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Em parceria com BID, Fazenda inicia processo de avaliação da maturidade da gestão fiscal

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A Secretaria da Fazenda do Paraná deu início nesta segunda-feira (1º) aos trabalhos de implementação da Metodologia para Avaliação da Maturidade da Gestão Fiscal (MD-Gefis) em todo o aparato do Estado. A reunião de sensibilização que abriu os trabalhos serviu para os representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) apresentarem a metodologia, os objetivos e as formas de aplicação.

A MD-Gefis visa avaliar o desempenho fiscal de um governo em um processo que considera o arcabouço normativo, as decisões administrativas e a eficiência da gestão fiscal.

O secretário estadual da Fazenda, Renê Garcia Junior, explica que o monitoramento e avaliação com critérios objetivos e transparentes são fundamentais para assegurar eficiência, legalidade e prestação de contas na arrecadação, controle e qualidade do gasto público. “O foco na transformação digital é benéfico ao permitir a implementação de ferramentas tecnológicas na gestão fiscal e nos recursos humanos necessários à operação dessas novas tecnologias”, disse.

Desenvolvida para avaliar a gestão fiscal em sua totalidade, a MD-Gefis abrange aspectos relacionados à arrecadação e aos gastos públicos, e considera as particularidades dos governos subnacionais brasileiros.

A metodologia é um instrumento que diagnostica a maturidade dos processos de trabalho dos órgãos envolvidos na gestão fiscal, por meio da identificação de pontos fortes e de atenção. Seu resultado permite ao gestor público orientar o planejamento estratégico e priorizar investimentos de modernização da gestão fiscal.

De acordo com o BID, esse modelo de avaliação diferencia-se do padrão por adotar paradigmas modernos da gestão pública, como monitoramento, gestão para resultados, gestão de risco, transparência, comunicação com a sociedade e compartilhamento de experiências e inovação.

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A especialista principal em gestão fiscal do BID, Cristina MacDowell, frisou que a metodologia da MD-Gefis não avalia o desempenho fiscal dos estados, mas sim a maturidade dos processos. “Antes da MD-Gefis não havia diagnósticos que avaliavam governos subnacionais, nem métodos que olhavam para a gestão como um todo. Ela não é um diagnóstico da Fazenda. A participação de todos os órgãos envolvidos nos macroprocessos da gestão fiscal é muito importante”, afirmou.

NA PRÁTICA – Organizada em três eixos e 18 dimensões, a MD-Gefis inclui cerca de 150 processos e mais de mil requisitos, baseados nas melhores práticas nacionais e internacionais.

Durante o processo de avaliação, duas equipes são constituídas: a do Estado avaliado e a de aplicadores da metodologia, composta por especialistas do BID e representantes dos grupos técnicos do Conselho Nacional de Política Fazendária.

A avaliação requer preparação prévia do Estado e envolve não apenas a Secretaria de Fazenda como todos os órgãos ligados à gestão fiscal estadual. Esse período de diagnóstico será realizado por meio de reuniões de trabalho já agendadas até o próximo dia 12.

Depois disso, no mês de maio, uma equipe técnica do BID vem ao Estado para aplicar a avaliação durante uma semana, em que são conduzidas reuniões por dimensão, que avaliam o cumprimento dos requisitos e registram os avanços observados. Ao término desta fase, os avaliadores apresentam os resultados preliminares. Posteriormente, a equipe do BID elabora um Relatório de Avaliação de Desempenho, submetido ao Estado para considerações antes da entrega da versão final.

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PROFISCO II – A MD-Gefis ocorre no âmbito do Profisco II, uma ação abrangente de aperfeiçoamento de gestão pública nas áreas fiscal, fazendária e financeira do Paraná.

Com investimento total de aproximadamente R$ 270 milhões (US$ 55 milhões), a serem desembolsados até 2025 – sendo R$ 245 milhões (US$ 50 milhões) financiados pelo BID e R$ 25 milhões (US$ 5 milhões) como contrapartida do governo estadual –, o Profisco II visa contribuir para a sustentabilidade da gestão fiscal e a incorporação de melhores serviços e tecnologias voltados aos contribuintes, além de embasar as políticas públicas em dados e sistemas sólidos.

PRESENÇAS – Estavam também presentes à reunião o secretário de Estado da Administração, Elisandro Frigo, a controladora-geral do Estado, Luciana Silva Azevedo, e representantes da Casa Civil e da Procuradoria-Geral do Estado. Coordenaram a abertura dos trabalhos da MD-Gefis a diretora-geral da Fazenda, Marcia do Valle, o diretor da Receita Estadual, Roberto Tizon, o coordenador-geral do Profisco II, Sandro Celso Ferrari, a chefe de gabinete, Priscila Aguiar Mânica, e demais gestores da Fazenda.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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