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Nova Zelândia e Paraná discutem oportunidades de parcerias no setor agropecuário

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Um dos maiores produtores mundiais de leite, a Nova Zelândia está disposta a manter cooperação com o Brasil, e particularmente com o Paraná, para melhorar a produção e juntos buscar estratégias para a liberalização internacional de mercados. O assunto foi discutido nesta segunda-feira (25) na Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, em reunião com o embaixador Richard Prendergast.

“O Estado está de portas abertas. A gente sabe que há uma relação muito boa com o nosso governador e acho que podemos aprender muito com a Nova Zelândia. Abrimos as possibilidades para continuar avançando”, disse o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza.

Ele falou sobre a liderança paranaense na produção de proteínas animais, ressaltando a segunda colocação na cadeia leiteira, e a presença importante como produtor de grãos. “O Paraná é pequeno em território, com 2,34% do espaço nacional, mas é gigante na produção agrícola”, reforçou Natalino.

O secretário afirmou que um dos grandes desafios a serem enfrentados agora, após a declaração de livre de febre aftosa sem vacinação, é a erradicação da brucelose e tuberculose animal. A ação deverá envolver todas as entidades representativas de produtores do Estado. “A relação do governo com essas entidades é muito boa”, afirmou.

ENTIDADES – Prendergast ouviu também uma explanação sobre parte do trabalho realizado em 92 anos de existência do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná (Sindileite), feita pelo diretor Wilson Thiesen. Ele ressaltou que a entidade busca, entre outras ações, estreitar a relação da indústria com o produtor.

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A Ocepar apresentou informações sobre o trabalho que envolve mais de 220 mil agricultores. O presidente da entidade, José Roberto Ricken, acentuou a importância de se estabelecer parceria com a Nova Zelândia para ter uma rastreabilidade mais organizada e estruturada no Brasil. “Podemos somar e ganhar mercado juntos”, disse.

O chefe de Gabinete da Adapar, Horácio Slongo, explanou sobre as atividades de defesa agropecuária no Paraná. Ele destacou que a entidade possui georreferenciamento de todas as propriedades que têm rebanho, o que facilita os trabalhos de controle. O registro é feito anualmente durante a campanha de atualização cadastral em maio e junho.

O presidente do IDR-Paraná, Richard Golba, apresentou os trabalhos voltados ao manejo reprodutivo, nutricional e genético do rebanho, além do manejo de solo e água, que possibilita melhoria das áreas de pastagem. Nesse campo salientou o incentivo para a integração silvopastoril, com pastagens entre árvores.

Também destacou que, além do oferecimento de leite “in natura”, há esforço na produção de queijos artesanais. “É um campo que está em progresso”, garantiu. “Ainda que não se tenha um grande volume, os queijos são de boa qualidade”.

COOPERAÇÃO – O embaixador agradeceu as informações e ponderou que o Brasil tem semelhanças no setor agro com o seu país. “Similar ao Brasil, a Nova Zelândia é uma economia com força grande no agro, e no agro exportador”, afirmou. Apesar de ressaltar que também há diferenças, como o clima temperado de lá em relação ao tropical daqui e o tamanho de propriedades, que são muito maiores que as paranaenses, há oportunidades de cooperação.

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Segundo ele, não há interesse da Nova Zelândia em vender leite para o Brasil, mas de colaborar com transferência de tecnologia produtiva. Atualmente já há genética neozelandesa no rebanho nacional. O embaixador Richard Prendergast citou ainda as cercas elétricas, que em seu país tem tecnologia bastante superior às comumente utilizadas no Brasil. Mas particularmente destacou os sistemas modernos de rastreabilidade.

Outro setor em que o embaixador acredita haver potencial de parceiras é na agricultura sustentável. “Por a Nova Zelândia ser um país pequeno há grande preocupação em balancear a produção com o meio ambiente”, afirmou. Nesse sentido apresentou a possibilidade de parceria entre cientistas e em tecnologia.

“As portas estão abertas para cooperação, para produzir mais com menos impacto na natureza”, disse. “Brasil e Nova Zelândia são grandes produtores de alimentos, têm problemas e oportunidades comuns e podem trabalhar de forma cooperativa nesse mundo do agro”.

PRESENÇAS – Também participaram da reunião o ex-secretário da Agricultura e Pesca de Santa Catarina, Airton Spiers; o assessor técnico da Ocepar, Alexandre Moreira; e a assessora política da Embaixada da Nova Zelândia, Livia Dantas.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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