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Com salto de 27%, alunos da rede estadual são quase metade dos aprovados na UFPR

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O ano começa com festa para mais de dois mil alunos da rede estadual. O resultado do vestibular 2024 da Universidade Federal do Paraná (UFPR), divulgado nesta quarta-feira (17), provou que educação pública de qualidade e a dedicação dos estudantes resultaram na conquista de parte das vagas universitárias mais disputadas de todo o País.

De acordo com o levantamento da Secretaria de Estado da Educação, 2.037 alunos da rede de ensino estadual foram aprovados no vestibular da UFPR, o que representa 46% do total (4.372 alunos). Comparada ao ano passado, a conquista foi 27% maior. Em 2023, do total de 4.410 candidatos que passaram na primeira divulgação do certame, 1.605 eram provenientes da educação estadual (36%).

“O resultado alcançado pelos nossos estudantes num vestibular tão concorrido como o da UFPR merece ser celebrado com todo o reconhecimento, pois cada um deles provou que o nosso trabalho transforma vidas”, comemora Roni Miranda, secretário de Estado da Educação.

Os 4.372 aprovados foram selecionados de um total de 8.576 candidatos que fizeram a prova da segunda fase. A maioria fez o Ensino Médio integral ou parcialmente em escola pública e concluiu o Ensino Médio em 2023. Repetindo o que já ocorreu nos anos anteriores, as pessoas do sexo feminino foram maioria entre os aprovados: 2.256 (51,60%).

CALOURO DE MEDICINA – Quem celebra os frutos do longo período de dedicação aos estudos para o vestibular é Rodrigo Pereira Cristiano, de 17 anos. Aluno desde o 6° ano do Colégio Estadual Cívico Militar Yvone Pimentel, em Curitiba, o jovem foi aprovado no curso de Medicina da UFPR, o mais concorrido do Estado. 

O rapaz conta que desde a infância se interessava pela área da saúde. Preferência que durante os anos escolares ficou evidente nas notas em Biologia, sua matéria favorita. Consciente dos desafios que enfrentaria para alcançar seu objetivo, Rodrigo adotou, já desde os primeiros anos do Ensino Médio, uma rotina intensa de estudos. “Ele levantava às quatro da manhã para ir à escola, frequentava o cursinho à tarde e estudava em casa até a hora de dormir, abrindo mão de momentos de lazer”, afirma Fátima Pereira, mãe do rapaz.

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Segundo Rodrigo, o apoio da comunidade escolar foi tão importante quanto o da sua família durante a preparação para o vestibular. Hugo Maggi, professor de química do Yvone Pimentel, teve grande participação na preparação de Rodrigo. “O professor não apenas ministrou aulas, mas se disponibilizou para me acompanhar de perto e se colocou à disposição para ajudar com as minhas principais dúvidas”, conta.

“O Rodrigo sabia, desde o primeiro ano do Ensino Médio, que queria fazer Medicina. Tive oportunidade de acompanhá-lo desde o início e observar todo o esforço que empenhou para alcançar este resultado”, complementa.

Rodrigo também foi aprovado no curso de Engenharia de Softwares na Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), onde se destacou entre os cinco primeiros colocados, mas ele resolveu aguardar. “Um amigo me ligou dizendo que tinha encontrado meu nome na lista de aprovados em Medicina da UFPR e na hora eu fiquei tão ansioso que não conseguia achar. Tive que me acalmar e olhar nome por nome, até que ‘me encontrei’. Foi uma gritaria aqui em casa”, conta.

CEP – Outra estudante que brilhou no vestibular foi Gabriella Diovanna de Santana Bernardes, de 18 anos, aluna do Colégio Estadual do Paraná (CEP). Natural do Guarujá, litoral de São Paulo, Gabriella e sua família se mudaram para Curitiba para que ela pudesse ingressar no CEP. Ela tirou nota 940 em redação no Enem e conquistar o 1º lugar, de ampla concorrência, no curso de Terapia Ocupacional da UFPR.

“Já pensei em Medicina, depois, como faço estágio na área de prótese dentária, pensei em Odontologia, em Fonoaudiologia, Jornalismo, em Letras… até que me encontrei na Terapia Ocupacional”, afirma.

A família teve uma grande influência na decisão. Sua mãe, Alessandra de Santana Bernardes, será sua veterana, já que cursa o 7º período de Terapia Ocupacional na UFPR. A escolha de Alessandra tem origem numa história difícil: após passar por uma mal sucedida cirurgia de hérnia de disco, o pai de Gabriella ficou paraplégico. Ele passou por 17 internações e invariavelmente o tema entrou dentro da casa.

