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Estado lança selo que reconhece boas práticas das escolas em questões étnico-raciais

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A Secretaria da Educação do Paraná criou o selo ERER Enedina Alves Marques, iniciativa inédita na rede estadual de ensino, voltada ao combate ao racismo e à promoção da valorização da diversidade étnico-raciais nas escolas, além da apresentação curricular positiva tanto da população negra quanto dos povos indígenas em todo o Estado.

ERER significa educação para as relações étnico-raciais e homenageia a primeira mulher a se formar e engenharia civil do Paraná e primeira engenheira negra do Brasil. Enedina nasceu em Curitiba em 1913.

O selo tem como objetivo reconhecer e disseminar práticas em gestão escolar e pedagógicas que abordem questões étnico-raciais, fortalecendo a política educacional comprometida com a equidade racial na rede pública de ensino. Válido por dois anos, ele certifica o compromisso da instituição com a disseminação de boas práticas de inclusão e propõe a manutenção na rotina escolar.

O lançamento aconteceu nesta semana junto da publicação do edital de abertura do período de inscrições para as instituições interessadas em concorrer ao selo. O reconhecimento foi criado em conformidade às leis federais 10.639/2003 e 11.645/2008, que determinam a obrigatoriedade da inclusão das temáticas História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena nas Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

O secretário estadual da Educação, Roni Miranda, afirma que o selo ERER Enedina Alves Marques vem ao encontro das múltiplas ações de inclusão e combate ao racismo já implementadas nas escolas estaduais, reconhecendo, mapeando, divulgando e disseminando práticas escolares (de gestão e pedagógicas) que contemplem tais ações e reconhecendo as instituições de maior destaque.

“Ambientes escolares pouco acolhedores, nos quais as questões raciais não têm a atenção devida, frequentemente registram problemas que, dependendo da gravidade, podem levar até mesmo ao abandono escolar por parte das vítimas de violência racial”, diz. “Com a implementação do selo, a Seed-PR pretende positivar a equidade racial dentro das escolas, promovendo, estimulando e propondo o desenvolvimento de um número cada vez maior de atividades que valorizem a identidade dos alunos negros e indígenas”.

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PROCESSO SELETIVO E PREMIAÇÃO – As escolas que desejem concorrer ao selo têm até o dia 07 de outubro para acessar o edital, garantindo que as ações implementadas obedeçam aos eixos contidos no documento.

Eles passam por avaliação da forma como a instituição de ensino incorporou a educação para as relações étnico-raciais em seu currículo e projeto político-pedagógico (eixo 1), avaliação da criatividade e eficácia dos recursos utilizados pelas instituições de ensino para abordar a educação para as relações étnico-raciais (2) e avaliação da a gestão e organização do espaço físico da instituição de ensino, de forma a promover a educação para as relações étnico-raciais (eixo 3).

Após isso, as escolas devem acessar o formulário de inscrições, anexando os documentos exigidos. A pontuação das ações será validada após análise das respectivas comissões organizadoras da Diretoria de Educação da Seed-PR, incluindo equipes do Departamento de Desenvolvimento Curricular (DDC) e do Departamento de Educação Inclusiva (DEIN).

Todas as instituições de ensino que obtiverem, no mínimo, 600 pontos (60% do total de pontos) validados e que não obtiverem zero em nenhum dos eixos, serão certificadas com o selo.

Além disso, as três instituições de ensino de cada Núcleo Regional de Educação (NRE) que obtiverem a maior pontuação em seu respectivo NRE receberão a sua certificação em uma cerimônia de entrega a ser definida pela Comissão Organizadora e informada em comunicação complementar.

“Para as instituições que estão empreendendo esforços voltados à promoção de um ambiente escolar inclusivo e respeitoso, o selo não apenas fortalece a confiança da comunidade escolar nas práticas adotadas, mas também serve como modelo inspirador para outras escolas que buscam implementar ações semelhantes”, afirma Galindo Pedro Ramos, técnico pedagógico da Equipe de Educação para Relações Étnico Raciais e Escolar Quilombola da Seed-PR.

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“Ao educar estudantes sobre a importância da diversidade e do respeito às diferenças, a instituição ajuda a moldar cidadãos mais conscientes e preparados para combater a discriminação em todas as suas formas”, reforça.

ENEDINA ALVES MARQUES – Enedina Alves Marques formou-se em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1945, tornando-se a primeira mulher desta área no Estado e primeira engenheira negra do Brasil. Filha de uma trabalhadora doméstica, Enedina foi criada na casa do delegado e major Domingos Nascimento Sobrinho, tendo recebido educação em escolas particulares e públicas, destacando-se academicamente, desde a infância.

