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Com apoio do Estado, pequena cooperativa de Pinhão investe em indústria de farinha de milho

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A Cooperativa da Agricultura Familiar de Pinhão (Cooafapi), na região Sul do Paraná, empacotou este mês a primeira fornada de farinha de biju proveniente de milho. A agroindústria foi remodelada com recursos do Pró-Rural, programa que vigorou de 2014 a 2019, alimentado por recursos do Banco Mundial (Bird), administrados pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

O valor total de investimento chegou a R$ 683.257,47, dos quais R$ 419.757,47 repassados pela Seab e R$ 263.500,00 de contrapartida. Mas as iniciativas não param por aí. Novos investimentos começarão a ser implantados com a formalização de contrato da cooperativa dentro do Programa de Apoio ao Cooperativismo da Agricultura Familiar do Paraná – Coopera Paraná, com mais R$ 639.146,58 a serem aplicados.

“Optamos pelo biju pelo fato de ser um alimento típico, muito consumido na região, além da produção de milho ser bem difundida em nossa base e porque existia uma estrutura de beneficiamento na sede da cooperativa”, explicou a presidente da Cooafapi, Neuzelia Ferreira Kunseler.

A unidade tem capacidade para produzir até 1 mil quilos de biju por dia. O primeiro lote, de 16 toneladas, é destinado ao Programa de Aquisição de Alimentos, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Mas já estamos buscando mercados formais e também atender demandas da alimentação escolar”, acentuou a presidente.

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COOPERA-PR – A Cooafapi foi fundada em 2009 e instalada em terreno próprio de 900 metros quadrados. Ela assumiu uma estrutura já existente, onde havia uma farinheira desativada. Em 2017 a estratégia de recuperação foi colocada em prática com a apresentação do projeto ao Pró-Rural, programa que tinha o objetivo de aumentar a competitividade dos agricultores familiares em áreas com menor desenvolvimento, escolhidas a partir de análise das condições físicas, econômicas e sociais.

O contrato assinado em 2018 priorizava a reforma do barracão de 648,90 metros. Além disso, previa a estruturação da agroindústria de processamento mínimo de hortaliças, cereais, legumes, tubérculos e a unidade de beneficiamento de derivados não transgênicos de milho, feijão e arroz. Também contemplou a contratação de pessoal técnico e administrativo.

O novo investimento, com recursos do Coopera Paraná, que deve ser aplicado a partir de maio, contempla a melhoria na estrutura de armazenagem e distribuição de produção (câmara fria e furgão), estrutura de gestão (kit de informática) e investimento direto em hortas ou agroindústrias nas propriedades de 42 famílias.

“Queremos ampliar a oferta de matéria-prima e melhorar as condições de recebimento, armazenamento e redistribuição da produção, com melhores condições de controle e gestão”, disse Neuzelia Kunseler.

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Atualmente os 124 cooperados espalhados por cinco municípios produzem vários tipos de verduras, legumes e frutas, panificados, carnes, sucos e cereais. A cooperativa já atua no beneficiamento de mandioca, frutas, legumes e, em menor escala, grãos.

ORGÂNICOS – De acordo com a presidente, a Cooafapi trabalha a conversão de produção convencional para atuar somente com milho não transgênico e produtos orgânicos. “Esta política foi definida pelo impacto ambiental, pela redução de riscos para os agricultores com o uso de veneno, pela qualidade do produto final e pela possibilidade de aumento de renda”, explicou.

Os contratos do Plano Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), por exemplo, preveem a possibilidade de pagar até 30% a mais do que o valor do produto convencional. Hoje há 45 cooperados inseridos em grupos de produção e certificação orgânicas.

Para alcançar o objetivo, a Cooafapi mantém parceria com o programa Paraná Mais Orgânico, desenvolvido pelo Governo do Estado, e com o Núcleo Centro Sul da Rede Ecovida de Agroecologia.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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