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Fundação Araucária avança para reduzir déficit de bolsas de mestrado e doutorado

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Uma das instituições que mais oferece bolsas de pesquisa em todos os níveis, desde a iniciação científica à pós-graduação, a Fundação Araucária tem trabalhado para avançar no número de bolsas concedidas. Em 2023 alcançou um recorde histórico com o total de 5.106 bolsas e agora prepara um edital para melhorar ainda mais o atendimento aos alunos da pós-graduação do Paraná.

Bárbara Luísa Fermino, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Comunitário pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), afirma que a bolsa de pesquisa concedida pela Fundação Araucária é um incentivo essencial, não apenas pelo suporte financeiro, mas de reconhecimento e valorização ao esforço do pesquisador incentivando-o na busca contínua pela inovação e excelência em qualquer área que ele pesquise.

“Este apoio acaba sendo vital para fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico, o que contribui para a promoção de descobertas que podem ter um impacto significativo na sociedade. A segurança proporcionada pela bolsa me permitiu focar integralmente nas minhas pesquisas garantindo que eu pudesse contribuir de maneira efetiva para o avanço da ciência e para o desenvolvimento do Paraná”, ressalta a pesquisadora.

Somente em 2023, a Fundação Araucária investiu cerca de R$ 36,5 milhões em bolsas de pesquisa. Deste total, R$ 9.283.600,00 foram para bolsistas da pós-graduação. O valor atual da bolsa de mestrado é de R$ 2.100,00, doutorado R$ 3.100,00 e bolsas de pós-doutorado R$ 5.500,00 mensais. O período varia de 12 a 48 meses dependendo da categoria e o programa ao qual é vinculado.

Aluna do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Juliana do Canto Olegário enfatiza que o apoio recebido com a bolsa concedida pela Fundação Araucária é um incentivo primordial para quem deseja prosseguir na área de pesquisa.

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“Sem o apoio da bolsa, acredito que a participação de pesquisadores em formação e a contribuição para o avanço das iniciativas e descobertas científicas no estado e no país ficariam muito prejudicadas”, afirma.

A bióloga Maria José Pastre, pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Biociências e Fisiopatologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) se dedica à pesquisa científica desde a graduação e conta que é muito difícil conciliar um trabalho fora da universidade e continuar atuando na ciência. “Principalmente na área de saúde e biológicas, que há uma dedicação o tempo todo em laboratório para as análises, é difícil conciliar com o trabalho fora da universidade porque o empregador não entende a intensidade dos estudos. Conheço muitos pesquisadores que não conseguiram se manter na pesquisa por falta deste tipo de apoio financeiro”, diz a cientista.

CENÁRIO DA PÓS-GRADUAÇÃO – Um levantamento do Conselho Paranaense de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (CPPG) mostra que dos 24.310 alunos de mestrado e doutorado das 16 instituições de ensino superior filiadas ao CPPG, apenas 7.528 recebem bolsas de pesquisa de alguma instituição de fomento.

O Conselho é formado pelas sete universidades estaduais, cinco federais e quatro privadas. Juntas elas contam com 412 programas de pós-graduação. Segundo dados do Conselho, dos 15.212 alunos de mestrado, 3.828 recebem bolsas e 11.184 não recebem, o que corresponde a 74,5%. Dos 9.098 doutorandos, 3.700 recebem bolsas e 5.398 não recebem, o que corresponde a 59,33%.

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O estudo sobre o cenário atual de bolsistas de pesquisa no Paraná foi solicitado pela Fundação Araucária ao Conselho no início deste ano. O levantamento foi apresentado ao Conselho Superior da Fundação Araucária que deliberou pela elaboração de um edital específico para bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Trabalho que está sendo realizado por uma comissão formada por várias instituições entre elas a Seti, Fundação Araucária e CPPG.

“Acreditamos que esta é uma das maneiras de conseguir diminuir esta grande diferença que há entre o número de alunos matriculados e o número de alunos bolsistas nos programas de pós-graduação do Paraná”, disse o presidente do CPPG, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Mauro Ravagnani.

O presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, falou da importância do investimento na pós-graduação para o avanço da ciência no Paraná. “Nossa intenção é, cada vez mais, evoluirmos no investimento na pós-graduação. Além de valorizar o pesquisador paranaense, reflete diretamente no desenvolvimento científico e socioeconômico do Paraná. Felizmente, vivemos o melhor momento para a ciência do Estado com o maior orçamento destinado à ciência e tecnologia pelo governo estadual”, afirma.

A chamada pública será lançada em breve e deve minimizar o déficit de bolsas de mestrado e doutorado no estado.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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