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Boletim Agropecuário traz importação de pelos suínos e aumento dos produtos da pizza

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O Brasil importou cerca de 183 toneladas de cerdas (pelos) de porco lavadas, alvejadas ou desengorduradas, totalizando aproximadamente R$ 1,7 milhão em 2023. Com uma grande produção de suínos, o Brasil não descarta que no futuro possa também ser um processador das cerdas.

“Caso seja viável economicamente, o processamento de cerdas de porco pode ser iniciado e/ou expandido no Brasil visando conquistar parte do mercado”, disse a veterinária Priscila Cavalheiro Marcenovicz, analista de suinocultura no Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

Ela conversou com uma das empresas importadoras para elaborar um dos textos do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 5 a 11 de julho, que é produzido pelo Deral. O documento também fala, entre outros assuntos, do aumento no preço de alguns dos ingredientes que resultam na pizza.

De acordo com o Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha o comércio exterior no segmento do agronegócio, as importações das cerdas de porco atenderam cinco estados.

O Rio Grande do Sul foi o principal, com 76% das compras. Também estão no mercado Pernambuco (14%), São Paulo (7%), Santa Catarina (2%) e Paraná (1%). Nos primeiros cinco meses de 2024 já entraram no País 61 toneladas de cerdas, equivalente a R$ 529 mil.

Conhecidas pela rigidez, baixa absorção de água, boa capacidade de retenção de tinta e resistência a solventes, são usadas em pincéis para pintura e para limpeza de peças e equipamentos. Também servem como escovas para cabelos fragilizados e para polimentos, além de escovas de dentes, entre outras finalidades.

Todas as cerdas que chegam ao Brasil provêm da China. O país, aliás, possui tradição no uso dessa matéria-prima. As primeiras escovas de dentes com cerdas de porco foram desenvolvidas no final do século 15. Somente na década de 1930 elas foram substituídas pelo náilon.

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PIZZA – Na quarta-feira (10) comemorou-se o dia da pizza, um prato que têm ligações com o campo, particularmente pela presença de produtos oriundos do trigo e do leite. Ambos tiveram uma elevação de preços em junho.

O leite é um componente que se incorpora à pizza sobretudo como queijo muçarela. No Paraná, o leite é o quarto produto com maior Valor Bruto de Produção (VBP), com R$ 11,4 bilhões (6% do total de R$ 197,8 bilhões). Produzindo 4,5 bilhões de litros, o Estado é o segundo maior fornecedor.

Base da massa da pizza, o trigo tem percentual de 2% no VBP, somando R$ 3,6 bilhões em 2023. O Estado desponta historicamente entre os maiores produtores de trigo do país. No ano passado foram produzidas 3,8 milhões de toneladas.

Essas produções locais refletem diretamente nos preços pagos pelos consumidores de pizza. Em junho o preço do queijo muçarela teve 15% de alta. Outros produtos lácteos também tiveram alta, algumas discretas, como a manteiga (2%), até o leite longa vida, com reajuste de 14% no comparativo mensal.

Quanto ao trigo, com parte dos moinhos abastecidos com o produto comprado anteriormente por preço mais barato e parte buscando no exterior, onde os valores estão altos, há divergências nos preços das farinhas. A especial continuou tendência de queda em junho, com 3% a menos no varejo em relação a maio. Se comparado a junho de 2023, a redução foi de 22%.

No mercado atacadista, em que as pizzarias se abastecem, a farinha especial teve aumento expressivo de 5%, revertendo uma leve tendência de queda até maio. Comparado a junho de 2023, a alta é de 3%.

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MILHO – O boletim registra ainda que foram colhidos aproximadamente dois terços da área de 2,4 milhões de hectares plantados de milho na segunda safra 2023/24. Do que resta a colher, 93% estão em maturação, em condições de colher ou muito próximas.

Ainda que a tendência seja de mais lentidão na colheita do restante, o percentual atual já é o maior da história para este mês, superando a safra 2018/19, quando o fechamento de julho estava em 65% da área.

MEL – Nos primeiros cinco meses de 2024 as empresas nacionais exportaram 13.833 toneladas de mel in natura, aumento de 5,4% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram 13.125 toneladas. O faturamento chegou a US$ 35 milhões, queda de 20,2% comparado com o mesmo período do ano passado – US$ 43,9 milhões.

O Paraná ocupou a quarta posição, com receita de US$ 2,8 milhões para 1.154 toneladas. Nos cinco meses de 2023 tinham sido 401 toneladas a um custo de US$ 1,3 milhão. O principal destino do mel brasileiro foram os Estados Unidos.

PERU – Nos primeiros cinco meses de 2024 o Brasil exportou 25.071 toneladas de carne de peru, gerando receita de US$ 63 milhões. No mesmo período de 2023 tinham sido 25.995 toneladas (3,6% a mais), com receita de US$ 72,5 milhões (13,1% a mais).

O Paraná foi o terceiro maior exportador, com 5.562 toneladas e receita de US$ 14,1 milhões. Vem atrás de Santa Catarina, com US$ 28,5 milhões para 11.479 toneladas, e Rio Grande do Sul, que exportou 8.017 toneladas e somou US$ 20,3 milhões.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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