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“Neste período, tivemos muitas dificuldades, minha filha vive com essa realidade, de hospitais e cuidados de profissionais da saúde desde pequena. E eu, numa das internações, tive contato com uma terapeuta ocupacional e vi a importância desses profissionais para o restabelecimento das pessoas e para a sociedade e me encantei. Sem muitas expectativas, com o apoio do meu marido e da minha filha, decidi prestar vestibular aos 42 anos, depois de muito tempo sem estudar, e passei”, afirma a mãe.

Gabriella conta que, ao frequentar algumas aulas com a mãe, na condição de ouvinte, teve a certeza de que Terapia Ocupacional era seu curso. “Gosto muito de cuidar das pessoas, é uma profissão linda. A Terapia Ocupacional tem a chave para mudar a vida de alguém. Ela ajuda a pessoa a encontrar sua independência, a ultrapassar desafios que as pessoas acham que não conseguem vencer, e mostrar que a vida continua. Eu acho isso a coisa mais linda”, destaca.

A jovem também vai levar para a vida a relação de amor e gratidão com a escola. “Eu não tinha a dimensão do quão grandioso é o CEP, como as pessoas batalham para estar aqui. Quando entrei, comecei a ouvir as histórias dos meus colegas, que se prepararam durante todo o Ensino Fundamental. Tive professores excelentes e acesso a uma educação de qualidade, a uma estrutura exemplar. A maneira como o CEP cuida da educação para o aluno é muito humana”, complementa.

A diretora do Colégio Estadual do Paraná, Laureci Schmitz, ressalta que o trabalho na escola vai além da preparação para o vestibular. “Esses resultados são consequência de todo um processo pedagógico. O foco do trabalho é a formação dos estudantes, o que não se reduz ao vestibular. Focamos num trabalho efetivo dos professores, com muita formação. Sabemos que atualmente, com as redes sociais, é difícil o aluno focar numa aula, então a qualidade dessas aulas é importante”, arremata.

Fonte: Governo PR

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Municípios já podem aderir ao incentivo de R$ 159 milhões para crianças e adolescentes

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Os municípios Paraná já podem formalizar a adesão ao incentivo financeiro do Governo do Estado que destina R$ 159 milhões para ações de fortalecimento da Política da Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes em todo o Paraná. O repasse foi liberado no início do mês pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Os recursos, oriundos do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA), deliberados pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA-PR) e administrados pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e Família (Sedef), serão repassados na modalidade fundo a fundo e poderão ser usados de maneira autônoma pelas cidades.

“Este é um momento importante para que cada município possa atender às suas necessidades específicas, de acordo com a realidade local. Estamos dando um passo significativo na construção de políticas públicas voltadas para nossas crianças e adolescentes”, afirma o secretário estadual do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni.

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Os valores poderão ser utilizados em materiais de consumo, pedagógico e esportivo, materiais de higiene e limpeza, artesanato e recreação, além do desenvolvimento de materiais de áudio, vídeo e foto, despesas com impressão de materiais gráficos, alimentos perecíveis e não-perecíveis, veículo e móveis.

Os termos de adesão devem ser preenchidos pelos municípios nos próximos dias através do Sistema de Acompanhamento do Cofinanciamento Estadual Fundo a Fundo (SIFF). As orientações sobre o incentivo estão na Deliberação 013/2025-CEDCA/PR. O documento traz detalhes, como prazos, itens de despesas e valores destinados para cada município.

Carboni ressalta a importância da regularização de saldos encerrados e da prestação de contas. “É fundamental que os prefeitos estejam atentos a essas questões para garantir a aptidão em novas adesões e o encerramento adequado do processo”, destaca.

O secretário orienta os prefeitos a tomarem algumas ações. “Caso identifiquem pendências ou saldos, é necessário enviar um e-mail para duvidassiff@sedef.pr.gov.br, solicitando as orientações necessárias. Além disso, é essencial manter os extratos bancários atualizados mensalmente no SIFF”, explica.

Cada município receberá, no mínimo, R$ 250 mil. Do total dos recursos disponíveis, dois municípios vão receber R$ 250 mil; 246 cidades receberão entre R$ 300 mil e R$ 400 mil; 137 devem receber entre R$ 400 mil e R$ 500 mil; 12 vão receber entre R$ 600 mil e R$ 700 mil; um município receberá R$ 800 mil; e Curitiba, devido ao porte, receberá R$ 1,5 milhão.

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REQUISITOS – Todas as cidades paranaenses estão elegíveis para receberem os recursos, desde que tenham realizado sua adesão e desenvolvam projetos e programas seguindo os eixos da garantia de direitos, como vida e saúde; respeito à dignidade; convivência familiar e comunitária; educação, cultura, esporte e lazer; profissionalização; e fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Fonte: Governo PR

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