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Com apoio do Estado, Unicentro inaugura novas instalações em Guarapuava

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A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) inaugurou nesta segunda-feira (10) as instalações de um novo bloco acadêmico no câmpus Santa Cruz, em Guarapuava, na região Centro-Sul. A obra foi executada em três fases com aporte financeiro do Governo do Estado da ordem de R$ 5,36 milhões, por meio do Fundo Paraná, dotação gerida pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

A nova estrutura abriga a Unidade de Ensino Multidisciplinar da instituição e foi planejada para otimizar os espaços e atender a comunidade universitária e o público externo em atividades dos cursos de graduação e pós-graduação, além de projetos de pesquisa e extensão. São mais de 2.250 metros quadrados de área construída com acessibilidade, 32 salas amplas e o primeiro estacionamento coberto do câmpus, que será utilizado para a frota da universidade.

A última etapa do empreendimento incluiu a finalização de instalações elétricas e hidrossanitárias, de rede lógica e cabeamento estruturado e de sistemas de prevenção e combate a incêndio e de proteção contra descargas atmosféricas (para-raios). Nessa fase também foram concluídas a pintura e os revestimentos de pisos e paredes, além de instalações de esquadrias, divisórias, elevador, rampa, escadas e calçada de acesso.

Na última década, houve um aumento significativo das atividades de ensino, pesquisa e extensão da Unicentro, com a abertura de novos cursos de graduação e a ampliação da oferta de vagas nos programas de pós-graduação, incluindo mestrados e doutorados. A instituição tem 6.852 estudantes matriculados, 854 professores e 275 profissionais da carreira técnico-administrativa.

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O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, destacou a importância do investimento na infraestrutura acadêmica. “Desde 2019, foram aplicados quase R$ 48 milhões do Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico para diferentes programas e projetos desenvolvidos pela Unicentro”, afirmou.

Ele ressaltou o alinhamento com as políticas estaduais de desenvolvimento científico e tecnológico. “Esse novo bloco está alinhado com uma estratégia institucional e governamental para que as universidades estaduais possam, cada vez mais, atender a sociedade e ajudar o Estado na promoção do desenvolvimento, proporcionando melhores condições de trabalho e infraestrutura adequada”, disse.

Segundo o reitor Fábio Fernandes, o novo espaço representa o compromisso contínuo da Unicentro com a excelência acadêmica. “Nossa universidade tem crescido na graduação, pós-graduação, pesquisa, ensino e extensão e esse novo bloco vem para atender a essa demanda, pois precisamos de mais espaços para os cursos e departamentos”, afirmou.

A cerimônia de inauguração do novo bloco didático reuniu autoridades, gestores universitários e comunidade acadêmica. Ao final do evento, os participantes soltaram balões nas cores da identidade visual da Uncientro, em alusão às comemorações de 34 anos da instituição estadual. O aniversário da Unicentro acontece em 8 de agosto.

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SERVIÇOS – A Unicentro oferta, atualmente, 40 cursos de graduação, 17 cursos de mestrado e oito cursos de doutorado, além de vários cursos de pós-graduação em nível de especialização. Para além da formação superior, a instituição conta com uma variada gama de serviços disponíveis para a população, como ambulatório de medicina e ambulatório de feridas crônicas; clínicas de educação física, de fisioterapia, de medicina veterinária, de nutrição e de psicologia; laboratório de análises clínicas; e um centro de triagem e reabilitação de animais silvestres.

EQUIPAMENTOS – Além da inauguração do novo bloco no câmpus Santa Cruz, a Unicentro entregou novos equipamentos agrícolas no câmpus do Centro Educacional de Desenvolvimento Tecnológico de Guarapuava (Cedeteg).

Com financiamento de R$ 2,8 milhões do Fundo Paraná, o maquinário é composto por semeadoras, tratores com piloto automático, pulverizadores e drones. Os equipamentos serão utilizados em atividades de ensino e pesquisa dos cursos de Agronomia, Medicina Veterinária e Tecnologia em Big Data no Agronegócio, além da Fazenda Escola e do Núcleo de Mecanização e Agricultura de Precisão da instituição de ensino superior.

Fonte: Governo PR

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Rede estadual de educação do Paraná acolhe professores e alunos autistas

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Quando ingressou como professor na rede estadual de ensino, aos 21 anos, Evalney Riely Horst sentia que havia uma barreira entre ele e os demais colegas. Interpretar simples entonações de voz ou outros sinais não verbais representava uma dificuldade para ele. Ao participar do planejamento de educação inclusiva da escola, anos depois, ele teve a oportunidade de conhecer mais a fundo o que era autismo. Tendo se identificado com muitas de suas características, resolveu ele mesmo procurar orientação profissional.

Em 9 de abril de 2024, Evalney, aos 37 anos, finalmente recebeu o diagnóstico de portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA). “No começo foi estranho, precisei de um tempo até aceitar. Mas depois tudo foi fazendo sentido”, lembra. 