Ela trabalhou como auxiliar na Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas e Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica. Contribuiu de forma significativa para o Plano Hidrelétrico do Paraná, destacando-se no aproveitamento das águas dos rios Capivari, Cachoeira e Iguaçu, com a Usina Capivari-Cachoeira, considerada sua maior realização. Outras obras importantes que levam o nome da engenheira incluem o Colégio Estadual do Paraná e a Casa do Estudante Universitário de Curitiba (CEU).

Foi nomeada com nome de rua no Bairro Cajuru, em Curitiba. No ano 2000, foi eternizada no Memorial à Mulher, em Curitiba, ao lado de outras 53 mulheres pioneiras do Brasil. Em 2006, foi fundado o Instituto de Mulheres Negras Enedina Alves Marques, em Maringá.

Fonte: Governo PR

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Paraná recebe 12 mil smartphones para iniciar projeto de inovação em escolas públicas

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O Governo do Paraná recebeu nesta sexta-feira (11) a doação de 12 mil smartphones da Receita Federal. Avaliados a preço de mercado em cerca de R$ 30 milhões, os equipamentos serão utilizados nas oficinas de programação e robótica do Programa CrIAção, que será lançado ainda no primeiro semestre de 2025 pela Secretaria de Inovação e Inteligência Artificial (SEIA). A cerimônia de assinatura do termo de destinação aconteceu no Pavilhão Smart Agro da ExpoLondrina e contou com a participação da deputada federal Luisa Canziani.

A doação marca o primeiro passo para a implantação do programa, que tem como objetivo democratizar o acesso à tecnologia e fomentar a inovação em todos os 399 municípios do Estado. Os celulares serão utilizados por estudantes da rede pública em atividades pedagógicas ligadas à cultura digital, com foco na formação em programação, robótica educacional e inovação.

“Essa doação representa uma economia de R$ 30 milhões para os cofres públicos e um investimento direto no futuro dos nossos jovens. São equipamentos que vão permitir o início das atividades do CrIAção já nos próximos meses, ampliando o acesso à tecnologia em todo o Paraná”, afirmou o secretário estadual da Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani.

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Dos 12 mil aparelhos doados, 9 mil foram destinados pela unidade da Receita Federal em Maringá e outros 3 mil pela unidade de Londrina. Todos possuem o sistema operacional Android. A ação foi articulada pela SEIA com apoio da Superintendência da Receita Federal na 9ª Região Fiscal.

“São smartphones que entram no país de forma irregular, sem pagamentos de tributos. Esses celulares iriam competir no mercado com comerciantes que pagam seus impostos em dia. Nós buscamos não apenas apreender, mas buscar um destino nobre para as apreensões”, afirma o auditor-fiscal e delegado da Receita Federal em Maringá, Marcos Wanderley de Souza.

O projeto CrIAção faz parte do Pacto pela Inovação, política estadual que integra ações de fomento à ciência, tecnologia e empreendedorismo em todas as regiões do Estado. A iniciativa prevê a criação de Centros Municipais de Inovação com infraestrutura física e tecnológica, além da capacitação de professores em parceria com universidades e instituições técnicas.

A expectativa é de que mais de 35 mil alunos sejam capacitados até 2026, com a implementação de trilhas formativas em todos os níveis da educação básica. O projeto também deve estimular o surgimento de projetos estudantis voltados à solução de problemas locais, promovendo a inclusão digital e o fortalecimento da rede estadual de inovação.

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O CrIAção será desenvolvido pela SEIA, em parceria com as secretarias da Educação (Seed), Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), além da Fundação Araucária. Ele será implantado em três etapas, conforme o nível de ensino.

Alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental terão contato com programação por meio de plataformas como Scratch e OctoStudio. No Ensino Fundamental II, as escolas vão oferecer oficinas de robótica com kits de Arduino e Micro:bit. Já no Ensino Médio, os estudantes contarão com laboratórios maker, com impressoras 3D, cortadoras a laser e projetos integrados ao currículo.

Cada município vai contar com um Agente Municipal de Inovação, que será capacitado e responsável por promover a implementação do programa localmente. Além disso, será estruturado um Centro de Inovação em cada cidade, com equipamentos voltados à aprendizagem tecnológica. Serão distribuídos 2 mil kits de robótica, 12 mil celulares para uso nas aulas de programação, impressoras 3D e outros equipamentos de fabricação digital.

Fonte: Governo PR

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