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Baterias gigantes: Copel cria sistema que pode atender clientes em redes com maior demanda

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Em um teste pioneiro, a Copel colocou um sistema com baterias de energia gigantes para abastecer as instalações da companhia no bairro Atuba, em Curitiba. O sistema foi instalado como uma microrrede isolada e forneceu energia ao local, com sucesso, durante as duas horas que durou o teste. O objetivo é utilizar a tecnologia para atender a clientes em redes com maior demanda ou que sofram interrupção no fornecimento de energia. Agora, a companhia vai preparar a estrutura para testá-la em uma subestação da Grande Curitiba.

O sistema de armazenamento é composto por baterias de lítio (tecnologia semelhante à usada em smartphones e carros elétricos), um conversor de energia, um transformador para elevar a tensão elétrica e, ainda, dispositivos de conexão e proteção. A estação de armazenamento está instalada em duas carretas que podem ser transportadas para atender a população em qualquer localidade. O conjunto pesa 50 toneladas.

A estação tem 1 MW (megawatt) de potência, com capacidade de armazenamento superior a 1 MWh (megawatt-hora) de energia. Sozinha, ela consegue abastecer 200 famílias por cerca de um dia sem necessidade de carregamento. Conectada à rede, sua principal contribuição será reforçar o sistema em momentos de maior demanda ou garantir o fornecimento em caso de desligamentos. À noite, quando a demanda diminui, as baterias podem ser recarregadas com a energia da rede.

A solução abre caminho para garantir fornecimento de energia em situações como temporais, batidas de carros em postes e outros fatores externos que provocam desligamentos. Para o consumidor, isso significa contar com energia elétrica de qualidade quando ele mais precisa.

“Essa iniciativa representa um marco histórico e evidencia o potencial disruptivo dos sistemas de armazenamento de energia e das microrredes. É um avanço que não só demonstra o compromisso da Copel com a inovação, mas também impulsiona o caminho em direção a um futuro mais resiliente e sustentável no setor energético”, avalia o engenheiro da área de projetos especiais da Copel, Rodrigo Braun dos Santos.

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FUTURO DO ARMAZENAMENTO – A iniciativa faz parte de um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D Aneel) para testar o funcionamento de quatro sistemas de armazenamento de grande porte em diferentes regiões do Estado. Ao todo, a companhia está investindo R$ 34,6 milhões nas soluções.

Além das baterias transportáveis, o montante inclui a instalação de outros três sistemas de armazenamento. Cada um conta com uma aplicação distinta que permite à Copel analisar seu uso em um cenário diferente.

Em Ipiranga, nos Campos Gerais, a empresa instalou dois sistemas de armazenamento na subestação do município. Cada um é formado por baterias de um modelo distinto. Um deles contém baterias de lítio, mesmo modelo das testadas em Curitiba. Ele possui 250 kW de capacidade e 1.505 kWh de energia armazenada, o que significa que consegue fornecer energia a 240 consumidores residenciais por um dia.

O outro sistema emprega baterias de fluxo, tecnologia que armazena energia em líquido e têm vida útil mais extensa, de cerca de 20 anos. Por sua durabilidade, pode ser uma solução mais eficiente para estações de armazenamento fixas, como a desse teste. Este segundo sistema em Ipiranga conta com 250 kW de potência e 1.200 kWh de energia armazenada e tem capacidade de fornecimento semelhante ao outro.

No distrito de Faxinal do Céu, em Pinhão, no Centro-Sul do Estado, um conjunto de baterias com 250 kW de capacidade e 860 kWh de energia armazenada foi instalado junto a uma usina de geração solar fotovoltaica de 200 kWp (kilowatt-pico), unidade de potência que mede a capacidade máxima de geração dos painéis solares.

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Um dos objetivos é avaliar o funcionamento das baterias em conjunto com um sistema de geração, permitindo a possibilidade de auxiliar a rede da Copel e a até operar de forma isolada. O local conta com a rede inteligente da Copel, o que permite que todo o funcionamento seja monitorado por equipamentos automatizados, facilitando o controle e a gestão da qualidade do fornecimento de energia.

SOLUÇÃO SUSTENTÁVEL – Na Ilha das Cobras, no Litoral do Paraná, foi instalado outro sistema de armazenamento, com 75 kW de potência e 430 kWh de energia armazenada. Conectada a uma usina solar fotovoltaica com 71 painéis e 31 kWp de potência, a estrutura foi escolhida por ser a solução mais sustentável para garantir o fornecimento de energia a uma escola de gastronomia e hotelaria que o Governo do Estado colocará em funcionamento no local. As baterias garantem a disponibilidade de energia mesmo em dias chuvosos, quando não há produção de energia solar.