Desde a época em que estudava, Evalney tinha dificuldade para se enturmar, exceto quando se envolvia com atividades que o interessavam, como xadrez, informática e jogos eletrônicos, e que o tornavam alvo de bullying. Faltavam ao ambiente escolar formas de acolhimento a alunos como ele. “Não havia suporte, nem ouvíamos falar sobre autismo naquela época. Foi bem complicado para mim”, afirma.

Com o objetivo de promover a inclusão e o combate à discriminação da pessoa autista, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 2008, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril. O TEA é um transtorno do desenvolvimento neurológico, caracterizado principalmente pela dificuldade de comunicação e interação social, podendo apresentar ou não déficits intelectuais e hiperfocos.

“Não tem cura, mas tem tratamento”, afirma a pedagoga e especialista em psicopedagogia e educação especial, Siana do Carmo de Oliveira Franco Bueno. “O maior desafio enfrentado pela pessoa com TEA é que muitas vezes ele é tratado de forma equivocada, apenas com medicação. Também é necessário que haja acompanhamento terapêutico e orientação adequada”.

O diagnóstico é feito por meio de avaliações, observações e acolhimento de relatos familiares e clínicos e deve acontecer o mais cedo possível. “Aos primeiros sinais atípicos no desenvolvimento infantil, pode-se iniciar o acompanhamento multidisciplinar objetivando uma avaliação completa do quadro”, explica o psicólogo Paulo Ricardo Ferreira.

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Segundo Siana, a importância do diagnóstico precoce ajuda a evitar complicações ao longo da vida para a pessoa com TEA. “É para que o autista não venha a sofrer graves consequências na vida adulta, como depressão ou mesmo outros transtornos mais sérios, que poderiam causar prejuízos pela dificuldade de compreensão, tanto por ele como pelas pessoas de seu entorno”.

ENSINO DE QUALIDADE E INCLUSÃO – Juarez Gabriel Miranda Franco de Lima sempre gostou de ir ao circo. Um dia, em 2020, pendurou uma cortina na garagem de casa, botou um nariz de palhaço, apontou uma câmera para o palco improvisado e se apresentou como o palhaço JG. “Teve malabarismo com chapéu, piadas e muitas músicas infantis”, ele recorda. “Normalmente eu faço sozinho, mas às vezes deixo meus amigos fazerem uma apresentação”.

Aos 6 anos, Juarez era tratado como uma criança hiperativa. Até que Cleusa, sua mãe, orientada pela escola em que ele estudava, procurou ajuda profissional para o diagnóstico para TEA, que acabou se confirmando. A princípio preocupada – na adolescência, ela havia cuidado de uma criança com autismo severo –, Cleusa ficou aliviada com o apoio dado pela escola. “Ele conseguiu uma professora para ajudá-lo a se desenvolver nos estudos”, ela conta. “Tinham muita paciência e muito amor por ele. Ele é um menino muito inteligente e muito carinhoso com todo mundo”. 

Além das apresentações como o palhaço JG – devidamente registradas em seu canal no YouTube –, Juarez, que está no terceiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Wolff Klabin, é atleta, tendo competido em três edições dos Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná (Parajaps), representando o Centro de Referência Paradesportiva de Telêmaco Borba. Em 2023, ele foi campeão paranaense, tendo conquistado ouro nas modalidades de 100, 200 e 400 metros. Correr, diz Juarez, o ajudou a se tornar uma pessoa mais independente. “Consigo cuidar de mim mesmo e já saio sozinho. Eu costumava me isolar, mas agora saio e convivo com outras pessoas”, comemora Juarez.

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Essas conquistas de Juarez e de outros 12 mil estudantes com diagnóstico de TEA são possíveis graças aos serviços de acolhimento e assistência oferecidos pela Secretaria Estadual da Educação (Seed-PR). Esses serviços são distribuídos nas escolas levando-se em conta as necessidades dos estudantes.

Os Profissionais de Apoio Escolar (PAE), que ajudam estudantes com deficiência a participar das atividades escolares, e Professores de Apoio Educacional Especializado (PAEE), que atendem alunos com necessidades educacionais especiais, são contratados conforme estudo de caso. 

Já as Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), que funcionam no contraturno e ajudam na integração social dos alunos, são autorizadas para todas as escolas que possuam estudantes da educação especial e que não sejam de educação integral.

“O Paraná desenvolve ações voltadas aos alunos com TEA desde a origem do atendimento educacional especializado”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “Com o aumento do número de estudantes identificados, as ações têm sido potencializadas para garantir a inclusão de todos eles”.

Hoje, para atender estudantes com diagnóstico de TEA, a rede estadual de educação conta com cerca de 3 mil SRMs, 1.400 PAEs e 4.100 PAEEs.

“Hoje em dia, eu percebo muitas coisas boas, como atendimento especializado com profissionais capacitados, salas de recursos multifuncionais e palestras para conscientização”, avalia Evalney, que hoje leciona no Colégio Estadual Antônio Xavier da Silveira, em Irati, no Centro-Sul do Estado. “Na escola, quando contei do diagnóstico, a direção me acolheu e inclusive me incentivou a usar o cordão do autismo, como forma de inspirar alunos autistas”.

Fonte: Governo PR

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