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Com revitalização da orla, corujas e caranguejos renovam fauna de Matinhos

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As obras de revitalização da Orla de Matinhos, realizadas pelo Governo do Estado por intermédio do Instituto Água e Terra (IAT) desde o ano passado, estão trazendo grandes benefícios para o ecossistema do litoral paranaense. A ampliação da faixa de areia e da área de restinga, com o plantio de espécies nativas, atraíram diferentes animais típicos das regiões costeiras do País, como corujas-buraqueiras (Athene cunicularia) e caranguejos maria-farinha (Ocypode quadrata), entre outros.

A presença dessas espécies neste momento, restando ainda em torno de 10% para a conclusão do projeto, é bastante significativa. Anteriormente, em razão da erosão, da vegetação formada por plantas invasoras e das fortes ressacas, houve uma importante diminuição da população da fauna no local.

“A biodiversidade é essencial para a manutenção da qualidade ambiental mesmo em áreas urbanas. Como esses animais estão voltando a frequentar a orla, é importante que o desenvolvimento do Litoral esteja sempre alinhado com a preservação dessas espécies e de outras que podem potencialmente ocupar aquele espaço”, explica a bióloga do Escritório Regional do IAT no Litoral, Mayara dos Santos Rodrigues.

As duas espécies, destaca ela, possuem hábitos noturnos, mas costumam aparecer à luz do dia para procurar alimento na areia ou na vegetação costeira. As maria-farinhas são crustáceos amarelos que se alimentam de tatuíras, mariscos, insetos e outros animais mortos trazidos pela maré. Já as corujas-buraqueiras são conhecidas por cavar buracos no meio da vegetação das dunas para construir ninhos. Elas possuem um papel ecológico importante para a praia, ao ajudar no controle biológico da população de insetos do local.

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As equipes do Consórcio DTA/ACQUAPLAN, responsáveis pelos programas de monitoramento ambiental das obras, observaram maria-farinhas jovens no período da transição do outono para a primavera. As corujas, por sua vez, foram avistadas pela primeira na orla em julho deste ano. No mês passado, por exemplo, um casal foi registrado cuidando de um filhote em um dos canteiros de recuperação da praia.

Como explica Maristela Bueno, bióloga do consórcio encarregada pelo acompanhamento da espécie, a presença dos animais é um sinal positivo para a saúde do ecossistema da orla. “Do ponto de vista ecológico, esta espécie de caranguejo desempenha um papel crucial ao conectar os ambientes marinho e terrestre, facilitando a transferência de energia entre os ecossistemas, o que indica a recuperação ambiental da praia. E a continuidade desse monitoramento nos permitirá determinar se essas populações estão se estabelecendo de forma consistente”, diz ela.

Ainda de acordo com Maristela, a aparição destas aves está ligada diretamente ao plantio da restinga nativa nas intervenções da orla. Por meio de um investimento de R$ 268 mil, os balneários estão recebendo mudas de plantas rasteiras próprias para o crescimento nas dunas, como Blutaparon, Canavalia, Hydrocotyle e Ipomea em uma área de 5,03 hectares (50.308 metros quadrados), uma ampliação de 100% em relação aos 2,5 hectares da praia ocupados pela vegetação antes do início das obras.

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“A plantação da vegetação traz muitos benefícios. Além de ajudar a conter a erosão, as plantas fazem uma barreira de proteção que ajuda a conter o avanço do mar no caso de ressacas e ventanias, contribuindo para o estabelecimento da fauna costeira na praia”, afirma.

ORLA DE MATINHOS – A ampliação da faixa de areia e o replantio da vegetação nativa são apenas algumas das intervenções em execução na orla marítima de Matinhos.

A obra de revitalização foi dividida em duas etapas, com investimento total de R$ 500 milhões. A fase inicial, com orçamento de R$ 314,9 milhões, já está 89% concluída e deverá ser entregue até o segundo semestre de 2024. Inclui a execução de serviços de engorda da faixa de areia por meio de aterro hidráulico, estruturas marítimas semirrígidas, canais de macrodrenagem e redes de microdrenagem.

Além do sistema de drenagem, as obras contemplam a melhoria da pavimentação asfáltica e recuperação de vias urbanas. O objetivo é minimizar os impactos gerados pela combinação do desequilíbrio de sedimentos, ocupações mal planejadas e fenômenos naturais, como chuvas fortes e ressacas que costumeiramente atingem o Litoral.

As intervenções serão feitas ao longo de 6,3 quilômetros entre o Morro do Boi e o Balneário Flórida. Em uma segunda etapa, ainda sem previsão de data, será recuperado o trecho de 1,7 quilômetro entre os balneários Flórida e Saint Etienne. Haverá, também, a instalação de novos equipamentos urbanos, como ciclovia, pista de caminhada e corrida, pista de acessibilidade e calçada.

Fonte: Governo PR

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PARANÁ

Em Japurá, Estado promove repovoamento do Rio Ivaí com 150 mil peixes nativos

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O Rio Ivaí, em Japurá, na região Noroeste, ganhou nesta sexta-feira (11) mais 150 mil peixes de espécies nativas do Paraná. A ação integra o projeto Rio Vivo, desenvolvido pela Superintendência Geral das Bacias Hidrográficas e Pesca (SDBHP), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest). Além disso, com apoio de crianças da rede pública de ensino, houve o plantio de mudas de espécies nativas do Estado para a proteção da mata ciliar.

O repovoamento foi feito com traíras e lambaris, todos em estágio juvenil de desenvolvimento, ou seja, com maior índice de sobrevivência se comparado às solturas de alevinos. Neste sábado (12), a partir das 8 horas, a atividade se dará em Doutor Camargo (Noroeste), também no Ivaí, com a soltura de mais 150 mil peixes.

“O Ivaí é um dos rios mais importantes do Paraná, sem barragens, um lugar perfeito para pesca esportiva. Um verdadeiro tesouro natural que ganhou ainda mais vida com a soltura dessa nova leva de peixes”, afirmou o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca. “Esse evento que foi uma verdadeira aula ambiental de um Paraná cada vez mais sustentável”.

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O programa Rio Vivo segue os critérios estabelecidos pela Resolução Sedest/IAT nº 10, para evitar a introdução de espécies exóticas nos rios e selecionar peixes com genética e tamanho ideais para o repovoamento.

A ação ambiental no Noroeste integra a segunda fase do projeto, iniciada em novembro de 2024, e prevê a soltura de 2,626 milhões de peixes nas bacias dos rios Tibagi, Piquiri, Iguaçu e Ivaí – no ciclo inicial, entre 2021 e 2022, foram soltos 2,615 milhões de peixes. O investimento nesta nova etapa é de R$ 557,8 mil.

A meta do Governo do Estado é repovoar as bacias locais com 10 milhões de animais, de espécies como traíra, pacu e pintado, até 2026.

PROJETO RIO VIVO – O Rio Vivo é uma ação da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável em parceria com o Instituto Água e Terra, executada pela SDBHP a partir de 2021. O projeto prevê a conservação das principais bacias hidrográficas do Paraná, otimizando os usos da água e trabalhando na recomposição da ictiofauna e preservação dos ecossistemas locais.

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Além dos esforços para com o meio ambiente, a proposta estimula ações de educação ambiental com a população lindeira e crianças em idade escolar, incrementando o caráter social do Rio Vivo.

Fonte: Governo PR

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