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Com foco em qualificação, 545 profissionais concluem residência técnica pelo Estado

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Gestão pública, inovação, saúde, segurança, obras públicas, ciências forenses e meio ambiente. Esses são os temas dos programas de Residência Técnica (Restec) ofertados pelo Governo do Paraná. Ao todo, 545 residentes com formação em 39 áreas diferenciadas concluíram, em 2024, o curso de pós-graduação que é desenvolvido junto com atividades práticas em órgãos do Estado, em diferentes cidades e regiões. Os profissionais receberam o título de especialistas e foram certificados pelas universidades estaduais de Maringá (UEM), de Ponta Grossa (UEPG), do Centro-Oeste (Unicentro) e do Paraná (Unespar).

Coordenado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), o programa Restec proporciona o aprimoramento de conhecimentos para profissionais com até três anos de graduação valorizando a oferta de novos conhecimentos e habilidades. O eixo central de todos os programas é a promoção da inovação no setor público e o desenvolvimento de competências voltadas para o mercado de trabalho.

Além da oferta do curso de pós-graduação custeado pelo Estado, os residentes recebem uma bolsa-auxílio mensal, cujo valor passou por reajuste de 28% em 2024, superando as bolsas de pós-graduação concedidas pelo Governo Federal. O valor passou de R$ 2.375 para R$ 3.040, mais um auxílio transporte de R$ 264.

A coordenadora estadual dos programas de Residência Técnica, Fátima Aparecida da Cruz Padoan, destaca a importância da ação como formação continuada. “O balanço revela impactos significativos em diversas frentes, contribuindo para a capacitação de jovens recém-formados e promovendo a aplicação prática de conhecimentos adquiridos nas universidades”, afirma. “Ao inserir esses profissionais nos órgãos públicos, os programas proporcionam uma vivência enriquecedora e fomentam a inovação nas instituições, modernizando processos e procedimentos”.

Parte das vagas dos cursos de especialização são reservadas para servidores públicos estaduais, por meio de uma parceria com a Escola de Gestão do Paraná, vinculada à Secretaria da Administração e da Previdência (Seap). Neste ano, além dos residentes, outros 411 profissionais concluíram os cursos de especialização.

BALANÇO – Neste ano, oito programas de residência técnica foram finalizados, sendo três desenvolvidos em parceria com a UEPG, dois com a UEM, dois com a Unicentro e um com a Unespar. Somando os residentes e os demais profissionais participantes dos cursos de pós-graduação, o Governo do Estado possibilitou a qualificação de 936 novos especialistas, capacitados para atuar com excelência nas respectivas áreas de atuação.

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A UEPG finalizou turmas dos programas de Gestão Pública, Projetos e Obras Públicas e Engenharia e Gestão Ambiental, somando 501 profissionais capacitados, entre residentes e servidores públicos. Com 189 concluintes, a Unicentro atendeu turmas dos programas de Inovação, Transformação Digital e E-Gov e de Gestão de Ambientes Promotores de Inovação. Os profissionais desenvolveram projetos inovadores focados na atualização e implementação de novas metodologias para os processos organizacionais no setor público.

Egressa do programa de Gestão Pública, Jane Klecia Ribeiro de Lara, graduada em Administração Pública, atuou no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, em Ponta Grossa. Jane destaca a importância da residência para a qualificação. “Tive a oportunidade de vivenciar na prática os desafios da gestão pública e percebi o quanto a profissão impacta diretamente na vida das pessoas”, declara. “A residência me permitiu atuar em setores estratégicos que me proporcionaram aprendizados necessários, desde a compreensão dos processos de aquisição de materiais até a análise de contas”.

A UEM concluiu a primeira turma da Restec em Gestão da Saúde Pública com 122 especialistas, que apresentaram, como trabalhos de conclusão de curso, soluções que abrangem melhorias no relacionamento com os pacientes e agilidade em processos de compra de equipamentos e insumos. A universidade também finalizou a primeira turma de Restec em Ciências Forenses, com 57 bolsistas residentes e outros 65 profissionais no curso de especialização.

O farmacêutico Wilker Jordi Lopes Franco de Jesus que atuou em Curitiba, no Laboratório Central do Paraná (Lacen), vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), sinaliza a importância das atividades teóricas e práticas. “A residência me proporcionou uma visão global da profissão, entendendo que a atuação do farmacêutico é essencial na área de análises laboratoriais”, afirma. “Estar envolvido na área técnica e na gestão possibilitou o desenvolvimento de um pensamento mais profissional em tomada de decisões”, salienta o egresso do programa de Gestão em Saúde Pública.

Já a Unespar terminou a primeira turma de Gestão em Segurança Pública. Entre os participantes desse programa, residentes com formação em psicologia, por exemplo, abordaram nos trabalhos de conclusão de curso questões de saúde mental, tanto para os profissionais da segurança pública, como policiais e agentes socioeducativos, quanto para as pessoas privadas de liberdade, no âmbito do sistema penitenciário paranaense.

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Já a Unicentro concluiu duas turmas, ambas de inovação. Além disso, tem uma outra de inovação, em andamento.

EM ANDAMENTO – Atualmente, quatro programas estão em andamento com mais de 300 residentes. São programas nas áreas da cultura, inovação, turismo e economia rural. Outros dois estão em fase de seleção: a quinta turma de Gestão Pública, da UEPG, com início previsto para fevereiro de 2025; e a segunda turma de Gestão em Segurança Pública, da Unespar, programada para iniciar as atividades em março do próximo ano.

PRÓXIMAS TURMAS – Para o ano de 2025 estão previstos quatro novos programas inéditos. A UEM será a instituição parceira no desenvolvimento da residência na área de indústria e comércio. A Universidade Estadual de Londrina (UEL), irá começar dois programas: assistência social; e gestão documental, educação patrimonial e história pública. Também está previsto o início da primeira turma em gestão de processos, com o curso de especialização ofertado pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP).

RECONHECIMENTO – Em dezembro de 2024, um trabalho desenvolvido por um grupo de residentes técnicos de inovação, que atuam na Secretaria da Saúde, conquistaram uma premiação promovida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), instituição ligada ao Ministério da Saúde. O projeto abordou o papel da residência técnica na divisão de vigilância sanitária paranaense, sendo reconhecido pela relevância, impacto e inovação. A premiação aconteceu em Brasília.

Para o coordenador da Restec em Inovação, Transformação Digital e e-Gov, professor Márcio Fernandes, da Unicentro, a residência técnica tem papel importante na modernização dos serviços públicos. “Os programas envolvem residentes, servidores e supervisores da administração direta e indireta, equipe de coordenação, mentores resultando em um esforço conjunto em prol da sociedade e, especialmente, do cidadão, que é o principal beneficiado por essa importante iniciativa das residências técnicas”, afirma.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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