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Merendeiras do Paraná têm aula com Manu Buffara, uma das melhores chefs do mundo

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A manhã desta segunda-feira (18) foi diferente para as 32 merendeiras finalistas do prêmio que vai eleger a melhor merenda do Paraná. Elas participaram de uma aula inesquecível com a chef Manu Buffara, reconhecida como uma das melhores chefs do mundo em 2024. Ela conduziu uma oficina prática destinada aos finalistas, compartilhando técnicas, histórias e sua paixão pela valorização da gastronomia local, no Senac.

Manu nasceu em Maringá, tem pé vermelho e compartilhou suas vivências na cozinha. Ela também falou sobre sustentabilidade e deu dicas de receitas com produtos disponíveis nas escolas, a maioria deles da agricultura familiar. Ela fez omelete de macarrão, massa de brócolis com farinha sem ovos e macarrão de forno, tudo em primeira mão para as servidoras que estão todos os dias trabalhando na alimentação de milhares de crianças.

“Quando a gente fala em merenda e em criança está pensando no futuro da relação delas com a comida e até mesmo no núcleo familiar, já que a criança chega em casa e comenta o que experimentou na escola. As receitas que conheci aqui me trouxeram muitas ideias para outros pratos”, destacou Manu, que recentemente recebeu o “selo três facas”, do The Best Chef Awards, que reconhece os chefs internacionais de maior maestria.

Ela também falou sobre ser jurada da premiação do Governo do Paraná. “Me senti muito honrada em fazer parte dessa iniciativa. Os estudantes paranaenses estão em boas mãos. As receitas mostram como a alimentação escolar é incrível, não só na parte nutricional, mas também na criatividade e no tempero. Fiquei impressionada”, disse.

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Segundo ela, ser jurada da premiação proporcionou uma verdadeira viagem por todo o Estado. As finalistas chegaram nesse momento com pratos salgados (feijão tropeiro, feijoada poveira, maionese de batata doce, tilápia crocante, Escondidinho Paraná e strogonoff de peixe) e doces (torta de maçã, strudel de maçã, bolo de banana, bolo doce de feijão preto).

“As receitas trouxeram um pouco da cultura, das histórias de imigração, da nutrição e da criatividade. Foi muito legal fazer essa viagem pelo estado inteiro. Como paranaense, fiquei orgulhosa de todas as receitas e merendeiras”, celebrou.

A aula com uma das melhores chefs do mundo agora vai inspirar o dia a dia do refeitório do Colégio Estadual Princesa Isabel, em Paiçandu. Para Vera Lucia Conde, merendeira há três décadas na cidade, a aula da chef Manu Buffara foi transformadora.

“Nunca imaginei que estaria em Curitiba com uma grande chef que conhece uma receita minha. Para mim, é uma superação. Cozinhar é um dom de Deus, e cozinhar para os nossos alunos é um orgulho. A aula foi nota mil e, com certeza, farei as receitas na escola”, contou. Para a premiação, Vera inscreveu a receita “Torta Fria da Princesa”, feita com legumes oriundos da agricultura familiar, frango e pão.

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Já Adilson Rodrigues Neckel, merendeiro de Guarapuava e único homem entre os finalistas, aproveitou a aula para aperfeiçoar as técnicas que já aplica no Colégio Estadual Rui Barbosa. “Estar com a Manu Buffara é uma oportunidade de aprendizado. Estar junto de outros cozinheiros sempre é um momento de aprender, ainda mais quando se cozinha com amor, algo que todos nós temos aqui”, afirmou.

O sentimento é compartilhado por Vângela de Jesus Santos, do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos de Paranaguá. A cozinheira inscreveu a receita de Feijoada Poveira na premiação. “Cozinhar não é apenas cozinhar. Na nossa escola, é um ato de inclusão, e eu vou sempre dar o meu melhor. Normalmente, não sou tiete, sabe? Mas ver a chef se movimentando, a grandeza dela, foi impressionante”, disse.

CONCURSO MERENDA

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

PRÊMIO – O concurso, promovido pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) em parceria com o Fundepar, tem como objetivo não apenas premiar, mas também valorizar o trabalho dos merendeiros e incentivar a sustentabilidade, a criatividade e o uso de ingredientes da agricultura familiar nos cardápios escolares.

Segundo a diretora-presidente do Fundepar, Eliane Teruel Carmona, mais de um milhão de refeições são servidas diariamente nas escolas paranaenses. “Grande parte da alimentação escolar é formada por alimentos da agricultura familiar. O cardápio é farto em legumes, frutas, verduras, arroz, feijão, alimentos orgânicos e proteínas. Ao servir três refeições por turno, percebemos uma melhora direta no aprendizado dos alunos, tanto que o Paraná segue com a melhor educação do País”, ressaltou.

