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Jogos paradesportivos em Caiobá estimulam inclusão e dão visibilidade a revelações

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Paratletas de diferentes idades e modalidades participaram neste sábado (11) de um projeto promovido pelo Governo do Paraná para realização de modalidades paralímpicas nas areias da praia de Caiobá, em Matinhos, no Litoral do Estado. A programação incluiu partidas de futebol para cegos na areia, vôlei sentado, surfe, bodyboarding e beach tennis dentro da estrutura montada para o Verão Maior Paraná.

As atividades iniciaram a partir das 9h e se estenderam até o fim da tarde. Atletas paralímpicos e outros aposentados participaram dos jogos ao lado de outros amadores, com inscrições abertas ao público diretamente no local. Duas cadeiras anfíbias também foram disponibilizadas para que as pessoas com dificuldade de locomoção pudessem viver a experiência de estar no mar de maneira segura.

Segundo o secretário de Estado do Esporte e coordenador do Verão Maior Paraná, Hélio Wirbiski, a iniciativa faz parte da estratégia estadual de valorização do paradesporto, iniciada em 2019. “É uma vivência paradesportiva mirando o PARAJAPS (Jogos Abertos Paradesportivos), que são competições organizadas anualmente pelo Governo do Estado, reunindo milhares de paratletas”, afirmou.

“Fizemos também um convênio com o Comitê Paralímpico Brasileiro para fazer um treinamento aos professores da rede estadual de ensino para que eles possam saber como receber crianças com deficiência e lidar com elas para que possam se tornar paratletas ou ao menos ter uma experiência melhor em relação à prática esportiva na escola”, completou Wirbiski.

Cego desde os três anos de idade, Mário Sérgio Fontes, outro responsável pela iniciativa, sempre se envolveu com o esporte. Ele foi o primeiro profissional de educação física cego do Brasil e representou o País nos Jogos Paralímpicos de Nova York (1984) e Seul (1988). Também foi aos Jogos de Atenas (2004) como coordenador da seleção de futebol de 5, e em Pequim (2008) como dirigente. Na Paralimpíada do Rio (2016), atuou como representante brasileiro da Federação Internacional de Esportes para Cegos, além de ter carregado a tocha paralímpica.

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Atualmente, Fontes é coordenador estadual de paradesporto, vinculado à Secretaria do Esporte, e considera que o Paraná vive o melhor momento da sua história em relação ao tema. “Desde que iniciei a minha militância no paradesporto na década de 1980 hoje é o momento mais promissor porque nesse governo ele é tratado como prioridade”, disse.

“Recentemente foi criada a diretoria de Paradesporto e estamos implantando a educação paralímpica nas escolas estaduais, para que os estudantes, mesmo aqueles que não são deficientes, possam conhecer as modalidades paradesportivas, mostrando que o esporte é feito para todos e as pessoas com deficiência não podem ficar de fora disso”, concluiu.

Um dos alunos de Fontes quando ainda era criança é Tiago Paraná, que perdeu a visão aos cinco anos e atualmente é atleta de seleção brasileira de futebol de cegos e também participou do jogo de exibição ao lado de outros paratletas. Para ele, um evento como esse ajuda a tornar a modalidade mais conhecida do grande público .

“Muita gente frequenta a praia nessa época de calor, o que ajuda o público a conhecer outras modalidades além do esporte convencional e perceber que o deficiente pode fazer, já que muitos de nós nos dedicamos exclusivamente a isso. Desde que eu perdi a visão, fiz natação paralímpica, atletismo e golbol até me encontrar no futebol que sempre foi o meu sonho”, contou.

Ele está em fase de preparação para jogar o mundial da categoria na Inglaterra, em agosto, e os jogos Parapan-Americanos em novembro, no Chile, que dá vaga às paralimpíadas de Paris em 2024.

NOVAS PROMESSAS – Silmara França é técnica paradesportiva da Associação Paralímpica de Paranaguá, que é parceira da iniciativa do Governo do Estado. Ela levou um grupo de 15 crianças e jovens da APAE ao evento, Segundo ela, o projeto de inclusão esportiva é um estímulo importante para os paratletas e as equipes envolvidas.

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“No geral, as pessoas que estão na praia nunca viram ações deste tipo, então é algo que nos motiva muito por dar mais visibilidade, além de ser um momento de diversão, promovendo a integração entre atletas profissionais, referências no esporte, e outros que estão apenas iniciando”, declarou.

