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Com apoio do Estado, ciganos, quilombolas e indígenas ingressam na universidade

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O Governo do Estado celebrou o ingresso no ensino superior de 60 candidatos quilombolas, indígenas e ciganos. Eles participaram, nesta quinta-feira (9), da 1ª Calourada da Diversidade, do Centro Universitário Internacional (Uninter), que oferta bolsas para este público, por meio de parceria com a Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, permitindo o ingresso na universidade.

O evento marcou, também, o início do Programa de Cotas da instituição, destinado a esses povos. Após as provas online, foram destinadas 50 bolsas para quilombolas e indígenas, e 20 bolsas, sendo 10 de graduação e 10 para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), para a comunidade cigana das etnias Rom, Calon e Sinti.

A ação é em parceria com a Semipi, com a Associação de Preservação da Cultura Cigana (Apreci), a Confederação Brasileira Cigana e Coletivo das Mulheres Ciganas do Brasil (Comcib).

A secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, celebrou o projeto. “É uma parceria pioneira entre o Governo do Estado e a Uninter, para implementar políticas públicas que visam transformar a vida das pessoas, especialmente das comunidades tradicionais do Paraná. A iniciativa cria oportunidades de acesso ao ensino superior para aqueles que historicamente tiveram menos possibilidades”, reforçou.

Leandre disse que o governador Ratinho JUnior estabeleceu uma Secretaria de Estado para apoiar essa política, e que a colaboração com a instituição de ensino é um passo crucial para potencializar e dar continuidade a esses esforços. “A expectativa é que essa parceria sirva de modelo para outras instituições e ajude a quitar uma dívida histórica com essas comunidades”, completou.

O pró-reitor da Uninter, Rodrigo Berté, destacou que esse processo seletivo é a evolução de uma parceria iniciada há dois anos entre a instituição e comunidades indígenas, que começou com um projeto de internacionalização envolvendo indígenas do Canadá e levou à identificação da necessidade de formar professores indígenas.

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“A iniciativa expandiu para incluir quilombolas e ciganos, com a criação de um edital de bolsas de estudo integral para essas comunidades. A instituição enfatiza a importância de um olhar social e inclusivo, buscando democratizar o acesso ao ensino superior e apoiar a diversidade. A parceria com o Estado é positiva e está alinhada com o compromisso da Uninter com a inclusão e a socialização do conhecimento”, afirmou.

DIVERSIDADE NA UNIVERSIDADE – O ingresso no ensino superior é um importante passo para realização dos sonhos dos alunos e a vontade de mudar o ambiente que os cercam. Aline de Souza de Castro, quilombola da comunidade Varzeão, no município de Doutor Ulysses, foi aprovada em Engenharia Agronômica e falou das expectativas.

“Escolhi esse curso porque na nossa região existe muita produção de poncã, pinus, etc. A parte de agricultura é muito forte e é necessário um profissional nessa área. Estão montando uma cooperativa na nossa comunidade, que atenderá em torno de 40 famílias que vivem lá”, explicou. “Tenho certeza que com a minha formação poderei contribuir de forma significativa”.

Para Lucas Stefanovich, cigano da etnia Rom, de Curitiba, aprovado em Tecnologia em Marketing, o curso vai proporcionar as ferramentas e o conhecimento necessários para fazer a diferença tanto na vida dele quanto na comunidade. “Ter uma graduação é algo que eu sempre vi como essencial, então essa oportunidade realmente expandiu meus horizontes. Essa conquista não é só pessoal, mas é um passo importante para devolver para a comunidade o aprendizado e o sucesso que a gente tanto quer obter”, ressaltou.

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REPRESENTATIVIDADE – Lideranças quilombolas, indígenas e ciganas celebraram a possibilidade de mudanças nas suas realidades. Kretã Kaingang, cacique da Terra Indígena Tupã Nhe e Kretã e um dos fundadores da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil/Sul, disse que presenciou um momento diferente e especial. “Essa oportunidade de acesso marca um novo modelo de educação superior no Brasil para nós, povos indígenas, que é a EaD. A expectativa é que a cada ano os nossos jovens possam buscar cursos como esse e que não desistam”, relatou.

“O acolhimento por meio dessas bolsas de estudo ofertadas vem celebrar essa e muitas outras vitórias que virão, até mesmo para que o povo cigano consiga ocupar, realmente, o seu espaço de fala”, observou Nardi Casanova, cigana Calon e secretária-executiva nacional da Confederação Brasileira Cigana.

Para Benedito Florindo de Freitas Junior, quilombola de Adrianópolis, é um marco significativo para as comunidades tradicionais do Paraná. “A iniciativa é um passo crucial para a formação e melhoria da vida dos quilombolas, permitindo que eles próprios possam contar suas histórias e desenvolver projetos, como ter professores e profissionais na comunidade”, ressaltou. “A expectativa é que facilite a integração e a evolução dentro da sociedade globalizada, possibilitando a contribuição da cultura quilombola no contexto acadêmico”, disse.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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