NOVA AURORA

PARANÁ

Estado integra ação para valorizar o turismo em vilas caiçaras do Litoral do Paraná

Publicado em

O Governo do Estado, por meio da Secretaria do Turismo (Setu) e do Viaje Paraná, participa de uma iniciativa que busca valorizar e promover o turismo das vilas caiçaras do Litoral do Estado. O projeto é do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) e do Sebrae-PR e foca em seis vilas em ilhas pertencentes a Paranaguá: Ponta de Ubá, Ilha do Amparo, Piaçaguera, Eufrazina, Ilha dos Valadares e São Miguel.

A atuação do Estado é voltada, principalmente, à promoção do turismo ao público que gosta de vivenciar a cultura local de um ambiente familiar e infraestrutura em meio à natureza. Também participam do projeto representantes da Adetur Litoral, Portos do Paraná, Secretaria de Cultura e Turismo de Paranaguá e entidades da área ambiental.

A coordenadora de Gestão e Sustentabilidade da Secretaria do Turismo, Anna Vargas, explica que o trabalho atual tem como foco entender o papel de cada envolvido na formação de uma rede de articulação para o desenvolvimento comunitário dessas regiões. “Neste momento estamos na fase de entender como podemos atuar fortalecendo a formatação e o fomento de produtos turísticos, visando o desenvolvimento das comunidades. Elas têm um potencial extremamente latente e histórico. Vimos, por exemplo, um potencial no aproveitamento de trilhas que já são utilizadas pelas comunidades e que podem ser também atrativos de produtos turísticos”, disse Anna.

TRADIÇÃO – O intuito do trabalho em conjunto é criar mecanismos para que as comunidades consigam executar, operar e ofertar suas próprias atividades turísticas, sem afetar as tradições locais. Todas as comunidades são localizadas na Baía de Paranaguá e têm acesso exclusivo por via marítima, com trajetos que variam de 20 a 60 minutos de barco a partir do Centro Histórico da cidade. As famílias que moram nessas comunidades são denominadas caiçaras, ou seja, nasceram no Litoral e seguem com as atividades de subsistência baseadas na pesca artesanal e no turismo de natureza.

Leia Também:  Governo amplia repasses a hospital de Fazenda Rio Grande para aumentar atendimentos

Weliton Perdomo, gerente da Regional Leste do Sebrae/PR, destaca a importância de construir uma rede que envolva diferentes entidades públicas e privadas, além dos próprios moradores. “Esse não é um turismo de massa, mas tem valor agregado. O Estado, ao juntar forças com outras instituições, tem a capacidade de levar a mensagem para o turista qualificado e reverberar esse segmento nacional e internacionalmente” disse.

O gerente institucional, jurídico e regulatório da TCP, Rafael Stein, explica que a empresa financia o projeto Turismo de Base Comunitária, porque acredita que apoiar o empreendedorismo sustentável nas comunidades que vivem no entorno da Baía de Paranaguá é importante para garantir a preservação do meio ambiente, bem como valorizar a cultura local. “A geração de renda para a população fortalece a autonomia e autoestima da comunidade enquanto gestora do próprio negócio”, disse ele.

TURISMO COMUNITÁRIO – Para fomentar o desenvolvimento do turismo nas vilas caiçaras é preciso, antes, entender as definições do segmento de turismo comunitário. “O fortalecimento de turismo de base comunitária necessita de atenção e a atuação do Governo do Estado na promoção da atividade local pode contribuir para a geração de emprego e renda para as famílias caiçaras”, diz o chefe do Núcleo Regional da Secretaria do Turismo no Litoral, Rodrigo Piolli.

Um dos pontos turísticos que podem ser explorados na região é o Café Caiçara, feito pela moradora da comunidade Ponta de Ubá, Glory do Nascimento. “Eu gosto de ver o pessoal alegre. Quero acolher os turistas com essa refeição para que se sintam em casa”, destacou.

Leia Também:  Estado prepara programa para estimular microempresas inovadoras com crédito a juro zero

Para Edson Fernandes, proprietário da pousada Mamangaba de Ubá, também na comunidade Ponta de Ubá, ao fomentar o turismo, o Estado e as instituições envolvidas garantem a sobrevivência de quem vive na região. “Essas empresas e o Governo do Estado podem nos ajudar a trazer mais pessoas para conhecer esse paraíso porque a comunidade tem uma beleza natural que se vende por conta própria, mas precisamos que as pessoas cheguem aqui”, afirmou.

O restaurante Cantinho das Oliveiras, na Ilha do Amparo, oferta uma culinária típica baseada em frutos do mar, pescados pelas proprietárias. “Recebemos mais clientes de fora do que da própria vizinhança. Já recebemos pessoas de Curitiba, Ponta Grossa e até do Ceará”, comentou a coproprietária, Izabelle de Oliveira. O nome do restaurante se deve ao fato das três responsáveis pelo local terem este sobrenome.

Já na comunidade caiçara de Piaçaguera, os diferenciais são a trilha em meio à Mata Atlântica, os artesanatos locais e a Igreja Católica de Piaçaguera, com mais de 300 anos de existência e construída em cima de um sambaqui indígena. Arthur José Mendes é comerciante local e cuida da Igreja. Sua história está ligada ao santuário, uma vez que seu avô trouxe a imagem da Imaculada Conceição de canoa até a comunidade. Para ele, apresentar a igreja aos turistas é gratificante. “Essa igreja tem mais de 300 anos, toda semana, ou quase, convido o padre para fazer a missa aos moradores. Para nós, católicos, é muito importante”, disse.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

Published

on

By

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

Leia Também:  Servidores da Fazenda e Celepar recebem capacitação sobre novo sistema financeiro do Estado

De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

Leia Também:  Humberto Gessinger, novas exposições e oficinas são destaque da Agenda Cultural

Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA