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No MUPA, mês da mulher é comemorado com bordadeiras e produtoras de cataia

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O Mês da Mulher no Museu Paranaense (MUPA) é marcado por programação especial de mesas-redondas e oficinas, em diálogo com duas exposições em cartaz no espaço: “Ante Ecos e Ocos” e “Nosso Estado: Vento e/em Movimento”. As ações mostram a arte de bordadeiras e produtoras de cataia (erva medicinal tradicional do Litoral do Paraná e de São Paulo) e contribuem com a circulação de vozes e vivências das mulheres que protagonizam essas duas mostras com seus saberes e fazeres tradicionais. As atividades são gratuitas e abertas a todos os públicos.

O MUPA foi inaugurado em 25 de setembro de 1876 e é um dos mais antigos do Paraná. O acervo tem mais de 500 mil obras. A área total é de 4.700 metros quadrados, que abriga mostras temporárias e de longa duração, laboratório, auditório, biblioteca e três reservas técnicas.

Confira a agenda do MUPA:

DIA 11 – sábado: mesa-redonda “Deslocamentos pela margem”, às 16h. Será uma fala interativa entre público e representantes da Associação das Mulheres Produtoras de Cataia da Barra de Ararapira, de Guaraqueçaba, no Litoral. Um diálogo transversal sobre cultura tradicional caiçara, cultura alimentar popular, economia familiar e gênero, construindo reflexões a partir da condição de mulheres trabalhadoras caiçaras e das singularidades do seu ofício com a planta.

DIA 12 – domingo, às 11h: as Mulheres Produtoras de Cataia farão uma apresentação da planta e a partir do manuseio das folhas irão discutir suas características, sazonalidades e usos domésticos, como a cachaça, o chá e o tempero. O público também poderá conhecer as etapas dos diferentes processos produtivos envolvidos em cada produto. Essa oficina é destinada a adultos e crianças (acompanhadas pelos responsáveis).

DIA 25 – sábado: haverá a mesa-redonda “Construindo narrativas”, a partir das 16h. A mesa será composta pelo grupo de mulheres que realizou os bordados presentes na mostra “Ante Ecos e Ocos”, inaugurada em novembro de 2022. Produzidos por bordadeiras residentes em Curitiba e na região metropolitana, os bordados mesclam experiências do contato delas com o acervo do museu e suas próprias histórias e trajetórias de vida.

DIA 26 – domingo: às 10h, a artista Eliane Brasil realizará uma oficina de bordado livre, criando um momento de troca entre a técnica e a experiência de cada participante. Para participar dessa oficina é necessário inscrever-se previamente, mas não há pré-requisitos. A atividade é destinada para todos os públicos.

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Conheça as bordadeiras:

Emilaine de Oliveira, 35 anos, candomblecista de Oiá, Odé e Oxum, nascida em Curitiba, atualmente mora em Almirante Tamandaré. Bordadeira e costureira, Emy se inspira na figura de sua mãe, a qual considera um exemplo de mulher forte.

Stephanie Paes, curitibana preta de 29 anos, é designer de moda, fundadora da Balejo, criadora de conteúdo, dançarina, cantora e compositora de tempos em tempos. Vai aonde a criatividade a levar.

Valdelice Rosa dos Santos tem 60 anos e nasceu na cidade de Barra, na Bahia, mas mora no Paraná desde 1989. Já trabalhou em diversas áreas: foi comerciante, cuidadora de idosos, atuante em ONGs, mas atualmente trabalha como artesã e é apaixonada pelos diversos artesanatos como bordados, crochê, tricô, costuras criativas e tradicionais.

Angela Terezinha Costa é nascida em Curitiba, cresceu no bairro do Pilarzinho, do qual se mudou depois de casar, e atualmente retornou para ficar próxima de sua mãe. Angela trabalhou como técnica de enfermagem desde muito jovem, atuando em UTIs e emergências. Após 37 anos trabalhando em hospitais, aposentou-se. Hoje é secretária do voluntariado, pela escola de filosofia Nova Acrópole, na qual também é aluna e instrutora. Tem 3 filhos e 4 netos. Começou a bordar com 9 anos de idade, por hobby, e sempre teve interesse em trabalhos manuais.

