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Cosud defende inclusão de todo parque de energia limpa no programa federal de hidrogênio verde

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior, coordenador do Cosud, mandou um ofício em nome do consórcio ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendendo o posicionamento das associações de energia (Abrage, Abragel, Abrapch, Apine e Abiape) contra o acréscimo do conceito de adicionalidade ao Projeto de Lei n° 3.027/2024, que institui o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), em tramitação na Casa. Dessa maneira, o PHBC permitirá que todo o atual parque de energia limpa, que representa 93% da geração nacional, invista nessa área.

O projeto foi aprovado na Câmara sem a introdução desse conceito, que agora volta a ser considerado na discussão do Senado, buscando viabilizar a produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono apenas com a utilização de energia proveniente de novos projetos de fontes renováveis, adicionadas ao sistema a partir de 36 meses antes da vigência da lei.

De acordo com as associações, no entanto, o Brasil possui uma das matrizes com maior participação de fontes renováveis no mundo, o que confere uma grande vantagem competitiva para produção de HBC se esse todo parque gerador puder ser utilizado, inclusive por meio das renováveis já existentes. Todas as variadas fontes renováveis que o País tem em abundância são vetores para a transição energética e podem contribuir para a descarbonização e posicionamento do Brasil no mercado global de hidrogênio.

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Essa adicionalidade também tende a influenciar a localização das plantas de produção, direcionando-as para regiões próximas às novas usinas renováveis, implantadas predominantemente na região Nordeste, em detrimento da distribuição da localização dessas plantas pelas diferentes regiões do País.

Outro fator prejudicial do projeto envolve os custos. As usinas adicionadas ao sistema em até 36 meses são, em grande parte, beneficiárias de subsídios pagos pelos consumidores, inclusive os menos favorecidos, via conta de luz, enquanto as mais antigas já têm custos amortizados.

“Essa restrição pode parecer coerente para países onde a oferta existente de fontes renováveis é limitada, o que não é o caso do Brasil, onde há sobreoferta de energia de fontes renováveis existentes. Tal política, sem a incorporação do conceito de adicionalidade, vai ao encontro de colocar o Brasil em destaque no cenário mundial de produção do hidrogênio com baixa emissão de carbono por já dispor de uma matriz elétrica com mais de 90% de energia produzida a partir de fontes renováveis”, afirma o ofício.

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“Assim, o Cosud defende a justa e ampla distribuição dos investimentos na nova indústria do hidrogênio de baixa emissão de carbono, beneficiando todas as fontes de geração de energia elétrica em todo o território nacional e toda a população brasileira, caminho que será inviabilizado caso o conceito de adicionalidade seja acrescentado”, finaliza o texto.

O Cosud reúne os governos do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais. Além da ação colegiada, o Governo do Paraná já contratou um Plano de Hidrogênio junto à Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que está mapeando o cenário do hidrogênio renovável no Estado e vai ajudar a apontar medidas voltadas ao licenciamento, financiamento e desoneração da cadeia para incentivar a produção.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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