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Estado qualificará 10 mil mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica

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O Governo do Paraná anunciou nesta quinta-feira (4) um repasse de R$ 299,9 mil do Fundo Estadual dos Direitos da Mulher (Fedim) para a realização de ações de capacitação, pesquisa e promoção de temas relacionados à igualdade de gênero e ao empreendedorismo feminino em 23 municípios. A ação foi lançada em Guarapuava, a partir da Cátedra de Empoderamento e Empreendedorismo Feminino (Ceef), desenvolvida pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).

A ação governamental envolve a Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi) e a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), com o objetivo de ofertar cursos gratuitos de capacitação multiprofissional para mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O projeto será desenvolvido entre 2024 e 2025, com expectativa de atender 10 mil mulheres, aproximadamente.

As cidades foram selecionadas entre as diferentes regiões do Paraná, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). São elas: São Mateus do Sul, no Sul do Estado; Campina do Simão, Manoel Ribas, Pitanga, Santa Maria do Oeste e Turvo, na região Central; Candói, Cantagalo, Goioxim, Guamiranga, Guarapuava, Imbituva, Inácio Martins, Irati, Laranjeiras do Sul, Pinhão, Prudentópolis, Rebouças, Rio Azul, no Centro-Sul; Chopinzinho, Coronel Vivida, Mangueirinha e Pato Branco, no Sudoeste.

A secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, comentou que sempre que é possível unir as políticas públicas com universidades, seguramente as ações ganham mais, não só em argumentação, mas também em princípios e diretrizes para que possa ser instituída uma política de Estado. “Quando a gente faz uma fundação sólida, como esse programa da Cátedra do Empoderamento e Empreendedorismo Feminino, com certeza quem ganha são as mulheres paranaenses. Precisamos instituir políticas que promovam a igualdade”, assegurou.

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Ela acrescentou que o Governo do Estado tem investido nessa agenda. Desde que criamos a Secretaria de Estado da Mulher, o governador deu um passo muito importante nos avanços para as mulheres paranaenses. E é isso que a gente busca por meio da parceria, promover prosperidade para todas elas. E nós, Estado e municípios, trabalharemos com três ferramentas poderosas: combate à pobreza, redução da desigualdade social e transformação das histórias de vida”, completou a secretária.

NA PRÁTICA – As ações serão implementadas de forma inter e multidisciplinar, priorizando o papel estratégico da educação e da política pública para o desenvolvimento da sociedade, bem como oferecer às mulheres em situação de risco a oportunidade de buscar o protagonismo econômico, por meio do empreendedorismo. A parceria visa proporcionar tanto a redução de desigualdades quanto o alcance ao desenvolvimento econômico e social, contemplando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS-ONU).

A professora Loide Salache, coordenadora-geral da Ceef, afirmou que é um projeto que trabalha, principalmente, as questões relacionadas à mulher efetivar o seu empoderamento, o resgate da autoestima, a visão empreendedora, tendo realmente a possibilidade de mudar a sua história de vida. “Ela mudando a sua história de vida por meio da nossa parceria, pela participação no nosso projeto, vai, também, mudar a realidade da sua família. A iniciativa vai mexer com a sociedade de uma forma geral, ainda mais com o apoio da Semipi nas ações”, destacou.

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O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, comentou que a Pasta é parceira na execução de um conjunto de ações e projetos, também voltados à defesa dos direitos e proteção da mulher, como os Núcleos Maria da Penha (Numape), conduzidos pelas universidades estaduais.

“Ao todo são 11 núcleos no Estado, que cuidam e acolhem a mulher e sua família. O projeto da Cátedra pode, também, ser submetido a algum dos nossos editais de incentivo, podendo receber, eventualmente, recursos para o seu desenvolvimento. A iniciativa serve, também, para parabenizar as mulheres por desenvolver, no âmbito dos municípios, essa importante missão de fazer com que nós possamos construir uma sociedade melhor”, complementou.

O reitor da Unicentro, Fabio Hernandes, disse que o projeto vem ajudando muitas mulheres a mudar de vida. “Agora, com a Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa estamos fechando essa parceria, para que o projeto vá para outros municípios da nossa região. Isso mostra a qualidade da universidade pública, que transforma vidas. Para nós, é uma satisfação juntar esse esforço junto à Secretaria, às lideranças políticas da nossa região para, juntos, mudarmos a realidade das pessoas”.

Fonte: Governo PR

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Combate ao bullying: alunos de colégio estadual criam música e videoclipe para conscientização

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Por meio da música, estudantes e professores do Colégio Estadual Inêz Vicente Borocz, em Curitiba, encontraram uma forma criativa de lembrar o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola – 7 de abril. Elaborada pela comunidade escolar, a canção “Bullying Não” ganhou um videoclipe, inteiramente gravado e editado no colégio. A produção está disponível no YouTube.

A rima pede paz e respeito: “O meu nome é futuro, presente da nação; eu sou de vários credos e digo bullying não! Eu sou de várias raças e você é meu irmão; posso ser diferente, e digo bullying não!”

A ação foi idealizada em setembro do ano passado pelo professor Elias Antonio Bueno, que atua na escola como pedagogo e participa do Grupo de Estudos Formadores em Ação sobre Clima Escolar, iniciativa promovida pela Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR).

