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Lenora de Barros abre 2ª edição do Programa Público do MUPA com mostra e mesa de conversa

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O Museu Paranaense (MUPA) abre nesta quinta-feira (16), às 19h, o II Programa Público com uma mesa de conversa e a mostra “Lenora de Barros: Fogo no Olho”, um conjunto de obras da artista visual e poeta. Na ocasião, ela conversa com a curadora, Pollyana Quintella, e a mediadora, Bruna Grinsztejn, para refletir sobre sua trajetória e as principais questões que permeiam sua produção.

A entrada será gratuita e as senhas serão distribuídas por ordem de chegada, na tenda do MUPA, uma hora antes da atividade, que está sujeita à lotação.

Há 40 anos, Lenora produz trabalhos em diferentes suportes e campos que refletem sobre a linguagem e o corpo. Uma pequena retrospectiva dessa produção, com trabalhos em fotografia e vídeo, foi selecionada a partir da temática dessa edição do Programa Público, “Corpos ― Indícios, Matrizes ― Espécies”, que propõe mais de 60 eventos em torno das linguagens transversais do corpo.

São obras icônicas como “Poema” (1979), “Língua Vertebral” (1998) e “Fogo no Olho” (1994) – que dá nome à exposição –, até trabalhos menos conhecidos, como o vídeo “Procuro-me” (2003), uma ativação realizada em Curitiba em 2003 da célebre produção de autorretratos da artista.

“No MUPA, apresentamos um pequeno conjunto de obras que exploram a dimensão polifônica da palavra ‘língua’ – a um só tempo, órgão, músculo, idioma, linguagem, sistema abstrato de signos inter relacionados”, descreve o texto da curadora Pollyana Quintella. A exposição fica em cartaz na Sala Lange de Morretes até 9 de junho.

ARTISTA – Artista visual e poeta, Lenora de Barros iniciou sua carreira na década de 1970. Formada em Linguística pela USP (Universidade de São Paulo), suas primeiras obras podem ser colocadas no campo da “poesia visual”, associada à poesia concreta da década de 1950. Em 1983, publicou o livro “Onde Se Vê”, conjunto de poemas um tanto incomuns. Alguns deles dispensavam o uso de palavras, sendo construídos como sequências fotográficas de atos performáticos. No mesmo ano, participou com poemas visuais em videotexto da 17ª Bienal Internacional de São Paulo. Desde então, Lenora construiu uma poética marcada pelo uso de diversas linguagens: vídeo, performance, fotografia, instalação sonora e construção de objetos.

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Em 1990, mudou-se para Milão, na Itália, onde permaneceu por um ano, momento em que realizou sua primeira exposição individual, “Poesia É Coisa de Nada”, na Galeria Mercato del Sale. Na mostra, inaugurou a série de trabalhos “Ping-Poems” ao espalhar 5 mil bolas de pingue-pongue no chão da galeria com a frase-título impressa.

Suas exposições coletivas e individuais mais importantes incluem a participação na 59ª Bienal de Veneza – “The Milk of Dreams” (Veneza, 2022); “Não Vejo a Hora”, na Galeria Gomide&Co (São Paulo, 2023); “Minha Língua”, na Pinacoteca do Estado de São Paulo (2022); “Retromemória”, no MAM-SP – Museu de Arte Moderna de São Paulo (2022); “Tools for Utopia: Selected works from the Daros Latinamerica Collection”, no Kunstmuseum Bern (Berna, 2020); “Mulheres Radicais: Arte Latino-Americana”, 1960-1985, curada por Cecilia Fajardo-Hill e Andrea Giunta, no Hammer Museum, em Los Angeles, e no Brooklyn Museum, em Nova York (2018), Pinacoteca do Estado de São Paulo (2018); “ISSOÉOSSODISSO”, na Oficina Cultural Oswald de Andrade (São Paulo, 2016), 11ª Bienal de Lyon (França, 2011), além da participação na 17ª, 24ª e 30ª edições da Bienal Internacional de São Paulo (1983, 1998 e 2012). 

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A curadora Pollyana Quintella é escritora, pesquisadora e curadora da Pinacoteca de São Paulo, além de doutoranda pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Bruna Grinsztejn João, que aturará como mediadora, é diretora da Galeria Gomide&Co em São Paulo desde 2021. Possui formação em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e tem especialização em Arte e Filosofia pela PUC-Rio.

PROGRAMA PÚBLICO – É uma forma de convidar a comunidade a se aproximar, refletir e se envolver com um assunto. Para isso, o MUPA propõe uma programação especial, estendida e gratuita com diferentes ações que evocam determinada temática de forma diversa e interdisciplinar. A ideia é que o público possa experimentar, aprender, conhecer e sentir de forma ampla o que é apresentado. A fim de enriquecer sua vivência intelectual, emocional e cultural, não apenas em escala pessoal, mas de experimentação coletiva.

