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Invest Paraná usa caso de Juranda para aproximar prefeitos de investimentos

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A Invest Paraná promoveu nesta quarta-feira (22) um encontro virtual com quase 80 prefeitos e gestores municipais para tratar do programa Invest Cidades. O objetivo foi analisar a experiência de Juranda, que é um dos municípios que já integram o programa estadual, e cujo trabalho fez com que a cidade se tornasse uma referência em turismo religioso.

O Invest Cidades oferece aos municípios paranaenses apoio para avaliação de suas qualidades e vantagens, com prioridade para as vocações econômicas de cada região. O trabalho envolve a identificação de gargalos setoriais, recursos disponíveis, condições demográficas, dinâmica do mercado local, disponibilidade de matéria-prima e de mão de obra qualificada.

Em 2023, o programa atendeu 50 municípios, que continuam a receber o acompanhamento da equipe técnica da Invest Paraná. Para 2024, devido às restrições eleitorais, a meta é chegar a mais 30 municípios parceiros por meio da assinatura de novos termos de cooperação. Para isso, a instituição já realizou duas oficinas voltadas a gestores públicos em Ipiranga, nos Campos Gerais, e Prudentópolis, no Centro-Sul do Estado.

Segundo o diretor de Desenvolvimento Econômico da Invest Paraná, Rogério José Chaves, o compartilhamento de boas experiências tem o objetivo de demonstrar possíveis soluções que podem ser adotadas por outros gestores municipais. “Muitas prefeituras têm dificuldade em encontrar um caminho para o desenvolvimento econômico. Ao trazer o case de Juranda queremos demonstrar caminhos que os gestores públicos podem trilhar ao enxergarem as potencialidades que cada município tem”, afirmou.

CIDADE DO MILAGRE – A relação de Juranda com o turismo religioso começou em 2013, quando um menino chamado Lucas, então com cinco anos de idade, entrou em coma ao cair de uma altura de mais de seis metros enquanto brincava com a irmã na cidade. Após os médicos traçarem um prognóstico em que a criança dificilmente sobreviveria, ao menos não sem sequelas, o caso comoveu a cidade.

As irmãs do Convento das Carmelitas, de Campo Mourão, pediram intercessão aos Pastorinhos de Fátima e, após cinco dias em coma, Lucas acordou sem nenhuma sequela neurológica. Em 2017, o Vaticano reconheceu o milagre, que foi decisivo para beatificação dos Pastorinhos de Fátima. Com a repercussão do caso, Juranda ficou conhecida como a “Cidade do Milagre”, atraindo milhares de fiéis.

A partir disso, a prefeitura investiu em melhorias na estrutura para receber o crescente número de visitantes, o que envolveu a articulação conjunta com o Governo do Estado, por meio da Invest Paraná, e um diálogo com a população local sobre a importância de valorização do turismo religioso, que se mostrou um potencial econômico a ser explorado pelo município.

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De acordo com a prefeita de Juranda, Leila Amadei, o aumento da receita proveniente do turismo religioso é resultado de um trabalho de anos junto à comunidade local e também da atração de novos empreendimentos para a cidade, como restaurantes, hotéis e pousadas. A cidade também passou a promover mais outras atrações locais, como trilhas guiadas a cachoeiras, rios e propriedades rurais, além do desenvolvimento de diversos produtos feitos por artesãos locais com foco no turismo, fé e sustentabilidade.

“Primeiro obtivemos a autorização do Lucas e da família, que continuam a residir na cidade, e depois buscamos o diálogo com a igreja católica através da Diocese. Com isso, começamos a promover o aniversário de canonização no dia 20 de fevereiro, quando ocorre o maior evento, e todos os meses, sempre no dia 20, são feitas missas, procissões e outros encontros menores”, relatou a prefeita.

Além de atuar no convencimento da população jurandense, a administração municipal, com a assessoria técnica do Governo do Estado, começou a fazer um trabalho junto aos comerciantes, empreendedores e produtores rurais visando capacitá-los para receber o número cada vez maior de turistas. Os primeiros resultados já podem ser sentidos pela população.

“Tivemos um aumento de vagas de emprego e da renda da população na cidade, além de mais oportunidades para os agricultores familiares que podem vender a sua produção para mais pessoas, o que tem refletido na qualidade de vida das pessoas. Aquela desconfiança que existia inicialmente sobre o potencial de Juranda acabou na medida em que os resultados foram aparecendo”, revelou a prefeita.

NOVOS PROJETOS – Atualmente, a prefeitura trabalha em projetos estruturantes que devem elevar o patamar da cidade como um centro turístico regional. “Nós construímos um espaço chamado Marco Zero, onde os turistas são recebidos e podem conferir uma exposição documental que conta toda a história envolvendo o acidente, a cura e o processo de canonização”, explicou Leila.

Juranda também deverá ser a primeira cidade a receber uma unidade do programa Ponto Paraná. Trata-se de uma estação multiuso que terá como foco principal a exposição e comercialização de produtos locais cadastrados no programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS). Inspirada em um modelo japonês, a estação deverá operar 24 horas oferecendo e contará com estacionamento gratuito, pontos de descanso, sanitários, alimentação e informações turísticas da região.

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“É uma obra muito grande que o município não teria condições financeiras de fazer sozinho. O Governo já está trabalhando nos projetos complementares que devem ser entregues nas próximas semanas a nossa expectativa é de que a obra possa ser iniciada ainda este ano”, comentou.

Outras estruturas deverão começar a ser construída em breve. É o caso do Memorial do Milagre, que deverá promover uma experiência sensorial aos visitantes, e também a Capelinha das Aparições, um espaço de oração feito em parceria com a igreja católica.

INVEST CIDADES – O diretor de Desenvolvimento Econômico da Invest Paraná explica que a estratégia do Invest Cidades se concentra em atuar de forma regional. “Atuamos com os municípios em bloco, porque os problemas são comuns em cada região e podemos ser mais assertivos ao alavancar oportunidades de forma conjunta”, argumentou Chaves.

Além da avaliação de potencialidades, a Invest também intermedia a atração de empresas internacionais e nacionais interessadas em investir no Paraná. “Isso envolve, por exemplo, o diálogo com os municípios para a viabilização de áreas para que a instalação de novos empreendimentos e a capacitação de mão de obra especializada em nível local”, disse o diretor.

Nos casos dos municípios menores, em que não há essa possibilidade de atrair novas empresas ou indústrias, a Invest Paraná busca entender quais as necessidades dos municípios e o que eles têm a oferecer. “São casos que precisam ser analisados individualmente, então expor o caso de Juranda ajuda a expandir a visão dos gestores sobre as possibilidades que eles podem seguir para promover o desenvolvimento das suas cidades”, complementou.

Uma das principais alternativas, conforme explica Chaves, é justamente o fomento ao turismo como indutor do desenvolvimento. “Um dado da Organização Mundial do Comércio aponta que cada US$ 1 investido no turismo gera um retorno de US$ 2,80 em médio e longo prazo, mas para isso é necessário planejamento e investimento”, disse.

“Podemos ajudar a viabilizar recursos através da Fomento Paraná, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e de outras instituições financeiras que oferecem recursos para o fomento do turismo, mas para isso é preciso que as prefeituras tenham projetos e a Invest Paraná pode ajudar nessa articulação”, concluiu o diretor da Invest Paraná.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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