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Desenvolvimento de Paranaguá é destaque em seminário sobre dez anos da Lei de Portos

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O secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA), Fabrizio Pierdomenico, e o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, abriram nesta sexta-feira (25), em Curitiba, a programação de painéis do 2º Seminário Portos Brasileiros, focado na Lei de Portos. O evento contou com a participação do governador Carlos Massa Ratinho Junior, que destacou os investimentos feitos pelo Governo do Estado no Porto de Paranaguá e nos demais modais de infraestrutura.

O secretário nacional de Portos, Fabrizio Pierdomenico, destacou o desenvolvimento do Porto de Paranaguá durante essa última década, desde a criação da nova lei. Segundo ele, é um exemplo a ser seguido por todos os gestores de portos públicos no País. “Nesses últimos dez anos, a lei criou um ecossistema equilibrado em que, de um lado, a gente tem os terminais de uso privado, TUP, porto privado, e de outro, os portos públicos”, afirmou.

E nesse ambiente equilibrado, segundo o secretário nacional, a iniciativa privada assume o risco de fazer investimento, focada no viés de negócio, e o porto público segue sendo estratégico para o País. “Os portos públicos têm a missão de movimentar todas as cargas, mesmo as que, do ponto de vista do negócio portuário, sejam insignificantes. Para a cadeia produtiva e para a estratégia de desenvolvimento do País, isso é fundamental”, completou.

Ainda nas palavras do secretário nacional, a Lei 12.815, de 2013 (que veio substituir o marco regulatório anterior, Lei 8.630/1993), contribui para o crescimento do setor portuário nacional ao permitir à iniciativa privada desenvolver e criar os TUPs. “Essa liberdade tem um efeito colateral positivo que é igual aos dos arrendamentos portuários no setor público. É oferta de capacidade portuária para a economia”, destacou.

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Para o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, o atual marco regulatório proporcionou maior e melhor planejamento ao setor. “Anteriormente à lei, cada porto fazia seu próprio planejamento de forma individual. Com a lei, foi centralizado, hoje, no Ministério de Portos. É um dos avanços que tivemos”, comentou.

Nesse cenário, o desafio, como aponta Garcia, é vencer a insegurança jurídica, o excesso de “judicialização”, em especial dos processos licitatórios para os arrendamentos portuários, que interfere diretamente na vantagem competitiva do porto público. “Hoje, em qualquer licitação portuária, seguimos um rito, com governança e transparência muito fortes. É a forma mais legítima de escolhermos, ao fim do contrato, o próximo arrendatário, concessionário. Precisamos racionalizar essa judicialização”, afirmou.

Essas “amarras” aos processos licitatórios para os arrendamentos das áreas nos portos públicos traz, segundo Garcia, um desequilíbrio entre os portos públicos e os privados. “Nosso desafio é equalizar. Queremos um regime eficiente aos portos públicos e é justamente o investimento privado, nas áreas dos portos públicos, que vai desenvolvê-los. Temos que dar melhores condições para que o modelo tenha as mesmas condições competitivas”, completou.

EXEMPLO – Ainda durante o painel, o secretário Fabrizio Pierdomenico, que também preside o Conselho de Administração da Portos do Paraná, destacou o desenvolvimento do Porto de Paranaguá durante essa última década, desde a criação da nova lei. Segundo ele, é um exemplo a ser seguido por todos os gestores de portos públicos.

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“O Porto de Paranaguá é um benchmarking por si só, apenas pela métrica dos prêmios de gestão que tem conquistado. É muito importante que todos olhem e vejam o trabalho de excelência que está sendo desenvolvido aqui”, disse.

Segundo o presidente Luiz Fernando Garcia, enquanto um dos poucos portos do País a conquistar a autonomia de gestão para administrar os contratos de exploração de áreas dos portos organizados, Paranaguá é, de fato, modelo de sucesso. “É resultado de uma sinergia muito grande que mantemos com toda a cadeia logística, em especial, a portuária. Desde órgãos anuentes até comunidade portuária e a cidade”, afirmou.

Exatamente essa relação entre porto e cidade, segundo ambos, é um dos principais pontos a serem melhorados e desenvolvidos nos próximos dez anos. Para os especialistas do setor portuário nacional, a nova lei deve seguir sendo revisitada e amplamente debatida, visando seu aperfeiçoamento alinhado com as expectativas de um mercado cada vez mais exigente em relação ao desenvolvimento sustentável.

EVENTO – Idealizado pela Portos do Paraná, o seminário é realizado pela Academia Brasileira de Formação e Pesquisa, com apoio institucional da Associação Brasileira de Entidades Portuárias e Hidroviárias (ABEPH). O evento, que ocorre durante todo o dia, nesta sexta-feira (25), reuniu ministros, juristas, representantes de autoridades portuárias, agências reguladoras e empresários do setor portuário nacional.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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