NOVA AURORA

PARANÁ

IAT cria metodologia para reestabelecer fauna em área incendiada no mês passado

Publicado em

O Instituto Água e Terra (IAT) avançou no processo de reestabelecimento do ecossistema da área verde de Cianorte atingida por incêndio no mês passado. Três profissionais do órgão ambiental (dois biólogos e um técnico de manejo) monitoram diariamente, sempre pelas manhãs, a mata de aproximadamente 100 hectares, próxima do Parque Municipal Cinturão Verde, castigada pelo fogo.

O objetivo é acompanhar o comportamento da fauna no período em que  os animais normalmente saem para se alimentar e intensificar práticas de educação ambiental com moradores da vizinhança para que essa “volta para casa” não seja problemática.

Há avanços importantes. Aos poucos, mesmo com o cenário devastado, a vida silvestre está se reconectando com o local. A equipe já avistou macacos, quatis e aves, algumas delas em fuga das queimadas no Pantanal, como a Curicaca (Theristicus caudatus). O indicativo de restauração, porém, é cercado de armadilhas. A principal delas é conscientizar as pessoas de que não se pode alimentar ou dar água aos animais. A facilidade fará com que algumas espécies não queiram mais voltar ao habitat de origem, dentro da mata, adotando uma personalidade quase que doméstica.

“Vemos esse comportamento notadamente em macacos e quatis. É o típico quanto mais fácil, melhor. Daqui a pouco, nesses casos, eles entram nas casas para roubar alimento e passam a ser urbanos. Mas não podemos esquecer que estamos falando de animais silvestres, que podem transmitir diversas zoonoses”, explica o chefe do escritório regional do IAT em Cianorte, Marcelo Aparecido Marques.

Leia Também:  Projeto da Unespar, Centro de Documentação Histórica do Litoral comemora um ano

Por isso, além do trabalho de observação e catalogação de possíveis novas espécies retornando à área, os técnicos mobilizam a comunidade para colaborar, reforçando a importância de se manter distância dos animais. “Não sabemos como essas espécies vão se comportar a partir do momento em que a casa deles foi destruída. Precisamos, por isso, que seja o mais natural possível, sem influência do ser humano”, reforça.

É justamente esse comportamento de animais em áreas incendiadas e a própria regeneração do local que embasarão um artigo científico que será elaborado por diferentes servidores do Instituto. “Algo construtivo, que sirva para mostrar a todos como agir em ocasiões semelhantes”, diz o chefe.

Em relação à recomposição do bioma, Marques afirma que antes de qualquer ação imediata é preciso contar com a colaboração da chuva. Somente após a água, em um intervalo de 40 a 60 dias, é que os técnicos terão noção do que vai se regenerar ou não no espaço, iniciando, a partir disso, o plantio de espécies nativas. “Uma ação de longo prazo, mas que será de sucesso”, reforça.

Leia Também:  UEM disponibiliza nota e imagem da redação dos vestibulares de Inverno e EaD

COMO AJUDAR – O IAT estabeleceu três recomendações para quem avistar animais encontrados em áreas com fogo:

  • Não oferecer água nem comida nas áreas próximas aos focos de incêndio
  • Não se aproximar, incluindo animais domésticos
  • Comunique imediatamente a regional mais próxima do IAT

Caso você aviste um foco de incêndio, a orientação é acionar o Corpo de Bombeiros pelo número 193, e se afastar da área para evitar acidentes. Durante a ligação, forneça o máximo de detalhes possível sobre o local e as condições do incêndio, para facilitar a atuação dos profissionais.

PERÍODO CRÍTICO O Paraná atravessa o período mais crítico para a ocorrência de queimadas florestais em razão do tempo seco, baixa umidade do ar e falta de chuvas. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram registrados mais de 10 mil focos de incêndio no Estado de janeiro a agosto deste ano.

Situação que fez com que o governador Carlos Massa Ratinho Junior decretasse situação de emergência em por causa da estiagem. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) também está finalizando uma resolução técnica para mitigar os efeitos da seca no Paraná.

A chuva, de acordo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), está prevista para chegar ao Estado a partir do sábado (14).

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

Em Japurá, Estado promove repovoamento do Rio Ivaí com 150 mil peixes nativos

Published

on

By

O Rio Ivaí, em Japurá, na região Noroeste, ganhou nesta sexta-feira (11) mais 150 mil peixes de espécies nativas do Paraná. A ação integra o projeto Rio Vivo, desenvolvido pela Superintendência Geral das Bacias Hidrográficas e Pesca (SDBHP), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest). Além disso, com apoio de crianças da rede pública de ensino, houve o plantio de mudas de espécies nativas do Estado para a proteção da mata ciliar.

O repovoamento foi feito com traíras e lambaris, todos em estágio juvenil de desenvolvimento, ou seja, com maior índice de sobrevivência se comparado às solturas de alevinos. Neste sábado (12), a partir das 8 horas, a atividade se dará em Doutor Camargo (Noroeste), também no Ivaí, com a soltura de mais 150 mil peixes.

“O Ivaí é um dos rios mais importantes do Paraná, sem barragens, um lugar perfeito para pesca esportiva. Um verdadeiro tesouro natural que ganhou ainda mais vida com a soltura dessa nova leva de peixes”, afirmou o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca. “Esse evento que foi uma verdadeira aula ambiental de um Paraná cada vez mais sustentável”.

Leia Também:  Com foco na imunização, Estado reforça orientações sobre a saúde do homem

O programa Rio Vivo segue os critérios estabelecidos pela Resolução Sedest/IAT nº 10, para evitar a introdução de espécies exóticas nos rios e selecionar peixes com genética e tamanho ideais para o repovoamento.

A ação ambiental no Noroeste integra a segunda fase do projeto, iniciada em novembro de 2024, e prevê a soltura de 2,626 milhões de peixes nas bacias dos rios Tibagi, Piquiri, Iguaçu e Ivaí – no ciclo inicial, entre 2021 e 2022, foram soltos 2,615 milhões de peixes. O investimento nesta nova etapa é de R$ 557,8 mil.

A meta do Governo do Estado é repovoar as bacias locais com 10 milhões de animais, de espécies como traíra, pacu e pintado, até 2026.

PROJETO RIO VIVO – O Rio Vivo é uma ação da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável em parceria com o Instituto Água e Terra, executada pela SDBHP a partir de 2021. O projeto prevê a conservação das principais bacias hidrográficas do Paraná, otimizando os usos da água e trabalhando na recomposição da ictiofauna e preservação dos ecossistemas locais.

Leia Também:  PCPR leva serviços à população de Campo Largo na próxima semana

Além dos esforços para com o meio ambiente, a proposta estimula ações de educação ambiental com a população lindeira e crianças em idade escolar, incrementando o caráter social do Rio Vivo.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA