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Com tilápia em alta, exportação paranaense de pescados cresceu 20% no 1º semestre

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A exportação de pescados cresceu 20% no Paraná no primeiro semestre de 2024, alcançando 3,26 mil toneladas, contra 2,7 mil toneladas no mesmo período do ano passado. O montante financeiro nesse período também teve alta, ainda mais expressiva, de 82%, chegando a US$ 16,3 milhões, contra US$ 8,9 milhões do primeiro semestre de 2023.

Os dados constam no Boletim de Conjuntura Agropecuária do Paraná, divulgado nesta quinta-feira (25) e produzido pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

O principal destino do pescado paranaense no Exterior é os Estados Unidos, que concentram 98% das exportações. Foram US$ 15,9 milhões vendidos para o país norte-americano, majoritariamente de tilápia, segundo dados compilados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

Na sequência aparecem o Canadá, com US$ 90 mil em exportações, também de tilápia, e Moçambique, na África, com US$ 57 mil de peixes de outras espécies. O pescado paranaense também tem como destino países da Europa, Ásia, África, América do Sul e América Central. Em relação à espécie, 99% das 3,26 mil toneladas enviadas para mercados internacionais são de tilápia, peixe que caiu no gosto do brasileiro e do mercado internacional.

“Além de produzirmos pescados para atender o mercado doméstico, hoje o Paraná já exporta carne de tilápia para os Estados Unidos, principalmente. Apesar de ser um volume pequeno, a expectativa no médio prazo é que sejam abertos novos mercados e a exportação de tilápia ganhe referência a nível internacional”, afirma o analista do Deral, Edmar Gervásio. O Paraná já é líder brasileiro na produção de tilápia, seguido por São Paulo e Minas Gerais.

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Segundo o Anuário do Peixe, da Associação Brasileira de Piscicultura, a elevação na produção de tilápia está relacionada ao aumento do interesse da população pela proteína. Em 2014, o brasileiro consumia 1,47 quilo de tilápia por ano, enquanto que no ano passado esse consumo alcançou 2,84 kg. No período de dez anos, a produção nacional dobrou, passando de 285 mil toneladas em 2024 para 579 mil toneladas em 2023, sendo que o Paraná responde por 36% da tilápia produzida no País.

Dados preliminares do Valor Bruto da Produção (VBP) paranaense de 2023 apontam que o Estado produziu 193,3 mil toneladas de peixe no ano passado, sendo que 91,9% desse total foi de tilápia, totalizando 177,5 mil toneladas. Quando comparado ao ano de 2022, o crescimento foi de 6%. Na parte financeira, o Deral aponta que o VBP paranaense de pescados, tanto de água-doce quanto salgada, totalizou R$ 2,06 bilhões em 2023, crescimento de 27% quando comparado a 2022.

Gervásio destaca que uma das possíveis explicações para que o peixe tenha conquistado o paladar foi a popularização dos pesque-pague, que disseminaram a piscicultura para o meio urbano. “Como celeiro do cooperativismo no Brasil, o Paraná viu potencial latente na atividade e começou a incentivar o sistema de integração. A região Oeste, onde já existiam várias cooperativas focadas em proteína animal, foi o local que melhor se adaptou para a atividade”, afirma.

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“Com a disponibilização do produto pronto, seja em forma de filé, posta ou inteiro congelado no supermercado, fomenta ainda mais o crescimento da demanda”, acrescenta.

A região que mais produz a proteína no estado é a Oeste, sobretudo Toledo, principal produtor com VBP de R$ 1,08 bilhão, representando 52,7% do total estadual. Dos 399 municípios do Estado, 364 apresentaram atividade de piscicultura em 2023. Os 10 maiores municípios totalizam 58% do VBP paranaense.

Para se ter uma ideia da força da região Oeste, das dez cidades que mais produzem peixe no Paraná, nove são de lá. Nova Aurora lidera o VBP, com R$ 213,4 milhões, seguida por Palotina (R$ 189,1 milhões), Assis Chateaubriand (R$ 140,4 milhões), Toledo (R$ 131,9 milhões), Terra Roxa (R$ 101 milhões), Maripá e Nova Santa Rosa (R$ 99,9 milhões cada), Marechal Cândido Rondon (R$ 73 milhões), e Tupãssi (R$ 69,9 milhões). Guaratuba, no Litoral (R$ 81,3 milhões), completa a lista.

Os 10 municípios respondem por 58% da produção estadual. Os outros 354 produtores de peixe no Estado somam R$ 864,6 milhões e 42% do mercado paranaense.

CENÁRIO NACIONAL – De acordo com o boletim do Deral, no cenário nacional as exportações de pescados tiveram uma queda. Foram exportados no primeiro semestre 25,9 mil toneladas, queda de 12,8% quando comparado a 2023, que foi de 29,7 mil. O montante financeiro ficou ligeiramente maior, chegando a US$ 149,6 milhões.

Fonte: Governo PR

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Sanepar e Assembleia Legislativa entregam doações do programa Tampinha Paraná

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A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) entregou nesta semana 230 kg de tampinhas plásticas ao Asilo São Vicente de Paulo, no bairro Juvevê, em Curitiba. A doação faz parte das atividades conjuntas entre a Sanepar e a Assembleia Legislativa do Paraná, por meio de um termo de cooperação firmado no ano passado para o Programa Tampinha Paraná.

Criado pela lei estadual 21.697/2023, o programa tem como objetivo arrecadar tampinhas plásticas para instituições que atendem pessoas idosas em situação de vulnerabilidade. Desde o início da parceria, a Sanepar já repassou cerca de 700 kg de tampinhas plásticas para o asilo.

O material vem sendo arrecadado junto aos seus empregados, com incentivo do Programa de Voluntariado Corporativo da Sanepar, e também nas ações realizadas no Litoral durante o último Verão Maior.

O diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley, destaca que o Programa Tampinha Paraná tem duas vertentes muito importantes. “A primeira delas é a ação ambiental. Com a coleta deste material, que tem valor econômico, estamos dando a destinação correta e evitando o descarte irregular dessas tampinhas plásticas. E, ainda, há o componente mais importante, que é a transformação dessas tampinhas em produtos de higiene para instituições assistenciais. É uma ação socioambiental que beneficia as pessoas, o meio ambiente e, neste caso, o Asilo São Vicente de Paulo, que atua com tanta maestria no atendimento dos idosos”, disse.

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O superintendente do Asilo São Vicente de Paulo, padre José Aparecido Pinto, vê no programa um importante parceiro para a aquisição de fraldas geriátricas. Ele destaca que, entre tantas campanhas, a Tampinha Paraná tem contribuído significativamente para a instituição, que utiliza 20 mil fraldas geriátricas mensalmente.

“O impacto pra nós é muito grande. Hoje já compramos mais de 10 mil fraldas através dessa campanha das tampas de garrafa pet, com apoio da Sanepar, e também de condomínios, escolas, igrejas, e todos os espaços e famílias que vão guardando as tampas e mostrando às crianças o significado disso. Estamos falando de educação, de consciência, de compreensão. A importância é incrível”, afirmou.

O Programa recebe diversos tipos de materiais plásticos, que precisam estar higienizados antes da doação. Entre eles, tampinhas de garrafa pet, margarina, manteiga, requeijão, achocolatado, maionese, ketchup, temperos, leite, leite em pó, amaciante, sabão ou sabonete líquido, água sanitária, álcool, desinfetante, limpa odores em geral, lustra móveis, detergente, shampoo, condicionador, cremes de tratamento, hidratante, creme dental, acetona, sabonete líquido, de lenço umedecido, talco, pomadas, remédios, caneta e canetinhas. 

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A coordenadora do Comitê de Voluntariado Corporativo da Sanepar, Lucilene Costa, ressalta que as arrecadações têm sido organizadas com dedicação pelos comitês internos de voluntariado, que estão sempre atentos ao que pode ser reutilizado ou transformado em benefício de quem mais precisa. “Queremos arrecadar muito mais porque sabemos da importância social e ambiental desse trabalho”, disse. “Essa campanha vai muito além da reciclagem, ela representa cuidado, responsabilidade e amor ao próximo”.

Fonte: Governo PR

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