NOVA AURORA

PARANÁ

Educação pública chegou ao topo em 2022 e cortou distância para escolas particulares

Publicado em

Nunca a educação pública do Paraná avançou tanto e em tão pouco tempo. Em apenas quatro anos, o Estado deu um salto do 7º para o 1º lugar do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do ensino médio entre as redes estaduais de ensino de todo o País. Essa evolução ocorreu mesmo durante a pandemia, que fechou as escolas por um ano e meio, mas as ações da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR) aliadas ao empenho de todos os professores e demais profissionais da educação foram cruciais para o avanço não parar.

No Ideb do ensino médio de 2017, o estado tinha o índice de 3,7 e dividia a sétima posição com o Tocantins. Já no Ideb de 2019, divulgado em 2020, a nota paranaense pulou para 4,4, ficando ao lado de Pernambuco na terceira colocação. No mais recente, o de 2021, divulgado no último mês de setembro, a nota subiu mais 0,2, chegando a 4,6 e deixando o Paraná em primeiro. O índice varia de 0 a 10.

“É um trabalho grande, quatro anos, uma gratidão enorme com todos os profissionais. Pensar nas merendeiras, nas pedagogas, agentes educacionais, professores, diretores, diretoras, dá muito orgulho. É um trabalho de 90 mil pessoas, juntas, trabalhando com foco e conseguindo”, afirma o secretário Renato Feder, que conduziu a pasta desde 2019.

A nota do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), que compõe o Ideb, foi a segunda (4,79), quase igual à catarinense, que ficou logo acima (4,80), mostrando que o aprendizado do estado foi bom e se manteve no patamar pré-pandemia, mesmo no período mais desafiador dos tempos recentes para a educação. Em Língua Portuguesa, os estudantes tiveram a melhor média (281,13).

Nos anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º anos), o Paraná também evoluiu seu índice e foi a 5,2 (ficando em quarto), muito próximo de São Paulo, Ceará e Goiás, todos com 5,3. A nota média padronizada do Saeb foi a terceira, com os estudantes paranaenses conquistando a melhor média de matemática (261,66) do Brasil nesta etapa de ensino.

Leia Também:  Paraná reduz desmatamento ilegal em 70,7%, melhor índice do País, aponta MapBiomas

“A gente conseguiu manter a aprendizagem no Paraná. A pandemia não conseguiu prejudicar os estudantes da escola pública. Isso foi muito importante, desde o começo usando a tecnologia, a TV, o aplicativo, depois as aulas online, as lições de casa, o BI [serviço de análise de dados utilizado pela Seed-PR]. Foi uma luta para a gente alcançar todos os nossos estudantes e não prejudicá-los. O resultado está aí”, diz Feder.

Durante os anos de 2020 e 2021, a Seed-PR não adotou a aprovação direta, como foi feito por algumas unidades da federação, até porque os estudantes tiveram suas aulas mantidas. O Paraná inclusive foi reconhecido por uma pesquisa da FGV Social jornada-e-pandemia como o estado com maior alcance no envio de atividades na época das escolas fechadas — inicialmente com aulas gravadas pelo sistema multiplataforma Aula Paraná, na “primeira metade” do ensino remoto, e depois com as em tempo real pelo Google Meet.

MAIS PRÓXIMO DA REDE PRIVADA – Além de ter ido na contramão do resto do Brasil, que teve de lidar com a queda no aprendizado, a rede estadual de ensino também teve performance melhor do que as escolas particulares do estado. “A gente está se aproximando da escola particular, cada vez mais perto. No ensino médio, tínhamos uma nota 60% menor que as particulares e agora está em 30%”, resume o secretário.

Enquanto a rede pública teve aumento no Ideb, as particulares caíram de 6,4 para 6,1 no ensino médio na última edição. No geral, desde 2017, a distância do índice que era de 2,2 pontos (índice de 5,9 das particulares contra 3,7 da rede pública estadual). Agora, a diferença é de 1,5 (índice 6,1 das particulares contra 4,6 da rede estadual).

Nos anos finais do ensino fundamental, aconteceu a mesma situação: a distância nesses quatro anos caiu de 2,1 pontos em 2017 (6,7 das particulares contra 4,6 da rede estadual) para 1,3 ponto nos índices atuais (6,5 contra 5,2). A redução da diferença se deve tanto à ascensão dos índices das escolas públicas quanto à queda dos índices das instituições privadas.

Leia Também:  Navios verdes têm prioridade de atracação nos portos de Paranaguá e Antonina

FORMAÇÃO – Além das ações voltadas especificamente para mitigar os efeitos da pandemia com o ensino remoto, a Seed-PR também desenvolveu outras frentes que deram suporte para essa evolução. Uma delas foi o apoio aos docentes, oferecendo, por exemplo, materiais de apoio para todos os conteúdos de todas as disciplinas — disponíveis na ferramenta Registro de Classe Online — e formação continuada por meio do programa Formadores em Ação, que chegou a ser reconhecido como exemplo de desenvolvimento de professores em uma publicação editada pela Harvard e Unesco

Outro fator que contribuiu para o melhor desempenho no indicador foi o investimento feito em tecnologia. Nos últimos dois anos, a Seed disponibilizou para a rede plataformas pedagógicas digitais para aprendizado de inglês, prática de redação e de matemática gamificada. Hoje, todas as escolas da rede estadual têm internet à disposição, com rede wifi, e todas as salas de aula tiveram sua infraestrutura modernizada, com a chegada dos kits Educatron, compostos por smart TV 43”, computador, webcam, microfones, teclado com mouse pad e pedestal regulável.

COMO É CALCULADO O IDEB – O Ideb é o principal indicador de qualidade da educação do Brasil, sendo divulgado a cada dois anos. Sua avaliação considera o índice de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep — no caso das redes estaduais e federal, é o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), conjunto de avaliações externas em larga escala que permite ao Inep realizar um diagnóstico da educação básica brasileira.

O índice é calculado a partir da multiplicação entre os indicadores de desempenho e rendimento no intervalo de 0 a 10. Se um sistema educacional possui taxa de aprovação de 90% e nota padronizada no Saeb igual a 6, seu Ideb será 5,4 (que é a multiplicação de 0,9 por 6).

Fonte: Governo do Paraná

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

Published

on

By

O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

Leia Também:  Policial paranaense descobre compatibilidade e faz doação de medula óssea a desconhecido

A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

Leia Também:  No Dia Nacional da Vacinação, Saúde alerta para a importância de manter a imunização em dia

“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA