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HR produz pelo SUS próteses faciais que recuperam autoestima dos pacientes

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O Hospital de Reabilitação (HR), em Curitiba, realiza diagnósticos, produções e manutenções de próteses faciais para pacientes de todo o Paraná por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Além da parte estética, as próteses recuperam a autoestima e qualidade de vida das pessoas. O hospital faz parte das unidades próprias do Governo do Estado e integra o Complexo Hospitalar do Trabalhador (CHT).

O objetivo do serviço é atender toda a demanda de pacientes mutilados faciais do Paraná que necessitem de próteses como auricular, nasal, óculo-palpebral, oculares, obturadoras de palato e para grandes perdas dos maxilares, com atendimento multi e interprofissional, envolvendo cirurgiões-dentistas, protesistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, cirurgiões-plásticos reparadores e oftalmologistas.

O diretor-geral do CHT, Guilherme Graziani, explicou que esse é um serviço pioneiro implantado pelo Governo do Estado em 2020. “É realizado por cirurgiões dentistas do hospital e nestes quatro anos já reabilitamos e mudamos a vida de centenas de pacientes oncológicos e vítimas de trauma”, afirmou.

Em funcionamento desde 2020, o Ambulatório de Próteses Faciais Reconstrutivas do HR foi o primeiro serviço qualificado do Brasil a oferecer esse atendimento pelo SUS e já entregou 127 peças personalizadas. As próteses são indicadas para pacientes que possuem algum tipo de anomalia craniofacial ou mutilações que não podem ser reconstruídas cirurgicamente, como por exemplo casos de microtia, perda de rosto por acidentes, queimaduras ou doenças como câncer de pele.

Helena Machado Siatkowski, de 71 anos, mora em Mallet, Centro-Sul do Estado. Ela perdeu o olho direito em 2019 devido a um tumor e foi uma das primeiras pacientes a serem atendidas no ambulatório do HR, com uma prótese ocular. “O médico que me atendeu me encaminhou para o ambulatório e desde então faço esse acompanhamento. É um trabalho muito bom, muita gente não sabe que eu tenho a prótese porque não percebe, ficou perfeito”, disse ela.

As próteses atuam na recuperação de funcionalidades como mastigação, fonação e muitas vezes na respiração, e são divididas em dois grupos: intra e extraorais (faciais). As intraorais são para pacientes que tiveram mutilações nos ossos maxilares por tratamentos oncológicos, e receberão próteses obturadoras de palato. A prótese facial pode ser nasal (de nariz), ocular, óculo-palpebral, auricular e para grandes perdas faciais. Ao todo, desde 2020, foram confeccionadas e entregues 72 próteses oculares, 23 obturadoras, 10 nasais, oito auriculares, sete faciais, seis maxilares e uma intraoral.

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AMBULATÓRIO – O atendimento é feito semanalmente no HR, todas às quintas-feiras, pelas cirurgiãs-dentistas Roberta Targa Stramandinoli Zanicotti e Camila Paloma. Em média, oito pacientes passam por estes atendimentos toda semana. O serviço inclui desde a triagem até a criação e manutenção das próteses.

“Nossa missão é devolver para esses pacientes a qualidade de vida, função, autoestima e principalmente a convivência em sociedade. Essas próteses duram em média de dois a três anos e fazemos um acompanhamento com todos os pacientes duas vezes ao ano para ajustes”, disse Roberta.

Os pacientes que necessitam de reabilitação com próteses faciais, oculares e para grandes perdas dos maxilares são encaminhados via unidades de saúde do SUS para o HR. Em casos de dúvidas sobre o encaminhamento, o profissional de saúde pode entrar em contato com o HR pelo telefone (41) 3281-2600 e solicitar instruções com o Ambulatório do hospital.

“O paciente precisa buscar atendimento em uma unidade de saúde mais próxima e a Secretaria Municipal de Saúde irá encaminhar esse paciente para o nosso fluxo de atendimento”, explicou Camila.

PRODUÇÃO –  Após a fase inicial de triagem, inicia-se o processo de produção das próteses. Essa etapa inclui a digitalização e modelagem das próteses no computador, o molde impresso em ácido polilático com a utilização de impressoras 3D e a finalização com a moldagem em silicone – realizada manualmente pelas profissionais de maneira personalizada de acordo com a necessidade do paciente.

Os protótipos e moldes faciais são produzidas a partir de imagens de tomografias computadorizadas, e os modelos são impressos com tecnologia 3D, produzidos por pesquisadores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), envolvendo os cursos de Engenharia Mecânica, Mecatrônica, Design e Odontologia.

Alberto Alves, de 80 anos, mora em Curitiba e passou por amputação de orelha após ser diagnosticado com câncer de pele. Há três anos ele recebe atendimento pelo HR, e já recebeu uma prótese. Nesta semana, ele foi conferir os ajustes finais da próxima peça que irá usar. Neste processo é realizada uma verificação da cor da prótese para que seja idêntica ao tom de pele do paciente. “Fui encaminhado do hospital pra cá e aqui foi feita minha prótese. Eu uso todos os dias, é ótima, eu gostei”, disse.

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HOSPITAL – O Hospital de Reabilitação atende pacientes com doenças neuromusculares, lesões encefálicas adquiridas, lesões medulares, malformações congênitas, mielomeningocele, sequelas físicas causadas pela hanseníase, paralisia cerebral, amputações de membros, Síndrome Pós-Poliomielite, Parkinson e também pacientes com sequelas para reabilitação.

Nesta unidade são atendidas as especialidades de neurologia, neurocirurgia, ortopedia, urologia, clínica médica, fisiatria, pediatria, otorrinolaringologia e cardiologia.

No serviço de reabilitação, oferece fisioterapia, hidroterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, serviço social, enfermagem e nutrição, e também a disponibilização de Órteses, Próteses e Materiais de Auxílio à Locomoção (OPMAL).

Além do início do Ambulatório de Próteses, desde 2019 a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) implantou os primeiros 20 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 45 leitos de enfermaria, aumentou de três para cinco salas cirúrgicas e implantou um laboratório de neurocirurgia e posto de coleta laboratorial 24 horas. Durante a pandemia da Covid-19, o hospital atuou como retaguarda, disponibilizando leitos exclusivos para esse atendimento. Atualmente o hospital conta com 20 leitos de UTI e 51 leitos de enfermaria, que integram a Rede Hospitalar Estadual.

Somente no ano passado, o HR registrou 82.442 atendimentos, sendo 53.349 terapias, 24.589 consultas e 4.504 exames. O número é 68% maior do que o registrado em 2021, quando o hospital realizou 48.914 atendimentos no total.  A Sesa repassa anualmente cerca de R$ 31 milhões para custeio da unidade.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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