10 de Abril de 2025
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    Governo do Paraná busca experiências de fornecimento de água potável em áreas rurais

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    O Governo do Paraná avança no estudo e no desenvolvimento de propostas para alcançar a universalização no fornecimento de água potável para o consumo humano em áreas rurais do Estado. A Secretaria Geral das Microrregiões de Água e Esgotamento Sanitário, MAES, vinculada à Secretaria de Estado das Cidades (Secid), realiza trabalho para identificar estruturas e metodologias de gestão de sistemas de distribuição em todo país.

    A MAES é responsável no Estado pela gestão do processo que levará ao cumprimento das metas definidas no Marco Legal do Saneamento (Lei 14.026/2020). O objetivo é garantir, até 2033, que 99% da população brasileira tenha acesso a água potável e 90% aos serviços de coleta e tratamento de esgotos.

    O município de Piên, na Região Metropolitana de Curitiba, é um dos que já realiza o serviço, com estruturas instaladas comunidades com aproximadamente 1.600 famílias. A viabilização do projeto se dá via convênio entre a Prefeitura e a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), para a implantação da infraestrutura necessária, o que inclui os estudos técnicos preliminares, projetos, poços artesianos, casas de tratamento e as redes de distribuição. Uma vez implantadas, essas estruturas são passadas para associações de água, compostas exclusivamente por moradores de cada comunidade atendida, que ficam com a responsabilidade pela operação, cobrança, manutenção e ampliações necessárias; além da gestão administrativa e financeira do sistema.

    A ideia, de acordo com a secretária executiva da MAES, Márcia de Amorim, é levantar as informações para definir um modelo que possa ser replicado em todo o Estado. “Estivemos em Piên para conhecer os detalhes da operação e, com informações de outras iniciativas, chegar a uma modelagem viável e sustentável tanto na implantação quanto na operação e manutenção dos sistemas”, disse.

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    Outras visitas, como as realizadas a Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, e aos municípios cearenses de Russas, Jaguaruana e Aracati, todos com soluções próprias, ampliam a discussão sobre o tema.

    Para conhecer a experiência cearense, foram também técnicos da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab) e do Instituto Água e Terra (IAT). Os paranaenses apresentaram a formatação do sistema de microrregiões para o fornecimento de água e a captação e tratamento de esgotos. Em contrapartida, conheceram os procedimentos que viabilizaram a instalação dos Sistemas Integrados de Saneamento Rural (Sisar) e fizeram visitas de campo.

    O analista de Desenvolvimento Municipal do Serviço Social Autônomo Paranacidade, Geraldo Luiz Farias, que integra o grupo que trata do tema no Paraná, destaca que o melhor resultado será alcançado com a integração de diversas instituições públicas e a participação da sociedade. “Há um grande número de interessados em encontrar uma solução que garanta o acesso à água a todas as famílias, independentemente de onde estejam. Há muitos interessados, na esfera pública, em resolver esse problema: além da Secretaria das Cidades, via Secretaria das Microrregiões, há as secretarias de Estado de Desenvolvimento Sustentável, da Saúde e da Agricultura; o Paranacidade, o IAT; o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, a Fundação Nacional de Saúde, FUNASA, ligada ao Ministério da Saúde, e a Sanepar. Com a participação de todos esses atores, chegaremos, com certeza, ao formato ideal de acordo com as necessidades da população e à realidade paranaense”, afirmou.

    OESTE PARANAENSE – Em Marechal Cândido Rondon, o processo teve início na década de 1990 e, atualmente, atende cerca de 1.900 famílias ou 4.915 pessoas, em 1.931 ligações dispostas ao longo de 726 quilômetros de redes de distribuição. A implantação contou com recursos públicos aliados às contribuições feitas pelos proprietários rurais interessados em receber o abastecimento – na época, o equivalente ao valor de 50 sacas de milho por ligação -; e com a formação das associações que são as responsáveis pela operação e gestão administrativo-financeira em suas áreas de abrangência. Ao mesmo tempo, a execução de serviços técnicos e consultorias são executados pela autarquia municipal Serviço Autônomo de Água e Esgoto, SAAE.

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    PIÊN – A gestão feita pelas Associações de Água, com controle totalmente privado exercido pelos próprios beneficiários, é um dos fatores de sucesso em Piên. Márcio Alves Domingos, chefe dos Serviços de Água em Áreas Rurais do município e diretor de uma das associações, destaca a importância da proximidade dos associados com todo o processo. “Quando a comunidade participa, o processo anda melhor como um todo”, considera.

    Já Dorivaldo Taborda, que é o tesoureiro da associação da região do Quicé, comemora os resultados obtidos nos últimos anos. “Evoluímos bastante. Estamos informatizados, com a emissão e a entrega dos boletos de pagamento na frente das casas, diretamente para o usuário; além do controle financeiro pelo aplicativo do banco. Agora, com a vazão que temos aqui, podemos atender também os moradores da localidade de Poço Frio, com mais de 120 famílias”, conta.

