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Dia da Eletromobilidade: Paraná tem segunda maior frota de carros 100% elétricos do país

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Em um cenário de busca por alternativas sustentáveis de mobilidade, o Paraná se destaca na adoção de veículos elétricos, ocupando a segunda posição no ranking nacional de veículos leves 100% elétricos, atrás apenas da frota de São Paulo, segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). São 1.792 veículos da frota paranaense, que representam 11,72% da frota nacional de carros 100% elétricos. O Paraná também foi o primeiro do País a instituir o Dia da Eletromobilidade, criado por lei estadual e que já faz parte do calendário oficial de eventos do Estado.

O governo promoveu avanços na eletromobilidade porque este tipo de veículo tem uma menor pegada de carbono, pois produz zero emissões no escapamento, reduzindo a poluição do ar e combatendo as mudanças climáticas. Além disso, pode ser carregado com eletricidade de fontes renováveis.

Através da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), foi criado o Observatório da Inovação, núcleo que tem entre os objetivos principais estudos para ampliar a infraestrutura e ações para incentivo do uso de carros elétricos no Paraná. Também está em andamento o projeto para o uso de carros elétricos por órgãos estaduais e aumento de eletropostos no Paraná, em uma iniciativa da SEI.

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“O avanço da frota elétrica é o futuro. O Paraná está investindo em inovação e preparando sua estrutura para largar na frente aqui no Brasil. Estamos empregando dados inteligentes para otimizar a alocação de recursos, atrair investimentos e desenvolver mais estratégias para o avanço da eletromobilidade”, afirma o secretário da Inovação, Marcelo Rangel.

ELETROVIA  – O Paraná se destaca também por possuir uma das maiores eletrovias do país, conectando-o a outros estados e interligando-o na Eletrovia do Mercosul, em um projeto liderado pela Copel. A empresa expandiu ainda mais sua infraestrutura de recarga, que cobria 730 km da BR-277, estendendo suas estações para as rodovias BR-376 e BR-101, conectando as proximidades de Londrina, no Norte do Paraná, a Joinville, em Santa Catarina, interligando assim os dois estados. Com isso, a Copel agora oferece um total de 26 postos de recarga.

De 14 de agosto de 2022 a 13 de agosto de 2023, os carregadores da Copel registraram o total de 7.888 recargas, fornecendo uma quantidade substancial de energia, atingindo 153.088 kWh. Em termos de eficiência energética, considerando um veículo pequeno, que consome 14,5 kWh a cada 100 km percorridos, essa quantidade de energia é equivalente a uma distância de mais de 1 milhão de quilômetros.

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Fonte: Governo PR

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Imbituvão: projeto da Unicentro ajuda a mapear riquezas e potenciais florestais do Paraná

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Pesquisadores da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) têm instruído pequenos agricultores a fazer manejo florestal sustentável em propriedades rurais na região Centro-Sul do Paraná. O projeto Imbituvão, que funciona há mais de 15 anos, trabalha nas frentes de pesquisa e extensão com o foco em ações na Floresta Ombrófila Mista. Além do plantio de grãos e criação de animais, comuns na região, o projeto permite a expansão das possibilidades de renda dos agricultores com o cultivo de árvores e apicultura.

Com ajuda do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), o projeto mapeou 36 propriedades rurais com potencial de trabalhar o manejo florestal na região da bacia hidrográfica do Rio Imbituvão. Dessas terras, 24 passaram a integrar os experimentos do projeto, totalizando 9,54 hectares distribuídos em 53 parcelas permanentes de Floresta Ombrófila Mista.

A primeira fase do Imbituvão focou no diagnóstico das propriedades selecionadas. “A ideia inicial do projeto era fazer um manejo experimentalmente nos remanescentes de floresta com araucária nas pequenas propriedades, para provar que ele funciona, não desmata, é viável e conserva a floresta”, explica o coordenador do Imbituvão, professor Afonso Figueiredo Filho. “Quando fizemos o inventário, para avaliar o que tínhamos no momento, nos preocupamos de instalar essas parcelas para monitorar a dinâmica da floresta”.

A primeira medição feita pela equipe foi em 2011, com esse processo sendo refeito a cada três anos para acompanhamento. “Para fazer um manejo florestal, você precisa conhecer o estoque de madeira que a floresta tem, saber como ela cresce. Se você vai cortar uma certa quantidade de madeira, vai colher uma certa quantia de árvores, você tem que saber qual é a capacidade que a floresta tem de repor o que você cortou e em quanto tempo ela faz isso”, explica.

