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Em um ano, 1ª PPP da Sanepar investe R$ 30 milhões e acelera universalização do esgoto

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Com avanços na coleta e tratamento de esgoto para milhares de pessoas, a primeira Parceria Público-Privada (PPP) da Sanepar está transformando o saneamento em 16 municípios do Litoral e da Região Metropolitana de Curitiba. Em um ano de operação, em parceria com o grupo Aegea, já foram investidos mais de R$ 30 milhões em obras, operacionalização do sistema e intervenções estruturantes, que dão mais qualidade de vida e dignidade aos moradores destas cidades.

A PPP da companhia com a empresa Ambiental Paraná, unidade local da Aegea e detentora da concessão, tem como objetivo acelerar investimentos e antecipar as metas estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento Básico no Paraná. O regramento determina 99% da população tenha acesso à água tratada, com pelo menos 90% de coleta e tratamento de esgoto até 2033. Com a parceria, a ideia é dar mais rapidez à expansão, atingindo a marca até 2029.

“Esta parceria permite maior celeridade na contratação de projetos e execução de obras, sem as amarras do setor público, que precisa fazer as licitações, mas com um contrato muito bem definido que estabelece todas as garantias e obrigações da empresa parceira”, afirmou o diretor de Operações da Sanepar, Sergio Wippel.

A parceria já realizou 2.144 novas ligações de esgoto e tratou mais de 17 milhões de litros de efluentes em 13 dos 16 municípios que possuem esgotamento sanitário. Além disso, avançou na elaboração de projetos e planos de ampliação.

O contrato prevê que o maior volume de obras aconteça entre o segundo e o décimo ano, com investimentos totais de cerca de R$ 700 milhões ao longo deste período. “Ainda que algumas obras já tenham sido realizadas, como em Morretes, este primeiro ano foi dedicado principalmente a elaboração de projetos, licenciamentos e outros trâmites”, disse Wippel.

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Neste primeiro ano de contrato, todas as metas estabelecidas em contrato para cobertura de esgoto foram cumpridas, avançando rumo à universalização. “Essas melhorias impactam a vida de mais de 600 mil pessoas, e deixaram os municípios mais perto de atingir a meta de 90% de coleta e tratamento de esgoto”, destacou a diretora-presidente da Ambiental Paraná, Bruna Buldrini.

OBRAS Fazem parte da concessão os municípios de Adrianópolis, Almirante Tamandaré, Bocaiuva do Sul, Campo do Tenente, Campo Largo, Cerro Azul, Contenda, Fazenda Rio Grande, Guaratuba, Mandirituba, Morretes, Piên, Quitandinha, Rio Branco do Sul, Rio Negro e Tijucas do Sul, cidades que tem entre 0% e 87% de atendimento com esgotamento sanitário. O grupo de cidades foi escolhido baseado nas necessidades de investimentos e no adensamento populacional.

Em Morretes, no Litoral do Paraná, uma expansão que beneficia cerca de 200 novas residências aumentou em 5% os índices de atendimento no município, chegando a 68,3% da cidade com coleta e tratamento de esgoto. “Foram construídas também uma nova estação elevatória e uma linha de recalque, que garante que os efluentes vão ser transportados de um ponto mais baixo para um outro ponto mais alto”, explica o gerente da Sanepar e gestor do contrato, Guilherme Peixoto Goes.

As obras se concentraram principalmente nos bairros Sítio do Campo e Jardim das Palmeiras, onde existiam problemas crônicos relacionados ao saneamento. “Palmeiras, por exemplo, é uma região muito baixa, que sofreu muito tempo com áreas de banhado. As pessoas construíram suas casas, mas a região não tinha a estrutura adequada. A expansão da rede nesta região é fundamental”, afirmou o prefeito Júnior Brindarolli.

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Com as obras e o novo plano diretor aprovado para o município, a região dos dois bairros deve se desenvolver de maneira adequada. A área, por exemplo, é a única da cidade planejada para receber construções com quatro pavimentos. “Isso deve causar uma atração de investimentos imobiliários, o que torna essa obra ainda mais importante para atender uma região que já é uma das mais populosas e deve seguir com um sólido crescimento”, disse o prefeito de Morretes.

Além da expansão da rede, a PPP também fez a implantação de um Centro de Controle Operacional (CCO) de última geração com sistemas de telemetria e telecomando para as estações de Guaratuba e Morretes, instalação de monitoramento por câmeras e adequação de laboratórios para maior controle de qualidade do tratamento.

Nas outras cidades, foram feitos investimentos importantes nas estruturas das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) de Fazenda Rio Grande, Guaratuba, Campo Largo e Almirante Tamandaré.

Novas obras já estão planejadas para 2025 em Guaratuba, na praia de Caieiras e em outras áreas da cidade; Bocaiúva do Sul, Rio Negro, Contenda e Tijucas do Sul, sendo que este último município passará a ter cobertura de esgoto pela primeira vez, com previsão de atingir 40% até 2026.

