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Equipe do Corpo de Bombeiros de Cascavel vence desafio estadual de salvamento veicular

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Com a participação de nove equipes de todo o Estado, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) promoveu, nesta quarta e quinta-feira (9 e 10), o 3º Desafio Estadual de Salvamento Veicular. A competição, incluída na programação da semana de aniversário de 112 anos da Corporação, foi vencida pela equipe do 4º Grupamento de Bombeiros, de Cascavel, no Oeste. O resultado assegurou ao time do Interior a responsabilidade de representar o Paraná no 7º Desafio Nacional de Salvamento Veicular, em Belo Horizonte (MG), entre os dias 29 de outubro e 1º de novembro.

O primeiro lugar do pódio não é novidade para a equipe de Cascavel, que já é referência na área e levou também a taça em todas as três premiações individuais nesta quinta-feira. Agora bicampeão consecutivo da competição estadual, o time liderado pelo primeiro-tenente William Steffen Risardi representou o Paraná no Brasileiro e no Mundial do ano passado, na Espanha. No próximo mês de novembro, já tem outra missão internacional, desta vez no Mundial de Portugal.

“Para nós é uma satisfação enorme. Resultado de muito trabalho. As competições são muito legais, mas, acima de tudo, está a preparação das equipes para esses desafios. É algo que traz muito retorno à sociedade. Nossa equipe, por exemplo, além de treinar e tirar serviço nas viaturas operacionais, instrui outros bombeiros, operadores do SAMU”, disse o tenente Risardi.

E o crescimento passa também pelas experiências fora das divisas do Estado. “Nos alegra muito poder participar de um campeonato de nível nacional, se integrando com outras equipes, conhecendo técnicas novas, e se aperfeiçoando. Da mesma forma em um evento de nível mundial. É uma satisfação e um aprendizado que se reverte para a nossa comunidade”, acrescentou.

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Comandante-geral do Corpo de Bombeiros, o coronel Manoel Vasco de Figueiredo Junior foi o responsável por entregar os troféus aos vencedores. E frisou a importância das habilidades de salvamento veicular para a Corporação. “É um tema importantíssimo, que estamos trabalhando muito bem em nível nacional e mundial. O Paraná conseguiu nestes últimos anos estar à frente dessa missão, sendo um local buscado por outros estados pelo conhecimento da doutrina desse atendimento”, afirmou.

As provas de salvamento veicular consistem em simulações de acidentes de trânsito. Cada equipe tem até 25 minutos para prestar todo o atendimento às eventuais vítimas. O grande desafio é efetuar esse socorro com a máxima segurança e dentro do menor tempo possível, uma vez que, em situações reais, cada minuto pode ser crucial para salvar vidas.

No 3º Desafio Estadual de Salvamento Veicular, as equipes enfrentaram um único cenário, no qual duas vítimas – uma em situação crítica e outra estável, mas com alguma parte do corpo presa no veículo – precisavam ser retiradas de automóveis envolvidos em um acidente.

A atividade exige conhecimentos de comando, técnica e atendimento pré-hospitalar. Até por isso, as equipes são compostas por sete integrantes: um comandante; três membros da equipe técnica; dois membros da equipe de atendimento pré-hospitalar; e um reserva.

“A importância desse tipo de evento, além da integração de todas as nossas unidades operacionais, é o atendimento final para a população paranaense”, explicou o major Tiago Zajac, presidente da Câmara Técnica de Salvamento Veicular do CBMPR, que organiza o evento. “Esses desafios estimulam a criação de equipes em todos os cantos do Estado. E essas equipes realizam instruções para as tropas locais, ajudando a incorporar a dinâmica do salvamento veicular no serviço diário das guarnições”, afirmou ele, que elogiou o equilíbrio entre os competidores.

