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Em parceria com a Índia, Governo quer levar supercomputadores para as universidades estaduais

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O Paraná pode ser o primeiro estado do Brasil a contar com uma rede de computadores de alto desempenho para acelerar pesquisas em diversas áreas. Em seu segundo dia em missão na Índia, o governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou um memorando de entendimento com o Centro de Desenvolvimento de Computação Avançada (C-DAC), responsável pelo desenvolvimento dessa tecnologia no país, para trazer a tecnologia dos supercomputadores às sete universidades estaduais.

Esse modelo tem potencial para impulsionar avanços em áreas como Inteligência Artificial, pesquisa genômica e produção de medicamentos para o combate ao câncer, por exemplo. A parceria, que envolve a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a Fundação Araucária e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), busca a transferência de tecnologia para a montagem dos supercomputadores no Paraná e também o processo de treinamento de quem vai utilizar essas estruturas.

Na sede do C-DAC, em Pune, Ratinho Junior e a comitiva paranaense visitaram o Supercomputador Airawat, um dos maiores do mundo em inteligência artificial para empresas.

O governador destacou que a implantação de uma rede de alta performance vai colocar o Paraná em outro patamar de pesquisa em saúde, agricultura, educação e indústria. “Será um projeto pioneiro no Brasil, com uma rede de supercomputadores para atender tanto o setor acadêmico, quanto as indústrias, alavancando as pesquisas e inovações em diversas áreas, da medicina ao agronegócio”, afirmou Ratinho Junior. “O Paraná já é o estado mais inovador do Brasil e com a maior rede acadêmica, mas queremos avançar cada vez mais, trazendo tecnologias de ponta para nossas universidades e institutos de pesquisa”.

Com a parceria, além da rede de computação de alto desempenho, o Estado também deve ganhar um centro de treinamento em Tecnologia da Informação (TI) de última geração, aproveitando a experiência da C-DAC.

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“O objetivo inicial era começar com a UEPG, que já conta com uma tecnologia semelhante em fase inicial”, explicou o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Bona, que também está na missão. “Mas o governador nos pediu para já implantar uma estrutura de supercomputadores nas sete universidades, para dotar nosso sistema de ciência e tecnologia com uma ferramenta importante para o processamento de dados e a aceleração de resultados. Isso certamente fará uma grande diferença, destacando ainda mais o Paraná como uma referência nacional e internacional na produção do conhecimento”. 

O diretor-geral do C-DAC, Shri Magesh, enfatizou a presença do centro em 12 cidades indianas e sua vasta atuação em áreas como saúde, agricultura, educação e treinamento. Com mais de 4 mil profissionais envolvidos e uma estrutura de governança financeira sólida, o C-DAC já treinou mais de 20 mil pessoas no uso da tecnologia dos supercomputadores.

C-DAC – O centro pertence ao Ministério da Eletrônica e Tecnologia da Informação da Índia e é líder em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de computação avançada, com um histórico de inovações em supercomputação, inteligência artificial e segurança cibernética.

A proposta do projeto é a aquisição de know-how para a produção e desenvolvimento dessas tecnologias no Estado. Para isso, a parceria também deve contar com a participação da empresa paranaense Hi-Mix, sediada em Pato Branco, que é a maior empresa de microeletrônica de capital 100% nacional.

A implantação da rede de supercomputadores pode abrir a possibilidade de novas parcerias estratégicas da Fundação Araucária com o C-DAC, em tecnologias como computação quântica e microeletrônica, ampliando o posicionamento do Estado na vanguarda da inovação tecnológica.

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SERUM – Nesta sexta-feira (12), a comitiva paranaense liderada por Ratinho Junior também visitou a sede do Serum Institute of India. O laboratório é o maior produtor de vacinas no mundo, com mais de 1,5 bilhão de doses comercializadas anualmente e com capacidade total de produção de cerca de 4 bilhões de doses.

No encontro, o governador apresentou aos executivos do Serum o trabalho feito pelo Estado, via Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), na produção local de imunizantes. O Tecpar, por exemplo, fornece vacina contra raiva para animais ao Ministério da Saúde, com previsão de entrega de 26 milhões de doses até o fim de 2024.

A comitiva paranaense e o laboratório indiano também discutiram possibilidades de parcerias com transferência tecnológica e produção local de imunizantes, aproveitando a experiência do Tecpar no desenvolvimento de medicamentos e vacinas.

“O Serum é um laboratório que lidera algumas das pesquisas mais importantes do mundo relacionadas à saúde. Conhecer o instituto e apresentar o trabalho desenvolvido pelo Tecpar faz parte de um intercâmbio enriquecedor para o Estado”, disse Ratinho Junior.

O Serum Institute desenvolve diversos tipos de vacinas e medicamentos, exportando seus produtos para cerca de 170 países de todo o mundo. Durante a pandemia da Covid-19, ela foi um dos laboratórios que produziu os imunizantes da Astrazeneca. Atualmente, o instituto tem realizado pesquisas para o desenvolvimento de vacinas contra dengue, câncer, malária e Covid-19 após infecção.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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