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Com fotografias e livros sobre os Yanomami, MUPA inaugura mostra de Claudia Andujar

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O Museu Paranaense (MUPA) abre na próxima quinta-feira (17), às 19h, a exposição “Claudia Andujar: poéticas do essencial”. Serão 24 obras e dois conjuntos, as séries “Genocídio do Yanomami: morte do Brasil” (1989), formada de 228 fotografias, e “Catrimani” (1971 – 1972), composta por 10 obras – todas inéditas no Museu. A entrada é gratuita.

Desde a década de 1970, o trabalho da fotógrafa e ativista Claudia Andujar com o povo Yanomami foi fundamental para a demarcação da Terra Indígena no Brasil. Suas imagens registram uma perspectiva íntima e significativa sobre a realidade desse povo, há anos ameaçado por processos de exploração e degradação ambiental. Um recorte expressivo dessa longa trajetória ativista através da fotografia será apresentado ao público na exposição.

Na mostra, os visitantes poderão conferir de perto trabalhos feitos ao longo das décadas de 1970 e 1980, de coleções importantes da carreira da fotógrafa, que registram temas como a vida comunitária nas aldeias, a floresta, os rituais e crenças do povo Yanomami. Na série “A Casa” (1970 – 1976), por exemplo, vemos o dia a dia do convívio comunitário, como os momentos de descanso e de preparo do alimento.

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Já a série “Genocídio do Yanomami: morte do Brasil”, apresentada publicamente pela primeira vez em 1989, denuncia a situação enfrentada pelos Yanomami, que na época padeciam de doenças causadas pelo contato com mineradores e garimpeiros ilegais, realidade ainda bastante atual. Além das imagens em exposição, será possível acessar livros e documentos raros que narram a trajetória dos Yanomami e celebram sua cultura e sabedoria, como as publicações “Mitopoemas Yãnomam” (1978) e “Amazônia” (1978).

A exposição marca um momento importante para o Museu Paranaense pois, a partir dela, o acervo da instituição será ampliado com 31 das obras presentes na mostra, que passarão a integrar a coleção permanente do MUPA. Algumas foram gentilmente cedidas como empréstimo pela artista e pela Galeria Vermelho. Imagens que narram outros imaginários possíveis sobre culturas indígenas na coleção do museu, e cuja preciosidade celebra a trajetória fundamental da fotógrafa para a história do Brasil.

“A entrada dessas obras para a coleção do Museu Paranaense é mais um passo na consolidação de uma atitude recente na história desta instituição de quase 150 anos”, diz a diretora do museu, Gabriela Bettega. O MUPA hoje, segundo ela, é um espaço que tem se dedicado a construir um novo papel para si, como um colaborador na reparação das perdas coloniais e na construção de uma sociedade que possa oferecer plenas condições de florescimento aos modos indígenas de existir.  

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Serviço:

Exposição “Claudia Andujar: poéticas do essencial”

Abertura: 17 de agosto, às 19h

Museu Paranaense: Rua Kellers, 289, São Francisco – Curitiba

Entrada gratuita

Fonte: Governo PR

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PARANÁ

Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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