Eliana Brasil nasceu em 1973, em Belo Horizonte. É graduada em Artes Visuais pela UFPR (2019), integra o Coletivo Ero Erê Mulheres Artistas, junto a outras artistas negras em Curitiba. Apresenta em seus trabalhos questões pertinentes à memória, afetividade e pertencimento. Sua poética também aborda a autoafirmação e a construção da identidade da mulher preta. Ela se expressa por meio da performance, da escrita e de instalações têxteis, pensando nas possibilidades de intersecção da arte têxtil com as linguagens da pintura e escultura. Ativista da identidade racial e pertencimento da população negra, integra desde 2016 a Rede de Mulheres Negras do Paraná – RMN-PR.

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Conheça as produtoras de cataia:

O grupo é composto por mulheres representadas por Shirlei Pinto, Edina Aparecida Santana, Rosinilda Santana e Janice Martins que são responsáveis pelas etapas elementares da manufatura, desde a extração da matéria-prima na mata até a comercialização da cachaça e das folhas secas.

Em 2022 o MUPA inaugurou a exposição “Nosso Estado: Vento e/em Movimento”, na qual foi possível conhecer, em vídeo, a narrativa de Rose Santana, membro da associação, e de todas as integrantes em ação, dentro da mata, coletando as folhas de cataia.

A erva medicinal cataia curtida em cachaça compõe uma bebida muito popular no Litoral do Paraná e no Litoral de São Paulo, e que leva o mesmo nome da planta. A sua incidência nas matas da comunidade Barra de Ararapira, que fica na ponta norte da Ilha de Superagui, somada às influências das tradições alimentares locais e ao incentivo de órgãos governamentais, influenciou um grupo de mulheres a iniciar uma produção comercial envolvendo a folha.

Patrícia Martins, doutora em Antropologia Social pela UFSC e docente no IFPR, campus Paranaguá, vem atuando há mais de 20 anos junto das populações tradicionais do território cultural caiçara e fará a mediação da mesa.

Serviço:

Local: Museu Paranaense

Rua Kellers, 289, São Francisco – Curitiba, PR

Atividades gratuitas para todos os públicos

Mesa-redonda “Deslocamentos pela margem”. Não é necessário fazer inscrição prévia.

Data: sábado (11)

Horário: 16h

Oficina sobre cataia com grupo Mulheres Produtoras de Cataia. Não é necessário fazer inscrição prévia. Crianças devem estar acompanhadas de seus responsáveis.

Data: domingo (12)

Horário: 11h:

Mesa-redonda “Construindo narrativas” com bordadeiras da exposição “Ante Ecos e Ocos”. Não é necessário fazer inscrição prévia.

Data: sábado (25)

Horário: 16h

Oficina de bordado livre com artista artista Eliane Brasil. Inscrições por este link. Oficina destinada a todos os públicos, sem pré-requisitos.

Data: domingo (26)

Horário: 10h.

Fonte: Governo do Paraná

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PARANÁ

Com economia de 23% em licitação, novo contrato amplia serviços em presídios do Paraná

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O Governo do Estado vai economizar mais de R$ 120 milhões por ano na prestação de serviços no sistema penitenciário do Estado. Um processo licitatório aberto pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) garantiu uma economia de 23% na contratação da empresa que será responsável pela contratação de monitores de ressocialização e encarregados administrativos nas unidades prisionais.

No contrato anterior firmado com o Departamento de Polícia Penal (Deppen), o Estado gastou R$ 520 milhões no ano para a prestação desses serviços em cerca de 130 unidades do sistema prisional paranaense. Com o atual, que tem vigência de cinco anos, esse valor caiu para R$ 398 milhões anuais.

A licitação foi aberta porque, anteriormente, esse tipo serviço era prestado por profissionais temporários contratados por Processo Seletivo Simplificado (PSS). Esses contratos, porém, foram encerrados, sem possibilidade de renovação, com a transformação do Departamento Penitenciário em Polícia Penal.

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O objetivo da contratação é manter a qualidade do atendimento da Polícia Penal aos custodiados, e a seleção da empresa foi feita a partir de critérios como preço e capacidade técnica e operacional. Segundo a Sesp, contratações nesse segmento passam pelo crivo das áreas de inteligência das forças de segurança para evitar a seleção de prestadores de serviço que possam ter relação com o crime organizado.

Fonte: Governo PR

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