“Estamos testando diferentes tecnologias, em ambientes variados, com o objetivo de melhorar a qualidade do fornecimento de energia à população”, afirma Júlio Omori, superintendente de Projetos Especiais da Copel. “Os sistemas de armazenamento são promissores porque poderemos diminuir o desperdício de energia e garantir abastecimento em situações críticas, especialmente diante dos desafios colocados pela transição energética e pelo aumento da demanda por energia limpa”.

Fonte: Governo PR

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Com 74 adesões, Passaporte Equestre facilita emissão de guia de trânsito para equídeos

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Com o objetivo de oferecer facilidades ao produtor rural, o Estado simplificou a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) para equídeos, com o Passaporte Equestre. Desde setembro do ano passado o próprio produtor pode emitir a guia, tornando mais ágil o trabalho e o transporte dos animais dentro do Estado.

Destinado a proprietários de equinos, asininos e muares procedentes de estabelecimentos cadastrados na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e em conformidade com a legislação sanitária vigente, o passaporte pode ser utilizado para diferentes finalidades: engorda, reprodução, exposição, leilão, esporte, trabalho e atendimento veterinário.

Segundo Maira Polatti Tomaz Sypniewski, chefe da Divisão de Trânsito Animal da Adapar, a iniciativa representa um avanço para o setor. “A emissão da GTA é prática e pode ser realizada diretamente no local de criação, evitando irregularidades no transporte durante o trajeto. O produtor pode emitir diretamente de sua propriedade, garantindo assim um transporte seguro e com regulamentação sanitária”, diz.

Além de agilizar a movimentação, o passaporte tem papel fundamental no controle sanitário. “Ele contribui para o monitoramento de doenças infectocontagiosas, como a anemia infecciosa equina, facilitando a identificação precoce de casos e permitindo uma resposta rápida e eficaz”, acrescenta.

Outro benefício do Passaporte Equestre, instituído pela Lei nº 20.962/2022, é a rastreabilidade dos equídeos.

Conforme explica Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar, o sistema registra informações essenciais sobre os animais, como origem, destino e histórico sanitário. “Essa medida ajuda a evitar prejuízos causados por surtos sanitários, mantendo a integridade do setor”, destaca.

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PASSAPORTE – Até agora 74 produtores aderiram ao Passaporte Equestre, com 395 equídeos cadastrados no sistema. Desde o lançamento foram emitidas 309 GTAs, que movimentaram 618 animais em todo o Estado.

A maioria das movimentações teve como destino atividades esportivas (241), seguidas por exposições (37), trabalho (15), cria/reprodução (15) e leilão (1). A região dos Campos Gerais lidera em número de animais cadastrados: são 126 em Castro e 104 em Palmeira.

A emissão está condicionada ao cumprimento das exigências sanitárias previstas nas legislações federal e estadual. Ela segue também as diretrizes da Portaria nº 265, de 10 de outubro de 2017, que estabelece as normas para a autorização dos produtores a emitirem a GTA, em processo validado eletronicamente.

Para participar de eventos agropecuários, como feiras, exposições e leilões, a apresentação da GTA é obrigatória. Sem ela, a participação é inviabilizada, restringindo o acesso a canais de comercialização e visibilidade no mercado.

ADESÃO – Para solicitar a autorização para emissão da GTA, o produtor deve ter a propriedade e os equídeos cadastrados na Adapar e estar em conformidade com as normas sanitárias vigentes. O acesso ao sistema é feito pelo portal www.produtor.adapar.pr.gov.br, onde é necessário fazer o cadastro.

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Após a adesão, o produtor deve apresentar ao Escritório Local (EL) da Adapar os exames de Anemia Infecciosa Equina (AIE) e o atestado de vacinação contra a Influenza Equina dos animais que pretende movimentar.

De acordo com a Lei nº 21.530/2023, que altera dispositivos da Lei nº 17.044/2011, a adesão ao Passaporte Equestre exige o pagamento de 1,5 UPFs (Unidade Padrão Fiscal) no momento da solicitação e 1 UPF anualmente para renovação. Produtores vinculados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) são isentos dessa taxa.

Segundo a Unidade Técnica de Tecnologia da Informação (UTTI) da Adapar, está prevista a implementação do sistema de pagamento via pix para facilitar o processo de adesão ao programa.

MANUAL – Para apoiar o produtor, a Divisão de Trânsito Animal montou um manual de orientação com o passo a passo para a emissão da GTA. Acesse AQUI.

Fonte: Governo PR

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