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Mutirão do Hospital Universitário da UEPG irá diminuir espera por cirurgias ortopédicas

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O Hospital da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG) vai promover a partir de novembro um grande mutirão de cirurgias eletivas de ortopedia. Com as triagens, consultas pré-operatórias e os primeiros procedimentos, serão realizadas 306 cirurgias ortopédicas, sendo 100 procedimentos especializados em quadril, 75 em joelho e 131 em mãos, que irão fazer fluir a fila de espera por cirurgias eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Atender em seis meses a quem aguardou por até seis anos, esse é o objetivo do mutirão, como diz o reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto. A Universidade inova ao optar por atender as cirurgias ortopédicas, em um mutirão inédito. “Nos 14 anos de existência do Hospital Universitário da UEPG esta é a primeira vez em que haverá um mutirão de ortopedia: um dos mais complexos e uma das maiores listas de espera por cirurgias eletivas”, destaca. “A UEPG está fazendo isso otimizando os recursos financeiros já destinados para o hospital, ou seja, sem aumentar as despesas do nosso HU. É uma forma de retribuir para a população naquilo que ela mais precisa”.

A diretora-geral dos hospitais da UEPG, professora Fabiana Postiglione Mansani, explica que o mutirão não interfere na rotina do Centro Cirúrgico do HU. “Esse mutirão será realizado aos finais de semana, assim como as consultas de acompanhamento. Esperamos propor novos mutirões, na sequência, para dar vazão às demais listas de espera por cirurgias eletivas”, afirma.

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“O público-alvo desse mutirão são pacientes que estão aguardando há no mínimo quatro anos para realização da cirurgia, com limitação funcional, de trabalho, com dor, e principalmente adultos jovens”, explica o diretor administrativo do HU-UEPG, Simonei Bonatto. O chamamento para o mutirão segue a lista de espera do SUS, que está disponível para consulta no site do HU.

Hoje, são cerca de 250 pacientes na lista de espera para os procedimentos de quadril e 60 aguardando a colocação de prótese de joelho no hospital da UEPG. No ritmo normal do Centro Cirúrgico, em que também acontecem outros procedimentos eletivos e emergenciais (o HU é referência para cirurgia geral, ortopédica, pediátrica, otorrinolaringologia, ginecológica, vascular, entre outras), são realizados, em média, dois procedimentos por semana de cada uma destas artroplastias (de quadril e joelho). O hospital tem registrado, todos os meses, números recordes de cirurgias, mas o mutirão deve permitir agilizar ainda mais o andamento da lista de espera pelos procedimentos eletivos.

ESPERA DE TRÊS ANOS – Na sala de cirurgia, a resolução de uma espera de cerca de três anos: Douglas Ferreira, 56 anos, passou por uma artroplastia de quadril, ou seja, a colocação de uma prótese na articulação entre a perna e a bacia, do lado esquerdo. Deitado no leito da Clínica Cirúrgica, poucas horas depois do procedimento, ele mal podia conter a animação. “Olha!” – E mostra os pés alinhados. – “Era uma perna mais curta que a outra. Agora são iguais”.

Como a maior parte dos problemas de saúde, o de Douglas teve origem complexa. Começou com uma lesão no menisco do joelho, que ele foi deixando de lado, prejudicou outras articulações e chegou à necessidade da artroplastia. A primeira consulta com indicação desse procedimento cirúrgico no HU foi em abril de 2022. Depois, ele passou por outras consultas, palestra de orientações pré-cirúrgicas, exames e agendamento. “Quando eu fiz a palestra, eu já tinha realizado todos os exames necessários. São mais de 20 exames. Então a minha [cirurgia] já saiu mais rápido que o normal, ainda”. A média de espera entre a primeira consulta e a cirurgia, para esse procedimento, é de quatro anos.

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É uma fila de espera que foi bastante agravada pela pandemia da Covid-19. “Esses pacientes estão vivendo com dor, com limitação, perda de trabalho, muitas vezes com a família tendo que se mobilizar para poder estar cuidando deste paciente”, explica o diretor-técnico do HU, Marcelo Youngblood. “Essa iniciativa do mutirão vem na tentativa de agilizar o processo e tentar resolver o problema dos pacientes da maneira mais rápida possível”.

DADOS DA SESA – Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, no Paraná há cerca de 75 mil pacientes aguardando cirurgias eletivas. “A fila nunca cessa, mas o que precisamos é garantir que as cirurgias sejam feitas no prazo, acelerar os que já estão lá há anos e os que entram todos os dias. Precisamos balancear esse processo, que é grande e envolve muita gente”, destaca o secretário César Neves. De janeiro a agosto de 2024, o Paraná fez 442.259 procedimentos pelo SUS, o maior número de eletivas registrado nos últimos 10 anos.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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