A primeira edição, realizada em 2022, levou gratuitamente ao público 44 ações, entre oficinas, palestras, rodas de conversa, ações e intervenções artísticas de diversas linguagens. Foram mais de 20 mil pessoas impactadas a partir da temática “Se enfiasse os pés na terra: relações entre humanos e plantas”.

Serviço: 

Programa Público  “Corpos ― Indícios, Matrizes ― Espécies”

Abertura: Quinta-feira, 16 de maio, às 19h

A entrada será gratuita e as senhas serão distribuídas por ordem de chegada

A programação acontece de maio a agosto de 2024. Confira os detalhes de todas as ações AQUI

Fonte: Governo PR

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Transfusão de sangue imediata no local do acidente salvou vida de criança de 5 anos

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Primeira paciente pediátrica do Paraná a receber transfusão de sangue no próprio local do acidente, a menina Maria Laura Ferraz, 5 anos, vai receber alta nesta quinta-feira (26), após 14 dias internada no Hospital Universitário de Maringá, 12 deles na UTI. Ela vai reencontrar a mãe, Luciana, de 36 anos, que também ficou internada sete dias na UTI do mesmo hospital e recebeu alta na última quinta-feira (19).

Ambas voltavam de uma consulta médica da menina na cidade de Carlópolis, no dia 12 de dezembro, quando o veículo da prefeitura de Jabuti em que estavam se envolveu em um acidente grave com outro veículo na BR-153, perto de Ibaiti, que vitimou duas pessoas. Dois helicópteros, além de uma ambulância por terra, foram acionados para resgatar as vítimas. Com lesões graves no intestino, fígado e baço, Maria Laura não podia esperar: necessitava de uma transfusão de sangue imediata para ter condições de chegar ao hospital. O que foi feito na aeronave e a salvou.

“Esse equipamento de transfusão de sangue no próprio local fez toda a diferença para minha filha. Não fosse isso, minha família teria um Natal com muita tristeza, chorando a perda da nossa filha. Posso dizer sem dúvida nenhuma que minha filha nasceu de volta graças a esse equipamento”, comemora o pai da menina, o gerente de supermercado Josilei Ferraz, de 40 anos.

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O resgate de Maria Laura foi feito pela equipe do doutor Maurício Lemos, coordenador médico da operação aeromédica de Maringá. Ele lembra que quando chegou ao local do acidente, o batimento cardíaco de Maria Laura estava muito acelerado pela perda de sangue na região da barriga. “Até então, eu não havia transfundido nenhuma criança no local do acidente, apenas adultos. Mas ali não tinha escolha. Ou eu fazia a transfusão de sangue, ou a menina ia morrer pela gravidade em que ela se encontrava”, ressalta o médico, que visitou Maria Laura no hospital nesta quarta-feira (25) de Natal.  “Foi emocionante visitar essa menina, porque eu a vi morrendo e agora ela está pronta para voltar para casa graças ao procedimento que fizemos naquele momento exato”, relata Lemos.

Desde que o sistema foi implantado, a base de Maringá havia realizado 42 transfusões de sangue na aeronave que opera o sistema. Nenhuma, até então, em criança. “Naquele momento, avaliei todos os critérios técnicos e ela tinha condições de passar pelo procedimento. Tanto que quando passei o sangue ela já começou a estabilizar, o que permitiu que chegássemos até o hospital onde ela foi atendida”, explica Lemos.  

A diretora estadual da Rede de Atenção às Urgências, Giovana Fratin, enfatiza que a hemotransfusão maciça – como é chamado o processo – melhora a condição do paciente até a chegada ao hospital de referência. Portanto, é muitas vezes a diferença entre a vida e a morte do paciente. “São muitas ações dentro de uma estratégia de atenção à saúde, realizada pelo governo do Paraná, entre elas esse caso da hemotransfusão no pré-hospitalar”, aponta.

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SERVIÇO AEROMÉDICO – O atendimento aeromédico do Paraná é reconhecido nacionalmente. Operado pelo Sistema Estadual de Regulação de Urgência, cobre todo o estado com cinco bases estratégicas localizadas em Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.

Além de atender vítimas de trauma, o serviço realiza transporte de órgãos para transplantes, sendo uma peça-chave no sistema de saúde estadual.

A base de Maringá também se destaca por ser a primeira do Paraná a empregar hemotransfusão em vítimas graves diretamente na cena de trauma.

Até novembro, o serviço aeromédico do Paraná havia atendido 3.292 pacientes no ano de 2024. Em 2023, o estado registrou um recorde histórico, com 4.003 atendimentos. Além de resgates e transferências, esses números incluem o transporte de órgãos, reforçando o papel essencial do serviço na saúde pública.

“Sob a liderança do governador Ratinho Junior, estamos alcançando marcas históricas na rede de cuidado em urgência e emergência do Paraná. Há dois anos, esse esforço nos levou a atingir a cobertura total do território paranaense pelo Samu. Esse resultado assegura um atendimento ágil e eficiente, reforçando nosso compromisso com a missão de salvar vidas”, destaca o secretário de Saúde do Estado, Beto Preto.

Fonte: Governo PR

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