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Método Wolbachia: Paraná solta mosquitos na inauguração da biofábrica em Foz do Iguaçu

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O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), inaugurou nesta segunda-feira (29), em Foz do Iguaçu, na Região Oeste, a biofábrica do Método Wolbachia e soltou os primeiros mosquitos Aedes aegypti com a bactéria que evita que transmitam dengue, Zika e chikungunya. A unidade vai permitir desenvolver uma das principais tecnologias no combate a essas doenças. Londrina, no Norte, ganhará uma biofábrica nesta terça-feira (30).

A implementação da estratégia no Paraná conta com a parceria do Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto WMP (World Mosquito Program), Itaipu Binacional e da Prefeitura de Foz do Iguaçu.

Nos laboratórios da nova biofábrica de Foz do Iguaçu, com 166 metros quadrados, será desenvolvido o método, que consiste na liberação de mosquitos a fim de evitar a transmissão dessas doenças. Chamados de Wolbitos, eles não são geneticamente modificados e não transmitem outras doenças. Até o fim do ano está prevista a liberação de 26.156.800 Wolbitos (1.307.840 por semana) em 13 bairros do município. Uma van percorrerá essas regiões uma vez por semana, soltando os insetos, que estarão em tubos.

Desde 2019, a Sesa sinalizou ao Ministério da Saúde a necessidade de novas tecnologias no combate à dengue no Paraná, com a participação do GT Itaipu Saúde. Para a seleção dos municípios foram considerados aqueles com mais de 100 mil habitantes que são responsáveis pela maior parte dos casos de arboviroses urbanas, o clima da região, o número de casos prováveis de dengue nos últimos 10 anos, a incidência de doença nos últimos cinco anos e a presença de aeroporto.

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Para a diretora de Atenção e Vigilância da Sesa, Maria Goretti David Lopes, presente na inauguração da biofábrica, essa nova tecnologia pode ajudar o Paraná na batalha contra a dengue. “Tivemos um período complicado, difícil, com óbitos no Paraná, casos graves, e é isso que queremos evitar. Então, junto com as demais estratégias, um plano de contingência municipal e estadual, o movimento da comunidade, enfim, de todos, para que possamos diminuir casos de arboviroses, especialmente de dengue no Paraná”, afirmou.

MÉTODO – Desenvolvido na Austrália, o método é usado no Brasil porque, desde 2014, o país é um dos 11 que compõem o Programa Mundial de Mosquitos – WMP (World Mosquito Program). Além do Paraná, a biofábrica deve chegar a mais seis cidades neste ano: Natal (RN), Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP) e Joinville (SC).

“Depois de mais ou menos 40 anos de ininterruptos de dengue, felizmente, atualmente nós temos um método transformador, revolucionário em relação a tudo aquilo que nós fizemos durante esse tempo”, ressaltou o representante da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Rivaldo Cunha

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Em 2015, o método Wolbachia começou a ser implantado como projeto-piloto em Niterói, no Rio de Janeiro. De acordo com o MS, o município teve uma redução de 70% dos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de Zika nas áreas onde houve a intervenção entomológica.  

DENGUE NO PARANÁ – De acordo com o último boletim da Vigilância Ambiental da Sesa, divulgado na terça-feira (23), já foram contabilizados no atual período epidemiológico 587.701 casos confirmados, 571 mortes e 933.146 notificações em decorrência da dengue no Paraná, desde o início deste período epidemiológico, iniciado em 30 de julho de 2023

PRESENÇAS – A inauguração contou também com as presenças do  prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro; do secretário municipal de Saúde, Ulisses Figueiredo; do chefe da assessoria de responsabilidade social da Itaipu Binacional, Eduardo Scirea; do presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (Cosems/PR), Fábio de Mello; dos representantes da Fiocruz, Diogo Chalegre, e do Grupo Trabalho Itaipu Saúde, Kleber Vanoli; do diretor da 10ª Regional de Saúde, Ademir Ferreira; além de profissionais e técnicos da vigilância em saúde.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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