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Maior obra portuária do País, Moegão do Porto de Paranaguá chega a 18% de execução

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As obras do Moegão, sistema exclusivo de descarga ferroviária de grãos e farelos do Porto de Paranaguá, chegaram a aproximadamente 18% da execução total do projeto. A construção da estrutura, que recebe R$ 592 milhões de investimento, foi vistoriada nesta sexta-feira (6) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

O novo complexo será formado por moegas ferroviárias, sistema de transporte vertical (elevadores de canecas), sistema de transporte horizontal (correias transportadoras), sistema de transferência de produto (torres de transferência), sistema de alimentação dos terminais (torres de alimentação), balanças (ferroviárias e integradoras), utilidades, prédio administrativo e prédio de manutenção.

“O ministro veio conhecer o projeto do Moegão, que é a maior obra portuária acontecendo no Brasil e está aqui, no Porto de Paranaguá. Essa é uma obra do Governo do Estado, em parceria com o governo federal através do BNDES, com R$ 600 milhões de investimento”, declarou Ratinho Junior.

“Esta é uma obra que está em ritmo acelerado e queremos, no ano que vem, inaugurá-la para aumentar em 35% a movimentação de cargas do Porto de Paranaguá, gerando mais emprego para a nossa população e fortalecendo a economia paranaense e brasileira”, acrescentou o governador durante a visita às obras.

Até o momento, os trabalhos têm se concentrado nas obras civis que preparam a área para a instalação dos equipamentos que, no futuro, vão receber as cargas desembarcadas no porto via modal ferroviário. Nos primeiros meses de obra, foram preparadas as fundações, concretagem de blocos, montagem dos pilares e vigas das torres.

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Em paralelo, as estruturas das galerias metálicas e dos transportadores de carga seguem avançando nas fábricas. Com as torres e os pórticos prontos, os próximos passos da obra serão a montagem e o içamento das galerias metálicas na área do Moegão. Estas estruturas vão abrigar as esteiras transportadoras das cargas.

CAPACIDADE AMPLIADA – Com área total de quase 600 mil metros quadrados, o Moegão terá capacidade para descarregar simultaneamente até 180 vagões, em três linhas independentes, que totalizam 3,8 quilômetros de esteiras. Cada linha terá capacidade de movimentação de 2 mil toneladas de cargas por hora.

Na prática, isso significa que o número de vagões descarregados no Porto de Paranaguá passará dos atuais 550 para 900 por dia, um aumento de 63%. Os grãos que chegarem ao porto por ferrovias e forem descarregados no Moegão serão enviados pelas esteiras aos 11 terminais interligados do Corredor de Exportação Leste.

Após visitar a obra, o ministro de Portos e Aeroportos disse estar surpreendido com a extensão da obra e os impactos que ela proporcionará na movimentação de cargas no Porto de Paranaguá. “Quero parabenizar toda a diretoria, porque esse volume de investimentos será fundamental para logística e a capacidade total do porto”, comentou.

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Costa Filho também elogiou o desempenho do Porto de Paranaguá, que cresce acima da média portuária no Brasil. “Esse ano vamos terminar com um crescimento em torno de 5% no setor portuário brasileiro, sendo que o Porto de Paranaguá deve crescer de 7% a 8%. Isso significa dizer que quando o Porto de Paranaguá cresce, o Paraná cresce, o que ajuda todo o Brasil a ir bem”, salientou.

Segundo o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, além do ganho em eficiência, o Moegão também deve gerar uma economia de 30% nos custos de transporte, além de diminuir os impactos ambientais, com a redução de 73% na emissão de CO2.

“As obras do Moegão avançaram muito. Em menos de um ano teremos uma operação de mais de R$ 500 milhões entregue, trazendo benefícios à comunidade, reduzindo de 16 para cinco as interferências no trânsito na cidade, com emissão de menos CO2 e podendo, junto com a PAR 14, PAR 15 e PAR 25, fazer com que esse corredor de exportação passe de 1,5 mil toneladas para 4 mil toneladas carregadas por hora”, disse.

moegão

Até o momento, os trabalhos têm se concentrado nas obras civis que preparam a área para a instalação dos equipamentos. Foto: Ricardo Ribeiro/AEN

OUTROS BENEFÍCIOS – A instalação do Moegão também vai melhorar a vida de quem mora na cidade. O sistema vai reduzir de 16 para cinco o número de cruzamentos entre linhas férreas e ruas da cidade, diminuindo as interrupções de trânsito e os riscos de acidentes.

A melhoria no trânsito da cidade foi um aspecto destacado pelo prefeito de Paranaguá. “Essa obra do Moegão vai melhorar muito a mobilidade, diminuindo o número de caminhões dentro da cidade e, como contrapartida, a prefeitura construirá dois viadutos para facilitar mais ainda o deslocamento da população”, disse Marcelo Roque.

O atual gestor do município, que deixa a prefeitura ao final do ano, também citou outras melhorias estruturais viabilizadas com o apoio do Governo do Estado para o Litoral do Paraná. “Aliado ao Moegão, temos aqui em Paranaguá a emblemática construção da segunda Ponte dos Valadares, além da construção da Ponte de Guaratuba e a revitalização da Orla de Matinhos, entre tantos outros investimentos que estão contribuindo com o desenvolvimento econômico e social da nossa região”, mencionou.

PRESENÇAS – Também estiveram presentes na visita o secretário nacional de Portos, Alex Sandro de Ávila; o presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; os deputados federais Reinhold Stephanes Junior e Tião Medeiros; a deputada estadual Flávia Francischini; o prefeito de Antonina, José Paulo Vieira Azin; o prefeito de Pontal do Paraná, Rudão Gimenes; e o comandante do 8º Distrito Naval, Pablo Araujo Barbosa.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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