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Instituto Água e Terra inicia série de palestras sobre Cadastro Ambiental Rural

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O Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria estadual do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), começou por Mauá da Serra, no Vale do Ivaí, uma série de palestras com o setor agropecuário. A proposta busca reforçar a importância da vinculação e atualização das propriedades rurais por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O encontro ocorreu na terça-feira (14), na sede da Cooperativa Financeira Cresol. O cronograma de encontros vai até o fim do ano, com passagens pelas 21 regionais do Instituto.

Responsável dentro do órgão ambiental pelo departamento de emissão e controle do CAR, Ayrton Torricillas Machado explicou que a conversa funcionou como um grande tira dúvidas. Ele ressaltou que o documento é obrigatório e o primeiro passo para obtenção da regularidade ambiental do imóvel.

“Os questionamentos foram os mais diversos, desde algo simples como a solicitação de troca de senha até como proceder em caso de mudança de propriedade. A nossa intenção é levar essa palestra para todo o Paraná, esclarecendo e facilitando a vida das pessoas”, disse.

Machado explicou para o grupo que após a adesão e análise dos dados por meio do CAR, o produtor rural terá todas as recomendações de como se adequar à legislação e poderá fazer a adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA). A proposta oferece um conjunto de ações voltadas a regularizar, recuperar ou compensar áreas de preservação permanente (APP), de reserva legal e de uso restrito localizadas nas propriedades rurais.

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As ações devem ser propostas pelo dono do imóvel rural e não são obrigatórias. Porém, de acordo com o governo federal, podem render diversos benefícios aos proprietários, como acesso facilitado a crédito rural, manutenção de atividades econômicas realizadas no imóvel, como ecoturismo e turismo rural em áreas de APP, e até suspensão de multas ou sanções administrativas por tempo determinado.

“O produtor rural que não tem a regularização ambiental não consegue crédito nas instituições financeiras. Todos os bancos hoje pedem o CAR para a liberação do empréstimo”, afirmou Machado.

O diretor-presidente do IAT, Everton Souza, lembrou que há outras implicações para quem ainda não se vinculou ao CAR. “O CAR é a identidade da propriedade, por isso precisa estar sempre atualizado. Por exemplo, em caso de uma ilegalidade ou irregularidade na área, podemos emitir o ato de infração remoto na hora, com imagens que recebemos via satélite”, explicou.

“Quem por ventura vendeu a propriedade e não modificou o CAR, pode ficar solidário com eventuais irregularidades. É como se fosse um carro. Aquele que vendeu e não passou o documento para o nome do novo proprietário será o responsável por possíveis multas”, acrescentou Souza.

O QUE É – O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais. A finalidade é integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais referentes às Áreas de Preservação Permanente (APP), de uso restrito, de Reserva Legal, de remanescentes de florestas e demais formas de vegetação nativa. Também integra informações de áreas consolidadas, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.

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A inscrição no CAR é o primeiro passo para o Programa de Regularização Ambiental (PRA) – conjunto de ações ou iniciativas a serem desenvolvidas pelo proprietário com o objetivo de recuperar, recompor, regenerar ou compensar o ecossistema local.

IMÓVEIS – No Brasil, cerca de 6,5 milhões de imóveis já foram cadastrados, o equivalente a 543,7 milhões de hectares em área (47.649.448,06 hectares de Caatinga; 160.966.999,95 de Cerrado; 13.683.481,80 de Pantanal; 15.451.576,47 de Pampa; 220.063.455,01 de Amazônia; e 85.888.689,17 de Mata Atlântica).

No Paraná mais de 98% dos proprietários de imóveis já aderiram ao CAR e estão registrados no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SICAR). São aproximadamente 505 mil imóveis já cadastrados e, destes, mais de 279 mil proprietários e possuidores de imóveis solicitaram adesão ao PRA no ato de inscrição. O Instituto Água e Terra está em fase de análise dinâmica desses cadastros.

MAIS INFORMAÇÕES Para mais informações sobre o CAR é só acessar a página do IAT na internet ou pelo email car@iat.pr.gov.br. 

Fonte: Governo do Paraná

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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