    Do outro lado do processo está a produtora rural Juliana de Fátima Martins, casada e mãe de três filhos. Para ela, ter água tratada na torneira de casa é fator de tranquilidade para toda a família. “Água é saúde para todos. Água saudável é tudo. Sem ela a gente não consegue viver”, diz.

    Fonte: Governo PR

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    Sanepar investe em solução inovadora para monitorar ruídos e detectar vazamentos de água

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    Para monitorar ruídos na rede de distribuição de água e detectar vazamentos com mais precisão e rapidez, a Sanepar está escalando uma solução inovadora baseada no conceito de Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial. A startup Radioforce Tecnologia e Telecom Ltda. desenvolveu um sistema baseado em hidrofones inteligentes, com o objetivo de reduzir as perdas de água nas redes de distribuição. A startup foi selecionada no 1º edital do Programa Sanepar Startups, em 2023.

    Os hidrofones serão acoplados à tubulação de água, sendo capazes de captar as ondas acústicas emitidas pela água e, assim, identificar padrões de vazamento. Isso permite a detecção e a solução dos vazamentos de forma mais rápida. Serão investidos cerca de R$ 5,7 milhões no projeto ao longo de dois anos.

    “Este investimento é parte dos esforços da Sanepar para melhorar a eficiência do seu sistema de distribuição de água e mais uma ação da Companhia de apostar em tecnologias inovadoras, como a IA, que surgem e se propõem a ajudar na resolução de problemas de forma concreta, veloz e eficaz”, ressalta o diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley.

    O coordenador da Gerência Regional Curitiba Leste, Welington Gustavo Freire destaca que a nova tecnologia oferece uma solução integrada e inovadora para o monitoramento das redes. “A solução contempla a transmissão e o processamento avançado de dados, além da integração em uma plataforma de gestão intuitiva”, explica. “A tecnologia será avaliada em escala na área de influência do Centro de Reservação Jacob Macanhan, em Pinhais, ao longo de 470 quilômetros de rede de distribuição”.

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    A gerente da Gerência do Processo Água da Sanepar, Juliana Seixas Pilotto, destaca que a iniciativa contribui para modernizar a gestão da infraestrutura hídrica. “Com a implementação da solução, esperamos aprimorar a gestão dos recursos hídricos, otimizar a operação e reduzir as perdas de água, o que traz impactos positivos para a Sanepar, para a sociedade e para o cliente”, ressalta.

    O desenvolvimento da solução foi colaborativo e teve envolvimento de uma equipe multidisciplinar, incluindo mentores da Sanepar. “A adoção de hidrofones inteligentes no projeto com a Radioforce foi escolhida por conta da maior velocidade de propagação do som na água, o que permite reduzir a quantidade de sensores necessários, comparado ao uso de sensores externos”, informa Marcelo Depexe, especialista da Sanepar em combate a perdas de água e mentor da startup.

    SANEPAR STARTUPS – A novidade nasceu dentro do Programa Sanepar Startups. É uma plataforma importante para o ecossistema de inovação, estimulando as startups a desenvolverem soluções que sejam aplicáveis e escaláveis.

    O Programa Sanepar Startups é uma iniciativa da Sanepar, em parceria com o Itaipu Parquetec, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Paraná (Sebrae-PR) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O objetivo do programa é promover a inovação aberta no setor de saneamento, buscando soluções tecnológicas sustentáveis para os desafios enfrentados pela Companhia e pelo setor.

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    “A inovação é um pilar central para nossa estratégia de melhoria contínua dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário. A avaliação dessas tecnologias em escala, como estamos fazendo com as soluções da Radioforce e da Stattus4, é fundamental para garantir que essas inovações atendam de forma robusta e eficaz os desafios do saneamento. Esse processo não só gera valor para a Sanepar, mas também para a sociedade, ao melhorar a qualidade dos serviços prestados”, afirma.

    Por meio de editais, o programa seleciona startups que propõem soluções inovadoras para problemas como a redução de perdas de água e a otimização dos processos operacionais. Até o momento, a Sanepar tem trabalhado com 10 startups, sendo que algumas já concluíram suas provas de conceito (PoCs) e outras ainda estão em desenvolvimento. Dentre essas, Radioforce e Stattus4 já avançaram para a fase de avaliação em escala, testando suas soluções em ambientes maiores e mais complexos nas redes de distribuição de água.

    SNEPAR LABS – Com o sucesso da abordagem com as startups, a Companhia se prepara para lançar em breve um novo programa de inovação aberta, denominado Sanepar Labs, majorando suas conexões com o ecossistema, antecipando tendências e buscando alternativas para aprimoramento de seus processos.

    Fonte: Governo PR

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