Um dos membros da associação do município do Litoral é André Luiz Matias. Com apenas 16 anos, ele já foi campeão brasileiro sub-17 e sub-20 nas provas de arremesso de peso e disco, além de praticar o lançamento de dardo em categorias para pessoas com paralisia cerebral.

“Eu comecei graças a um amigo meu que indicou e até a professora me encontrar eu não sabia que eu podia ser um paratleta. O esporte tem me feito uma pessoa mais disciplinada e dedicada e eu acredito que ao verem como é estar junto com pessoas com deficiência os outros podem ver do que elas são capazes e que não existem limitações na vida delas”, opinou a jovem promessa paranaense.

PARADESPORTO – Nos últimos anos, graças a investimentos públicos como distribuição de kits paradesportivos aos municípios, o Paraná se tornou uma potência nessas modalidades.

Outra ação de sucesso é o programa Geração Olímpica e Paralímpica, que atua com bolsa-atleta, e se tornou uma grande vitrine esportiva dentro e fora do Estado e também uma referência em todo Brasil, inspirando diversos estados a criarem projetos seguindo o mesmo modelo.

Em breve, Curitiba também será sede do Centro de Esporte e Lazer Vila Oficinas, onde passarão a ser desenvolvidas as modalidades de vôlei sentado, golfe 7, goalball, bocha paralímpica e rugby em cadeira de rodas.

Fonte: Governo do Paraná

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Municípios já podem aderir ao incentivo de R$ 159 milhões para crianças e adolescentes

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Os municípios Paraná já podem formalizar a adesão ao incentivo financeiro do Governo do Estado que destina R$ 159 milhões para ações de fortalecimento da Política da Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes em todo o Paraná. O repasse foi liberado no início do mês pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Os recursos, oriundos do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA), deliberados pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA-PR) e administrados pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e Família (Sedef), serão repassados na modalidade fundo a fundo e poderão ser usados de maneira autônoma pelas cidades.

“Este é um momento importante para que cada município possa atender às suas necessidades específicas, de acordo com a realidade local. Estamos dando um passo significativo na construção de políticas públicas voltadas para nossas crianças e adolescentes”, afirma o secretário estadual do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni.

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Os valores poderão ser utilizados em materiais de consumo, pedagógico e esportivo, materiais de higiene e limpeza, artesanato e recreação, além do desenvolvimento de materiais de áudio, vídeo e foto, despesas com impressão de materiais gráficos, alimentos perecíveis e não-perecíveis, veículo e móveis.

Os termos de adesão devem ser preenchidos pelos municípios nos próximos dias através do Sistema de Acompanhamento do Cofinanciamento Estadual Fundo a Fundo (SIFF). As orientações sobre o incentivo estão na Deliberação 013/2025-CEDCA/PR. O documento traz detalhes, como prazos, itens de despesas e valores destinados para cada município.

Carboni ressalta a importância da regularização de saldos encerrados e da prestação de contas. “É fundamental que os prefeitos estejam atentos a essas questões para garantir a aptidão em novas adesões e o encerramento adequado do processo”, destaca.

O secretário orienta os prefeitos a tomarem algumas ações. “Caso identifiquem pendências ou saldos, é necessário enviar um e-mail para duvidassiff@sedef.pr.gov.br, solicitando as orientações necessárias. Além disso, é essencial manter os extratos bancários atualizados mensalmente no SIFF”, explica.

Cada município receberá, no mínimo, R$ 250 mil. Do total dos recursos disponíveis, dois municípios vão receber R$ 250 mil; 246 cidades receberão entre R$ 300 mil e R$ 400 mil; 137 devem receber entre R$ 400 mil e R$ 500 mil; 12 vão receber entre R$ 600 mil e R$ 700 mil; um município receberá R$ 800 mil; e Curitiba, devido ao porte, receberá R$ 1,5 milhão.

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REQUISITOS – Todas as cidades paranaenses estão elegíveis para receberem os recursos, desde que tenham realizado sua adesão e desenvolvam projetos e programas seguindo os eixos da garantia de direitos, como vida e saúde; respeito à dignidade; convivência familiar e comunitária; educação, cultura, esporte e lazer; profissionalização; e fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Fonte: Governo PR

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