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Apoio do Estado dá suporte para startup aperfeiçoar suas mini-hidrelétricas e ganhar mercado

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Abastecer residências com energia elétrica de forma sustentável a partir da força da água. Essa é a proposta da Hidreo, startup curitibana que criou uma mini-hidrelétrica para geração doméstica de energia. A empresa tem duas máquinas de geração de energia doméstica: a primeira é a Mini Hidrelétrica, capaz de gerar até 220 Kw.h por mês, o bastante para abastecer uma residência. A segunda é a Micro Central Elétrica (MCH), capaz de suprir quatro casas ou uma pequena propriedade rural, gerando até 730 kW.h.

A startup foi umas das 68 selecionadas no primeiro edital do Paraná Anjo Inovador, programa do Governo do Estado, desenvolvido pela Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital. Por meio do programa, a Hidreo recebeu R$ 250 mil de incentivo e, com o recurso pôde investir em aperfeiçoamento dos produtos e ganhar mercado.

“O apoio do Paraná Anjo Inovador veio em um momento crucial do crescimento da empresa. “Pudemos investir no aperfeiçoamento dos nossos produtos para atender as demandas de utilização no campo, com produtos mais resistentes, e criar dispositivos mais fáceis de serem instalados por pessoas sem o conhecimento técnico específico de geração hídrica”, afirma o CEO da empresa, Felipe Wotecoski.

A ideia surgiu em 2018, quando ele e o também engenheiro Thiago Sielski estudavam o mercado de energia e decidiram inovar criando soluções de microgeração a partir de fontes renováveis. A Micro Central Hidrelétrica é o principal produto da empresa no mercado. São de pequena dimensão, menores que um frigobar, e capazes de gerar energia elétrica a partir de pontos com disponibilidade hídrica, como rios, riachos, descarte de água sob pressão em indústrias, água de vertedouros em usinas e represas de abastecimento de água e saída de lagos.

Atualmente a stratup já conta com mais de 200 máquinas instaladas pelo Brasil e em alguns países como Uruguai, Peru, Colômbia e Estados Unidos. “A MCH funciona de maneira similar a uma grande hidrelétrica: a água é captada em um ponto superior do rio ou represa, tubulada até a turbina, fazendo ela girar. Este movimento de rotação é transmitido para o gerador que transforma energia mecânica em energia elétrica”, explica Wotecoski.

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A solução foi inspirada em projetos de geração hídrica da Itália e Nova Zelândia, mas o produto final é pioneiro no Brasil e patenteado pela Hidreo. “Quando iniciamos nosso projeto, buscamos conhecer o que estava sendo feito no mundo, mas desenvolvemos um conjunto gerador totalmente novo adaptado à realidade e às necessidades brasileiras.”

As pequenas geradoras são voltadas, principalmente, para zona rural, desde pequenos agricultores a empreendimentos maiores, como pousadas, hotéis-fazenda e outros espaços de lazer e turismo. Outro público são indústrias que contam com descarte de água sob pressão, companhias de saneamento e usinas com vertedouros ou vazão de água não turbinada.

VALIDADO PELA COPEL – O equipamento é validado pela Copel e segue as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o que permite uma conexão rápida e segura das MCHs com a rede de energia fornecida não só pela Copel como por outras empresas do setor elétrico.

O objetivo da Hidreo é atender as necessidades dos consumidores em diferentes frentes. Entre os benefícios do equipamento está a possibilidade de um fornecimento de energia mais barato para pessoas que querem reduzir gastos com contas de luz, como no caso de granjas e estufas. Outro ponto é garantir um abastecimento elétrico mais seguro e constante quem tem problemas com quedas de luz, principalmente em regiões rurais mais afastadas.

Em relação à sustentabilidade, a empresa busca fornecer uma energia limpa para aqueles que buscam diminuir o impacto de suas ações na natureza, a partir de uma fonte renovável. Também é possível atender pessoas que, mesmo com acesso à rede de concessionárias, querem gerar sua própria energia.

Com produtos já validados no mercado, a startup busca ampliar a atuação a nível nacional e internacional, além de trabalhar com o desenvolvimento de novos produtos como geradores a base de energia eólica e de biogás.  

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COMO FUNCIONA – Para funcionar, a MCH precisa ser instalada em locais onde haja um desnível de pelo menos 12 metros, para que a água tenha força o bastante para fazer o equipamento girar. De forma prática, a água é captada de um ponto mais alto, por meio de um tubo, e levada para o nível mais baixo, onde fica o equipamento. Assim que entra na máquina a água faz com que a turbina dentro dela gire, transformando energia mecânica em energia elétrica.

O dispositivo fica conectado a um painel de controle, onde a energia produzida é levada até as baterias que são ligadas a um inversor capaz de abastecer a unidade consumidora em 110v ou 220v. A energia pode ser usada tanto no sistema On-Grid, conectado na rede elétrica de concessionárias de energia, quanto no sistema Off-Grid, quando não há acesso à rede elétrica.

Entre as vantagens do produtos estão o investimento inicial baixo, facilidade da instalação por pessoas com pouco conhecimento e a sustentabilidade, uma vez que depois de gerar energia a água volta para o seu curso hídrico, sem nenhum consumo ou contaminação.

ANJO INOVADOR – No primeiro semestre de 2024, a SEI abriu o segundo edital do Paraná Anjo Inovador, visando selecionar até 80 projetos inovadores nas áreas de Cidades Inteligentes, Esportes, Inovação Social, Educação Inclusiva, Apoio à Inovação para Micro e Pequenas Empresas, Combate às Mudanças Climáticas, Segurança Alimentar e Agricultura Sustentável.

Ao todo, foram 545 soluções inscritas, quase o triplo de inscrições em comparação ao edital anterior. O programa mostrou ter um grande impacto no desenvolvimento do empreendedorismo paranaense, já que das 469 empresas inscritas na segunda edição, 101 foram abertas entre a data de publicação e a data final de submissão de projetos.

O resultado das empresas selecionadas está previsto para ser divulgado no dia 19 de novembro, na página do programa.  

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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