As receitas vencedoras, selecionadas com base em critérios como tradição, regionalidade, sustentabilidade e criatividade, serão publicadas em um livro especial assinado por Manu Buffara, garantindo que o legado dessa iniciativa ultrapasse as cozinhas escolares e inspire outros profissionais do setor.

RESULTADO – Ainda nesta segunda-feira serão reveladas as três melhores merendas do Estado em uma cerimônia no Palácio Iguaçu. As criações vencedoras passarão a integrar os cardápios padronizados do Estado.

Fonte: Governo PR

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Multa por crimes ambientais cresce 24% no Paraná entre janeiro e novembro de 2024

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O Governo do Estado, por meio do Instituto Água e Terra (IAT), aplicou R$ 229 milhões em multas por desmatamento ilegal e outros crimes ambientais no Paraná até novembro deste ano, um aumento de 24,96% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 183 milhões). Desse total, R$ 124 milhões (54,15%) foram em razão de danos causados à flora, especialmente à Mata Atlântica. Os dados são do Sistema de Informações Ambientais (SIA) do IAT, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

O levantamento revela ainda que este ano foram lavrados 8.977 Autos de Infração Ambiental (AIA) por ilegalidades ambientais – que são ações ou omissões que prejudicam o meio ambiente e os recursos naturais, de forma direta ou indireta. O número de 2024 representa elevação de 26% frente a 2023 (7.124 AIAs). Desse total, 4.783 referentes à flora.

O valor recolhido pelo Estado com as infrações é repassado integralmente ao Fundo Estadual do Meio Ambiente. A reserva financeira tem como finalidade financiar planos, programas ou projetos que objetivem o controle, a preservação, a conservação e a recuperação do meio ambiente, conforme a Lei Estadual 12.945/2000.

Engenheira florestal do Núcleo da Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do IAT, Aline Canetti destaca que o aumento do volume de multas reforça a eficácia do trabalho desenvolvido pelo IAT no combate ao desmatamento criminoso no Estado – a queda na supressão florestal foi superior a 70% em 2023.

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“As operações de força-tarefa que o IAT realiza mostram claramente para a população que os crimes ambientais não ficam impunes. A tecnologia, como o uso de imagens satélite, nos permite mapear danos ambientais, mesmo que eles tenham ocorrido há anos, e isso garante que os autores sejam responsabilizados”, afirma. “Com a intensificação da fiscalização e das iniciativas de educação ambiental, o Paraná conseguiu reduzir o desmatamento em quase 80%, o que já é um resultado bem expressivo”.

Paralelamente, segundo levantamento organizado pelo IAT com base em dados de 2021 da plataforma colaborativa MapBiomas, especializada em meio ambiente, o Paraná teve um aumento significativo de cobertura florestal natural nos últimos anos. Passou de 54.856 km² em 2017 para 55.061 km² em 2022, uma diferença de 205 km², o equivalente a uma área de 20,5 mil campos de futebol.

O Paraná foi o único estado do Sul do País com aumento de cobertura vegetal no período. Santa Catarina reduziu a vegetação de 40,4 mil km² para 39,6 mil km² de 2017 a 2021. Já no Rio Grande do Sul passou de 27,9 mil km² para 27,7 mil km² no mesmo período. Em Santa Catarina houve um declínio constante da área verde desde 1985, com aumento entre 2010 e 2015, mesma realidade do Rio Grande do Sul, que observou uma pequena mudança de cenário entre 2012 e 2018.

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COMO AJUDAR – A denúncia é a melhor forma de contribuir para minimizar cada vez mais os crimes contra a flora e a fauna silvestres. Quem pratica o desmatamento ilegal está sujeito a penalidades administrativas previstas na Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e no Decreto Federal nº 6.514/08 (Condutas Infracionais ao Meio Ambiente). O responsável também pode responder a processo por crime ambiental.

O principal canal do Batalhão Ambiental é o Disque-Denúncia 181, o qual possibilita que seja feita uma análise e verificação in loco de todas as informações recebidas do cidadão.

No IAT, a denúncia deve ser registrada junto ao serviço de Ouvidoria, disponível no Fale Conosco, ou nos escritórios regionais. É importante informar a localização e os acontecimentos de forma objetiva e precisa. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem realizar o atendimento.

Fonte: Governo PR

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