As saídas a campo do projeto permitem coletar fragmentos de diversas espécies, que são analisadas no Laboratório de Manejo Florestal e resultam em dezenas de pesquisas científicas de mestrado e doutorado. “A gente aproveita a extensão para fazer pesquisa. Tudo o que a gente faz lá, em geral, gera dados para pesquisa”, afirma.

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Entre as atividades desenvolvidas pela equipe do Imbituvão estão inventários florestais, produção e plantio de mudas, enriquecimento e manejo florestais, educação ambiental nas escolas e investimentos nas associações de apicultores e agricultores.

O projeto está auxiliando na instalação e manutenção de colmeias para a produção de mel em Fernandes Pinheiro. “O projeto deu um apoio muito forte à Associação de Apicultores e Meliponicultores de Fernandes Pinheiro, a Amfepi, assumindo o encaminhamento de projetos para construir uma unidade de beneficiamento de mel. Nós equipamos essa unidade com os acessórios necessários para trabalhar com mel”, conta Afonso.

HISTÓRIA – A ideia do Imbituvão surgiu ainda em 2009, quando o professor recebeu Thorsten Beimgraben, docente da Universidade de Rottenburg, na Alemanha, para uma visita às instalações da Unicentro. Mais tarde, a aproximação das universidades rendeu um acordo para o intercâmbio de estudantes e professores via Programa de Parcerias Universitárias Brasil-Alemanha (Unibral).

A instituição alemã fez os primeiros investimentos no Imbituvão, que depois conquistou recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e hoje conta com financiamento da Unidade Gestora do Fundo Paraná (UGF), através da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti).

Ao longo dos 15 anos, dezenas de professores e cerca de 60 estudantes de graduação e mais 60 profissionais recém-formados já passaram pela equipe.

Um deles foi o engenheiro florestal Alison Margraf, que atuou como bolsista do Imbituvão por quatro anos – dois durante a graduação e outros dois como profissional. Para ele, integrar as ações do projeto agregou aprendizados a mais na sua formação. “As trocas de experiências com os produtores rurais fizeram eu conhecer novas culturas, ampliando a minha visão de mundo. Vivenciar a engenharia florestal na prática ajudou a desenvolver uma melhor compreensão dos conhecimentos teóricos estudados na sala de aula”, pontua.

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Outra ação de destaque do Imbituvão foi a ajuda a agricultores da região na adesão ao projeto Estradas com Araucárias, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com apoio do Governo do Estado. A iniciativa incentivou financeiramente produtores rurais a plantar araucárias na beira de estradas e nos limites de suas propriedades, pagando R$ 1 mil a cada 100 araucárias plantadas por ano. Os recursos são oriundos de empresas que pagam multas como compensação dos gases de efeito estufa que emitem.

AÇÕES E DESAFIOS ATUAIS – Atualmente em sua quinta fase, o Imbituvão tem trabalhado com o controle da uva-do-japão. Segundo Afonso, essa é uma espécie invasora, que atrapalha o crescimento de outras árvores nativas, como as araucárias. “Ela compete com as outras espécies em desigualdade, porque ela avança muito, cresce em qualquer lugar e bastante. A ideia é manejar a uva-do-japão para tentar controlar a expansão, mas gerando alguma coisa para o pequeno proprietário e analisando o efeito disso na evolução da floresta”, descreve.

O agricultor João Taiok, que é representante da Associação dos Agricultores São João Batista do Assungui, conta que a equipe do Imbituvão fez o manejo florestal na região de atuação da entidade, com o plantio de eucaliptos para recuperação de áreas degradadas e o controle da uva-do-japão. “Essas atividades beneficiaram os produtores rurais de várias maneiras. Com a retirada da uva-do-japão, trouxe um proveito econômico para os agricultores da Associação, além de fortalecer a atividade produtiva do eucalipto”, avalia.

A equipe do Imbituvão também tem trabalhado com plantio de mudas de araucárias, erva-mate e outras espécies. Três propriedades têm sido espaço desses últimos experimentos, localizadas nos municípios de Ivaí, São Mateus e Inácio Martins.

Fonte: Governo PR

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