No contexto da campanha Setembro Amarelo, o docente propôs aos estudantes do colégio que unissem música e criatividade com a conscientização sobre o combate ao bullying. Os alunos abraçaram a ideia e participaram ativamente da composição da letra. “Eles lançaram frases sobre o assunto, como se fosse uma tempestade de ideias, e fizeram cartazes. Desse material, nasceu a letra. E alguns talentos que temos na escola, como alunos músicos e cantores, nos ajudaram com arranjo e harmonia na parte musical”, contou Bueno.

Professores de Arte e Computação Gráfica auxiliaram os alunos com a gravação da música e a produção do videoclipe, que rapidamente se espalhou na comunidade escolar. Conforme o pedagogo, a ação contribuiu para reduzir o bullying entre estudantes no colégio. “Com autorização da direção, colocamos a música no intervalo e nas trocas de aula. Eu senti que houve um impacto na escola. Foi uma ação sensacional que deu muito certo e teve o envolvimento dos estudantes”, relatou o pedagogo.

O estudante Daniel Schwebel, do 2º ano do Ensino Médio, concorda. O jovem tecladista participou da elaboração da partitura e da instrumentalização da música, além de ser um dos vocalistas. Para ele, o objetivo da ação foi alcançado. “Com a música, deu para perceber uma redução no bullying. O colégio é bem inclusivo e tem pessoas com Síndrome de Down, autismo, pessoas em cadeiras de rodas, entre outros. E é importante combater o bullying porque, ao praticá-lo, você acaba com a autoestima da pessoa”, opinou o aluno.

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Também assinam a composição da música e a atuação no videoclipe os estudantes do 3º ano do Ensino Médio Adria Emilia, Agatha Barbosa, Amanda Vieira, Beatriz Campos, Camille Victoria, Gabrielle Moreira, Manuella de Bona, Maria Clara, Maria Marciniak, Maria Siqueira, Natallielly Rodrigues, Thifany Rodrigues e Wallace Davi. Os professores Kathelen Guerra, Jorge Fontana e Taináh Nisimura participaram da orientação do projeto.

Nesta segunda-feira (7), Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, a canção foi apresentada ao vivo durante o intervalo das aulas no colégio. Futuramente, conforme Elias, novas composições podem surgir. “Demos continuidade ao projeto, e estamos trabalhando o tema em sala de aula, com a ajuda dos professores. Além disso, temos ensaiado para, quem sabe, a elaboração de uma nova música, ou um novo ritmo”, afirmou.

AÇÕES PERMANENTES – Responsável pelas mais de 2 mil escolas estaduais do Paraná, a Seed-PR desenvolve ações contínuas e permanentes de prevenção ao bullying, às violações de direitos e às violências no ambiente escolar.

Destaca-se, por exemplo, o Grupo de Estudos Formadores em Ação: Clima Escolar, que já atendeu mais de 10 mil profissionais da rede estadual. A formação continuada ofertada a professores, pedagogos e diretores busca melhorar a convivência, a escuta empática e o diálogo no ambiente pedagógico.

Outro exemplo é o Projeto Escola Escuta, lançado pela Seed-PR em 2022 com o objetivo de promover acolhimento e diálogo com os estudantes. Por meio da iniciativa, mais de 5 mil professores e pedagogos já foram capacitados para oferecer apoio social e emocional aos alunos da rede estadual.

Além disso, a Seed-PR orienta as escolas e Núcleos Regionais de Educação (NRE) para a realização de campanhas de prevenção ao bullying, bem como a participação em redes de proteção de crianças e adolescentes. Desde o início do mês, diferentes NRE têm promovido ações no contexto do Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola.

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No Noroeste do Estado, por exemplo, foram promovidas palestras e atividades interativas em colégios de Loanda, Santa Isabel do Ivaí e Diamante do Norte. Já no Colégio Estadual Paraná, em Loanda, uma campanha de combate ao bullying ocorre desde 2024 e tem registrado resultados positivos no clima escolar. Todas as ações recebem apoio do NRE de Loanda.

No Centro-Oeste, o NRE de Goioerê tem se destacado com uma ação abrangente promovida pela equipe multiprofissional do núcleo, que inclui assistentes sociais, psicólogos e pedagogos. Em andamento, a proposta de intervenção alcança diferentes escolas e inclui ações direcionadas a estudantes, professores e pais ou responsáveis dos alunos.

Já o NRE de Dois Vizinhos, no Sudoeste, mantém uma campanha de escuta ativa e apoio às direções escolares desde 2024. A iniciativa, também elaborada pela equipe multiprofissional do núcleo, já alcançou 13 escolas da região, classificadas como prioritárias no âmbito do combate ao bullying.

DIA NACIONAL – O Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola foi instituído pela Lei Federal nº 13.277/2016, devido ao crescente reconhecimento dos impactos negativos do bullying no ambiente escolar. A data se refere à memória do massacre de Realengo, que deixou 13 pessoas mortas em uma escola no Rio de Janeiro, em 7 de abril de 2011 – investigações posteriores indicaram que o autor do ataque foi vítima de bullying na infância.

De acordo com o projeto da lei que instituiu a data, o combate ao bullying e às complexas causas sistêmicas da violência requer o envolvimento de educadores, pais, alunos e do conjunto da sociedade, uma vez que a educação é produzida, também, em ambientes externos às instituições de ensino.

Conforme o texto, configura bullying qualquer ato de violência intencional e repetitivo contra pessoa indefesa, que pode causar danos físicos e psicológicos. O termo “bullying” surgiu do inglês “bully”, que significa tirano, brigão ou valentão, na tradução para o português.

Fonte: Governo PR

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