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Mulheres na ciência: Estado investe mais de R$ 5 milhões em ações voltadas a pesquisadoras

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Por meio da Fundação Araucária e da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), o Governo do Estado já investiu cerca de R$ 5,4 milhões em programas voltados a pesquisas e ações extensionistas dedicadas às mulheres, além de projetos de pesquisadoras que tiveram câncer de mama, desde 2022.

No Outubro Rosa do Programa Pesquisa Básica e Aplicada, lançado em outubro do ano passado, o investimento supera R$ 1,3 milhão para apoiar financeiramente 14 projetos desenvolvidos por pesquisadoras que foram diagnosticadas com a doença. O resultado do edital foi divulgado nesta quinta-feira (7).

Um dos projetos é coordenado pela pesquisadora e professora da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Priscila Caroza Frasson Costa, que aos 33 anos foi diagnosticada com câncer de mama. “O impacto foi grande na minha vida pessoal e profissional, já que estava no último ano do doutorado. É um momento muito difícil na vida de qualquer mulher que, além do trabalho, tem outras atribuições. É um momento de muitos desafios para uma mulher pesquisadora, mas consegui seguir com o tratamento e com a pesquisa”, conta.

Atuando há 20 anos na pesquisa, hoje com 45, ela comemora a aprovação do projeto Quintas da Ciência da UENP – Pesquisa Integrativa, Alfabetização e Popularização.

Com origem em Portugal, as Quintas Ciência Viva são espaços públicos de aproximação à ciência, cultura e inovação no mundo rural, com uma missão centrada na educação, cultura científica e valorização dos recursos locais, a partir de uma aliança institucional entre poder público, empresas e instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).

A proposta de pesquisa objetiva uma adaptação da iniciativa portuguesa para estruturar exposições de caráter interativo, com ambientes que estimulem experiências científicas e tecnológicas, explorando o mundo microscópico, animal e vegetal, com diálogos no campo das Ciências Biológicas e das Humanidades.

“Já tendo enfrentado o câncer, eu percebo que este edital valoriza as pesquisadoras e suas pesquisas. Além de promover a inserção das pesquisadoras mulheres nas diversas áreas do conhecimento e, desta forma, podemos contribuir com a produção científica que devolvemos à sociedade”, afirma.

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VALORIZAÇÃO – Outro projeto aprovado na edição Outubro Rosa é o da professora e pesquisadora da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Kátia Kalko Schwarz. Com 55 anos de idade e atuando na pesquisa há 18, já enfrentou o câncer mais de uma vez com cirurgias e tratamentos severos em 2011, 2012, 2013 e 2022.

“Continuo produzindo minhas pesquisas, talvez seja isso o que me move, e me torne mais viva a cada dia, além do grande apoio familiar, de amigos e a religiosidade”, ressalta Kátia.

Entre os desafios como mulher pesquisadora ela destaca as dificuldades enfrentadas na dupla rotina com o trabalho e em casa. “Nós temos na ciência as mulheres que, além de executarem pesquisa, também são professoras, também atuam na extensão, como é meu caso. Além desta carga, nós mulheres ainda temos que cuidar da casa, dos nossos filhos, da nossa saúde. Temos inúmeros desafios que são muito superiores aos dos homens, enfrentamos muitas dificuldades em vários ambientes”, relata.

Kátia coordena o projeto “Desenvolvimento tecnológico da transformação da pele da tainha em couro em comparação ao da tilápia”. A equipe percebeu que há um excedente de pesca da tainha no Paraná e que a pele acaba sendo descartada ou incinerada, mas que pode, através do desenvolvimento de técnica adequada, ser também transformada em couro, a exemplo do que já é feito com a tilápia por meio de outro projeto.

A pesquisadora afirma que o apoio recebido do Governo do Estado em sua carreira científica traz inúmeros benefícios. “Além do apoio financeiro para a execução das atividades de pesquisa, com um prazo bom dentro das nossas possibilidades físicas de saúde para exercer a profissão, melhora a autoestima. Posso servir de exemplo e continuar colaborando com o crescimento científico do Paraná”, complementa.

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A gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Araucária, Fátima Padoan, destaca que as pesquisas desenvolvidas pelas cientistas paranaenses estão contribuindo para que o Paraná esteja sempre na vanguarda a partir de ações inovadoras.

“Ações como esta edição do Outubro Rosa são uma forma de reconhecimento da relevância do trabalho desenvolvido pelas nossas pesquisadoras. É inegável que a presença da mulher é essencial para o progresso da sociedade e da ciência, que só têm a ganhar com a participação feminina e a diversidade de gênero”, enfatiza.

EMPODERAMENTO E LIDERANÇA – Outra ação da Fundação Araucária e da Seti é o Mulheres Paranaenses: Empoderamento e Liderança, que apoia 86 projetos, com investimento de R$ 4 milhões. A iniciativa envolve ações voltadas à formação de lideranças e empoderamento de mulheres com temas como o combate à violência, mulheres indígenas, mulheres em situação de rua, em situação de vulnerabilidade, empreendedorismo, mulheres na agricultura familiar, meninas na ciência, saúde da mulher, empoderamento de mulheres do campo, entre outros. Os projetos iniciaram em 2022 e têm até 48 meses para serem executados.

O Paraná ainda se destaca como lar receptivo para 15 cientistas ucranianas. O Programa Paranaense de Acolhida aos Cientistas Ucranianos já recebeu 19 pesquisadores. É uma iniciativa do Governo do Paraná, executado pela Fundação Araucária, com o apoio da Secretaria estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, para ajudar especialistas a enfrentarem o momento da guerra na Europa. Elas estão desenvolvendo seus trabalhos em universidades públicas e privadas do Estado com bolsas de estudo.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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