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Da capela mortuária ao prédio próprio: escola de Nova Laranjeiras vira exemplo

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De uma antiga capela mortuária improvisada para um espaço amplo, moderno e planejado para as melhores práticas de ensino especial. A comunidade de pais, alunos e professores da Escola de Educação Especial de Nova Laranjeiras, na região Centro-Sul do Paraná, tem comemorado a mudança de sede do colégio, que agora reúne todas as condições para oferecer segurança e conforto aos estudantes.

A unidade é a primeira escola dedicada à educação especial construída com recursos do Governo do Estado, fruto de um investimento de R$ 1,7 milhão. Outras 13 unidades devem ser construídas com recursos do Estado em várias regiões do Paraná.

Em Nova Laranjeiras a estrutura ampla inclui seis salas de aula, pátio coberto e salas de psicologia, fonoaudiologia e fisioterapia, além de áreas de socialização entre os alunos. “Saímos de um ambiente apertado, com pouco espaço, para um ambiente totalmente diferente, com mais salas, escritórios e ambientes pedagógicos, todos feitos pensando nas interações e nas necessidades especiais que nossos alunos demandam”, afirmou o presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Nova Laranjeiras, Vilson Detez Dola. 

Esta é a primeira vez que a escola conta com um espaço feito sob medida para estudantes especiais. Antes disso, foram quase 20 anos de atividade em espaços improvisados. Primeiro, dividindo espaço com um colégio municipal. Depois, foram 10 anos funcionando em uma antiga capela mortuária desativada.

“Temos alunos cadeirantes e acamados. Mesmo assim, sempre nos adaptamos de maneira improvisada. Ter uma sede própria para estes estudantes, que têm necessidades específicas, é a realização de um sonho”, afirmou a professora e pedagoga Roseli Pegoraro.

DEMANDA – O aumento no número de alunos também foi um fator que fez com que a unidade de Nova Laranjeiras fosse a primeira a receber recursos do Governo do Estado para uma nova sede.

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O antigo espaço era projetado para receber cerca de 20 alunos, mas a instituição conta, atualmente, com mais de 60 estudantes atendidos em dois turnos. A nova sede, mais ampla, também foi construída prevendo o crescimento no número de alunos para os próximos anos.

O local tem um acesso melhor, mais próximo à BR-277 e com estacionamento próprio para os ônibus escolares. “Já faz tempo que esperávamos uma mudança como esta. Agora temos um espaço digno para os nossos filhos, um lugar bem planejado como eles sempre mereceram”, disse o caminhoneiro Wilmar Funez, que há nove anos tem uma filha matriculada na escola.

“A outra escola era apertada, tinha poucas salas. A nova estrutura vai dar melhores condições de ensino para os alunos”, destacou Daniele Lourenço, mãe de uma aluna especial que estuda no colégio. Para Jaqueline Anacleto, mãe de outro aluno da escola, a nova estrutura vai permitir que os professores e pedagogos tenham melhores condições de lidar com as necessidades de cada aluno e consigam desenvolver suas habilidades. “Os professores são muito atenciosos, são ótimos profissionais, que agora terão uma estrutura melhor para os estudantes”, afirmou.

INDÍGENAS – Nova Laranjeiras é a cidade paranaense com a maior comunidade indígena do Estado, segundo o Censo de 2022. São 2,8 mil pessoas no município. Entre os estudantes da escola, cerca de 40% têm origem indígena. Um deles é Orlando Feieko, que também é representante de classe. Ele disse que a nova estrutura era aguardada com grande expectativa por ele e pelos colegas. “Faz tempo que esperamos pela nova escola. As salas ficavam muito cheias no prédio antigo. A nova sede é melhor, tem mais espaço para brincar e jogar bola”, disse.

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ESCOLAS ESPECIAIS – Com a construção de escolas especiais o Governo do Estado vai garantir melhores condições ao ensino de estudantes, principalmente em unidades que funcionam em ambientes improvisados. Em geral, as escolas especiais são administradas pelas prefeituras e sempre funcionaram em espaços alugados ou improvisados.

Para o presidente da Federação das Apaes do Paraná (Feapaes), Alexandre Botareli Cesar, este é um movimento fundamental para a melhora do ensino de pessoas especiais. “É um acontecimento inédito. Importante tanto para o aluno, quando para o profissional que trabalha na unidade, que tem uma cozinha planejada, salas planejadas, ambientes pensados para esta realidade. Algo que nunca tivemos antes”, complementou.

As demais construções serão em Altamira do Paraná, Ariranha do Ivaí, Douradina, Flor da Serra do Sul, Guamiranga, Nossa Senhora das Graças, Piên, Prado Ferreira, Rio Branco do Ivaí, Capitão Leônidas Marques, Nova Londrina, Santo Inácio e Tunas do Paraná. As obras são coordenadas pela Secretaria das Cidades. A mais adiantada é em Douradina, com 17% da obra concluída, seguida por Nova Londrina, com 10%. As demais estão em diferentes estágios, entre projeto e procedimentos licitatórios.

FINANCIAMENTO DAS ATIVIDADES – Além das construções, o Governo do Estado repassa anualmente R$ 480 milhões para as escolas de Educação Especial nos 399 municípios. Até 2027 o investimento será de R$ 1,9 bilhão. A medida beneficia mais de 40 mil estudantes com deficiências de todas as idades e familiares ligados a estas unidades. Os recursos são utilizados para garantir a manutenção das instituições e também a equiparação salarial dos profissionais que atuam nestas instituições em relação aos demais servidores da educação.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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