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O grupo campeão tem no comando o 1º tenente Risardi; os técnicos são o 1º tenente Cícero Navega Vianna, o 1º sargento Gléber Antônio Baranowski e o 3º sargento Franciney Rodrigues. O APH fica a cargo do 3º sargento Edson Ribeiro dos Santos e do cabo Fernando Ita Ferres Gonçalves. A reserva é a 3º sargento Melânia Giraldi.

PARTICIPAÇÕES – Participaram do 3º Desafio Estadual de Salvamento Veicular nove equipes dos três Comandos Regionais Bombeiro Militar (CRBMs). Do 1º CRBM (Grande Curitiba), os competidores vieram do 2º GB (Ponta Grossa); 8º GB (Paranaguá); e STABFEM, equipe composta só por mulheres. O 2º CRBM (Londrina) enviou representantes do 3º GB (Londrina); 5º GB (Maringá); e 8º SGBI (Cianorte). Já o 3º CRBM (Cascavel) contou com bombeiros do 4º GB (Cascavel); 10º GB (Francisco Beltrão); e 6º SGBI (Umuarama).

Confira o pódio de cada modalidade:

Melhor equipe

1º – 4º GB (Cascavel)

2º – STABFEM (Curitiba)

3º – 10º GB (Francisco Beltrão)

Melhor equipe em desenvolvimento

10º GB (Francisco Beltrão)

Melhor comando

1º – 4º GB (Cascavel)

2º – STABFEM (Curitiba)

3º – 6º SGBI (Umuarama)

Melhores técnicos

1º – 4º GB (Cascavel)

2º – STABFEM (Curitiba)

3º – 6º SGBI (Umuarama) e 10º GB (Francisco Beltrão)

Melhores APHs

1º – 4º GB (Cascavel)

2º – 10º GB (Francisco Beltrão)

3º – 3º GB (Londrina).

Fonte: Governo PR

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Imbituvão: projeto da Unicentro ajuda a mapear riquezas e potenciais florestais do Paraná

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Pesquisadores da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) têm instruído pequenos agricultores a fazer manejo florestal sustentável em propriedades rurais na região Centro-Sul do Paraná. O projeto Imbituvão, que funciona há mais de 15 anos, trabalha nas frentes de pesquisa e extensão com o foco em ações na Floresta Ombrófila Mista. Além do plantio de grãos e criação de animais, comuns na região, o projeto permite a expansão das possibilidades de renda dos agricultores com o cultivo de árvores e apicultura.

Com ajuda do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), o projeto mapeou 36 propriedades rurais com potencial de trabalhar o manejo florestal na região da bacia hidrográfica do Rio Imbituvão. Dessas terras, 24 passaram a integrar os experimentos do projeto, totalizando 9,54 hectares distribuídos em 53 parcelas permanentes de Floresta Ombrófila Mista.

A primeira fase do Imbituvão focou no diagnóstico das propriedades selecionadas. “A ideia inicial do projeto era fazer um manejo experimentalmente nos remanescentes de floresta com araucária nas pequenas propriedades, para provar que ele funciona, não desmata, é viável e conserva a floresta”, explica o coordenador do Imbituvão, professor Afonso Figueiredo Filho. “Quando fizemos o inventário, para avaliar o que tínhamos no momento, nos preocupamos de instalar essas parcelas para monitorar a dinâmica da floresta”.

A primeira medição feita pela equipe foi em 2011, com esse processo sendo refeito a cada três anos para acompanhamento. “Para fazer um manejo florestal, você precisa conhecer o estoque de madeira que a floresta tem, saber como ela cresce. Se você vai cortar uma certa quantidade de madeira, vai colher uma certa quantia de árvores, você tem que saber qual é a capacidade que a floresta tem de repor o que você cortou e em quanto tempo ela faz isso”, explica.

As saídas a campo do projeto permitem coletar fragmentos de diversas espécies, que são analisadas no Laboratório de Manejo Florestal e resultam em dezenas de pesquisas científicas de mestrado e doutorado. “A gente aproveita a extensão para fazer pesquisa. Tudo o que a gente faz lá, em geral, gera dados para pesquisa”, afirma.