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Foto: Sanepar

AGILIDADE – As parcerias são avaliadas por indicadores de desempenho que garantem a qualidade dos serviços ao cidadão, com fiscalização pela Sanepar e regulação pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar). Os leilões também são realizados considerando as menores tarifas ofertadas, o que garante um serviço de qualidade a preços justos ao cidadão.

As PPPs não alteram o relacionamento dos municípios e das pessoas com a Sanepar, que segue sendo feito pela companhia. Na prática, as empresas vencedoras das concorrências passam a trabalhar em parceria da Sanepar, executando as obras e fazendo as manutenções dos sistemas.  

Além da parceria com a Aegea, a Sanepar também firmou outros três contratos de PPP mais recentes com empresas privadas para prestação de serviço de esgotamento sanitário em outras áreas do Paraná, com investimento de R$ 2,1 bilhões em 112 municípios.

Hoje, o Paraná tem um índice de 80,2% de cobertura da rede de esgoto, em um dos maiores do País. Com as parcerias, o Estado tem condições de ser a primeira unidade da Federação a atingir a meta de 90%.

“Além de poderem fazer as contratações de maneira mais ágil, nós esperamos que as empresas parceiras nos tragam soluções alternativas de baixo custo e inovadoras, que permitam fazer mais com menos. É um ganha-ganha que permitirá acelerar os investimentos para a universalização”, afirmou o diretor de Operações da Sanepar, Sergio Wippel.

Fonte: Governo PR

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Portos do Paraná realiza oficina de coleta e despolpa do açaí juçara em comunidade no Litoral

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Moradores da no Litoral do Paraná, participaram nesta quarta-feira (02) da 2ª Oficina de Coleta, Higienização e Despolpa de Juçara, fruta semelhante ao açaí amazônico. A iniciativa da Portos do Paraná busca estimular uma nova fonte de renda para as comunidades locais, predominantemente compostas por pescadores, além de promover a preservação da palmeira juçara, espécie ameaçada de extinção.​

“Com o conhecimento da despolpa dos frutos, é possível uma mudança cultural, possibilitando renda às comunidades e incentivando o plantio das sementes”, destacou o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana.​

A oficina integra o Programa de Educação Ambiental (PEA) da Autoridade Portuária e surgiu como uma demanda dos próprios moradores. “No Sul do Brasil basicamente não temos a cultura do aproveitamento deste fruto. Já no Norte, é muito comum. Estamos trazendo a oficina para estimular esta nova opção”, explicou o coordenador de Sustentabilidade da Portos do Paraná, Pedro Pisacco Pereira Cordeiro. “A sementinha roxa produz um açaí de excelente qualidade”.​

O Instituto Juçara de Agroecologia conduziu as atividades teóricas e práticas. “A coleta da juçara no Litoral é feita entre março e maio. É neste período que a palmeira vai frutificar e os cachos com os frutos vão amadurecer”, comentou o vice-presidente do Instituto, Rafael Serafim da Luz.​

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O fruto da juçara é semelhante ao açaí da Amazônia, porém, a palmeira nativa das áreas litorâneas de Mata Atlântica, Euterpe edulis, difere das palmeiras que produzem o açaí tradicional da região Norte do país. O “açaí juçara” é rico em antocianina, um antioxidante que confere a coloração roxa escura, muito semelhante ao açaí amazônico. Além do fruto, a palmeira também é conhecida por produzir o palmito juçara.​

O fruto é extremamente rico em ferro e cálcio, elementos que complementam muito bem a alimentação. “É uma planta que se desenvolve super bem, de fácil manejo. E a gente vê na casa das pessoas, faz parte da paisagem dos caiçaras”, pontuou Serafim da Luz.​

SELEÇÃO DE GRÃOS – A merendeira Adi Fátima Lourenço possui algumas palmeiras no quintal de casa, uma das quais foi utilizada durante a oficina. “A gente se criou subindo nos pés de juçara, mas não sabia fazer os sucos. E essa oficina vai ajudar na renda mesmo. Dá pra fazer bolo, pão. É um diferencial que as pessoas sempre estão procurando”, comentou Adi.​

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Durante a coleta e higienização, ocorre a seleção dos grãos maduros e sadios, que passam por um processo de lavagem com água sanitária para a esterilização das bactérias. Após o enxágue, eles são encaminhados para a despolpadeira, que remove os caroços, sementes ou cascas, resultando em um líquido engrossado e peneirado.​

CURSOS E OFICINAS –  Pelo Programa de Educação Ambiental, a Portos do Paraná realizou, desde 2019, dezenas de oficinas de capacitação e cursos profissionalizantes gratuitos para comunidades litorâneas do Estado.

As iniciativas buscam promover, além de práticas permaculturais, a educação ambiental, a organização comunitária e a valorização ambiental, ao mesmo tempo em que apresentam possibilidades de geração de renda para os membros das comunidades.

Entre os temas abordados estão comunicação e atendimento e introdução à maquiagem para jovens, em parceria com o Senac. As mulheres das comunidades de Piaçaguera e do Valadares também puderam participar dos cursos de corte e costura.

Fonte: Governo PR

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