Adapar.

De acordo com o Departamento de Sanidade Vegetal (DESV), a operação prioriza o atendimento de denúncias referentes à existência de plantas sintomáticas com a doença, pomares abandonados e com controle fitossanitário insuficiente.

Em agosto do ano passado a Adapar promoveu ação semelhante na região de Paranavaí, com envolvimento de órgãos públicos, iniciativa privada, produtores e industriais. Esse trabalho continua com eliminação de todas as plantas que apresentam doença e fiscalização rigorosa contra a venda irregular de mudas no comércio ambulante.

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GREENING – O HLB (Huanglongbing) ou greening dos citros é a principal praga quarentenária que afeta os citros no mundo devido à severidade, rápida disseminação e dificuldades de controle. No Brasil, a bactéria “Candidatus Liberibacter asiaticus” (CLas) é o principal agente causal do HLB.

A doença afeta plantas de praticamente todas as espécies cítricas, além da murta (Murraya paniculata), Fortunella spp. e Poncirus spp, e é transmitida pelo inseto psilídeo asiático dos citros “Diaphorina citri Kuwayama”.

Segundo o coordenador do programa de Vigilância e Prevenção de Pragas da Fruticultura, Paulo Jorge Pazin Marques, o greening afeta seriamente a produção das plantas cítricas, principalmente porque provoca queda prematura dos frutos, que resulta em redução da produção.

Além disso, os frutos ficam menores, deformados, podendo apresentar sementes abortadas, açúcares reduzidos e acidez elevada, o que deprecia o seu sabor, diminuindo a qualidade e o valor comercial, tanto para consumo in natura como para processamento industrial.

Ainda segundo Marques, a doença causa a senescência (alterações fisiologicas durante o evelhecimento) de todas as partes da planta, o que pode levar à morte precoce, reduzindo a vida útil dos pomares. Praticamente todas as espécies e cultivares comerciais de citros são sensíveis ao greening, independentemente do porta-enxerto utilizado.

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VBP – A citricultura é o ramo mais representativo na fruticultura paranaense. Dados do Valor Bruto de Produção (VBP) de 2023, levantados pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), apontam que os principais citros – laranjas, tangerinas e limões – foram cultivados em 29,3 mil hectares no Estado.

A laranja é o destaque, com 20,8 mil hectares, seguida da tangerina (7,1 mil hectares) e limão (1,3 mil hectares). Os citros tiveram produção de 860,9 mil toneladas – 731,6 mil de laranjas, 94,4 mil de tangerinas e 34,7 mil toneladas de limões. Em rendimento monetário, a laranja foi responsável por R$ 751,9 milhões, as tangerinas tiveram VBP de R$ 177,4 milhões, enquanto os limões foram valorados em R$ 55,9 milhões.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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