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Entre as atividades desenvolvidas pela equipe do Imbituvão estão inventários florestais, produção e plantio de mudas, enriquecimento e manejo florestais, educação ambiental nas escolas e investimentos nas associações de apicultores e agricultores.

O projeto está auxiliando na instalação e manutenção de colmeias para a produção de mel em Fernandes Pinheiro. “O projeto deu um apoio muito forte à Associação de Apicultores e Meliponicultores de Fernandes Pinheiro, a Amfepi, assumindo o encaminhamento de projetos para construir uma unidade de beneficiamento de mel. Nós equipamos essa unidade com os acessórios necessários para trabalhar com mel”, conta Afonso.

HISTÓRIA – A ideia do Imbituvão surgiu ainda em 2009, quando o professor recebeu Thorsten Beimgraben, docente da Universidade de Rottenburg, na Alemanha, para uma visita às instalações da Unicentro. Mais tarde, a aproximação das universidades rendeu um acordo para o intercâmbio de estudantes e professores via Programa de Parcerias Universitárias Brasil-Alemanha (Unibral).

A instituição alemã fez os primeiros investimentos no Imbituvão, que depois conquistou recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e hoje conta com financiamento da Unidade Gestora do Fundo Paraná (UGF), através da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti).

Ao longo dos 15 anos, dezenas de professores e cerca de 60 estudantes de graduação e mais 60 profissionais recém-formados já passaram pela equipe.

Um deles foi o engenheiro florestal Alison Margraf, que atuou como bolsista do Imbituvão por quatro anos – dois durante a graduação e outros dois como profissional. Para ele, integrar as ações do projeto agregou aprendizados a mais na sua formação. “As trocas de experiências com os produtores rurais fizeram eu conhecer novas culturas, ampliando a minha visão de mundo. Vivenciar a engenharia florestal na prática ajudou a desenvolver uma melhor compreensão dos conhecimentos teóricos estudados na sala de aula”, pontua.

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Outra ação de destaque do Imbituvão foi a ajuda a agricultores da região na adesão ao projeto Estradas com Araucárias, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com apoio do Governo do Estado. A iniciativa incentivou financeiramente produtores rurais a plantar araucárias na beira de estradas e nos limites de suas propriedades, pagando R$ 1 mil a cada 100 araucárias plantadas por ano. Os recursos são oriundos de empresas que pagam multas como compensação dos gases de efeito estufa que emitem.

AÇÕES E DESAFIOS ATUAIS – Atualmente em sua quinta fase, o Imbituvão tem trabalhado com o controle da uva-do-japão. Segundo Afonso, essa é uma espécie invasora, que atrapalha o crescimento de outras árvores nativas, como as araucárias. “Ela compete com as outras espécies em desigualdade, porque ela avança muito, cresce em qualquer lugar e bastante. A ideia é manejar a uva-do-japão para tentar controlar a expansão, mas gerando alguma coisa para o pequeno proprietário e analisando o efeito disso na evolução da floresta”, descreve.

O agricultor João Taiok, que é representante da Associação dos Agricultores São João Batista do Assungui, conta que a equipe do Imbituvão fez o manejo florestal na região de atuação da entidade, com o plantio de eucaliptos para recuperação de áreas degradadas e o controle da uva-do-japão. “Essas atividades beneficiaram os produtores rurais de várias maneiras. Com a retirada da uva-do-japão, trouxe um proveito econômico para os agricultores da Associação, além de fortalecer a atividade produtiva do eucalipto”, avalia.

A equipe do Imbituvão também tem trabalhado com plantio de mudas de araucárias, erva-mate e outras espécies. Três propriedades têm sido espaço desses últimos experimentos, localizadas nos municípios de Ivaí, São Mateus e Inácio Martins.

Fonte: Governo PR

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