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Com investimento de R$ 23,5 milhões, Estado lança a Rede de Clubes de Ciência

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O Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária, secretarias da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e da Educação (Seed), lançou nesta quinta-feira (4) a Rede Clubes de Ciência. A iniciativa é um dos projetos do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) Paraná Faz Ciência que tem como objetivo a criação deste clubes em escolas de educação básica da rede estadual de ensino. O projeto terá um investimento de R$ 23,5 milhões.

O presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, destacou a importância do incentivo ao gosto e valorização da ciência desde a formação das crianças. “A formação dos cientistas precisa começar na infância, desde a educação básica, porque leva tempo para que eles amadureçam. É um início e eu espero que mais escolas possam ter os seus clubes de ciência e que possamos ter, não somente os 23 mil doutores que temos hoje no Paraná, mas chegar em 2035 em torno de 40 mil doutores”, afirmou.

A Rede de Clubes vai implementar ações que ajudem a consolidar conceitos científicos tratados em sala de aula. “A iniciação científica na educação é fundamental para estimular a curiosidade e a inovação entre nossos estudantes, ao mesmo tempo em que valoriza e capacita nossos professores, proporcionando-lhes suporte e reconhecimento essenciais para o desenvolvimento de uma educação de excelência”, disse o secretário estadual de Educação, Roni Miranda.

A meta é contribuir com a formação pessoal e social dos participantes, ajudando a fazerem escolhas e intervenções conscientes e pautadas nos princípios da sustentabilidade e do bem comum. Nessa dinâmica, o protagonismo do estudante é incentivado, assim como há o aprimoramento das práticas docentes.

Segundo Débora Sant’ Ana, uma das articuladoras do Napi Paraná Faz Ciência e professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM), a ideia é a construção de ambientes onde os estudantes possam mergulhar no contexto científico e tecnológico, aproximando a ciência da vida cotidiana. “A proposta quer proporcionar a crianças e adolescentes um novo olhar sobre o mundo que os cerca, trazendo o pertencimento ao mundo da ciência”.

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INTERAÇÃO – Um fator de destaque no caminho da execução das ações da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência é a articulação das escolas de Educação Básica com centros de desenvolvimento de pesquisa, conceito inspirado na Rede Ciência Viva de Portugal, que atualmente envolve cerca de 900 clubes e mais de 700 mil estudantes organizados em uma rede nacional.

Inspirada no modelo português, mas com características e identidade próprias, a Rede no Paraná tem como atores, além da Fundação Araucária e a Seti, as escolas públicas vinculadas à Seed-PR, as Instituições de Ensino Superior (IES) e as demais instituições integrantes do Napi Paraná Faz Ciência.

CIDADANIA – Os Clubes vão se constituir como novos espaços de trabalho colaborativo, amplificando a alfabetização científica e tecnológica dos estudantes das escolas da rede estadual e habilitando esses jovens para desenvolver a ampla cidadania. Assim, outro ponto importante do projeto é a possibilidade de ajuda a ampliar as atividades consolidadas de Ciência Cidadã, propostas e executadas pelo Programa Interinstitucional de Ciência Cidadã na Escola, também vinculado ao Napi Paraná Faz Ciência.

“Os clubes partem de uma proposta de ciência mais participativa, inclusiva e com projetos validados por pesquisadores da Rede Paraná Faz Ciência para a sua execução frente à realidade escolar. Esta expertise permite que novos projetos possam ser pensados e validados em diferentes realidades locais”, acrescenta o articulador do Napi e o professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Rodrigo Reis.

METODOLOGIA – O projeto-piloto prevê a criação de 200 clubes, em 2024. Serão cerca de 100 escolas de tempo integral em que o clube se integra à matriz curricular, em um total de 2 horas semanais. As demais 100 escolas serão selecionadas entre as que adotam os clubes em contraturno e, neste caso, a dedicação esperada é de 3 horas semanais.

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As etapas de implementação incluem a seleção das escolas/docentes por meio de edital próprio lançado pela Seed; cadastro na plataforma da Rede Paraná Faz Ciência; formação pedagógica dos envolvidos utilizando os ambientes virtuais da Universidade Virtual do Paraná (UVPR).

Cada Clube de Ciências será constituído a partir de um regimento geral, que deve ser seguido por seus atores: coordenador, professores colaboradores e clubistas. Na dinâmica das atividades, deverá haver periodicidade nos encontros, com a carga horária de acordo com o tipo de escola associada. Caberá às escolas o desenvolvimento das atividades previstas no plano de trabalho apresentado pela Rede Paraná Faz Ciência e das metas apontadas nos projetos elaborados para concorrer ao edital. Entre as atribuições das escolas está, ainda, a cessão do espaço físico para as atividades.

“Neste sentido, a proposta é desenvolver aspectos da prática científica, como a importância do trabalho em grupo, o senso crítico, a resolução de problemas e o processo contínuo do fazer ciência, tornando a educação científica mais significativa”, explica o professor Reis.

Um grupo de gestão dará sustentação às ações da Rede, apoiando o desenvolvimento de pesquisas locais, com base no reconhecimento da realidade das escolas e regiões, e a participação em feiras de ciências com a apresentação de resultados obtidos em cada clube.

INSTITUIÇÕES PARCEIRAS – Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade do Norte do Paraná (UENP), Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste,), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e Instituto Federal do Paraná (IFPR).

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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