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Alunos produzem relógios com discos de vinil e doarão verba das vendas a hospital infantil

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Para os alunos do ensino fundamental do Colégio-Cívico Militar Primo Manfrinato, em Cianorte, Noroeste do Estado, as aulas de empreendedorismo, realizadas no contraturno como atividade extracurricular, têm se revelado muito mais do que lições práticas de gestão de negócios. Por meio de uma tarefa proposta pela professora Samira dos Santos, o que começou como “lição de casa” se transformou em oportunidade para o exercício da criatividade e da solidariedade.

Ao reutilizar discos de vinil, os jovens empreendedores não apenas têm criando produtos únicos, mas também dado exemplo de empatia ao destinarem os recursos obtidos por meio das vendas às crianças em tratamento no Hospital Pequeno Príncipe.

“Relógio no Vinil Salva Vidas” foi o nome escolhido para batizar o projeto que nasceu no início deste ano. Feitos a partir de vinis doados, os relógios são cuidadosamente elaborados no laboratório do colégio. A atividade, que envolve todo o processo de produção até as vendas, foi ideia da professora Samira.

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À frente das aulas de empreendedorismo desde 2020, a docente promovia as atividades de artesanato como tarefa prática de gestão de negócios. “As equipes se dividem e cada um exerce uma função. Enquanto uns ‘fabricam’, outros realizam as campanhas de marketing nas redes sociais e outros fazem as vendas. As aulas de empreendedorismo incentivam as crianças a pensarem de maneira criativa a identificar problemas e a buscar soluções”, pondera a professora.

No início deste ano, Samira decidiu ressignificar a dinâmica da lição. “Propus aos alunos que todo o lucro resultado da venda dos vinis fosse doado para instituições hospitalares especializadas em tratamento infantil. Enxerguei essa tarefa como uma oportunidade para que eles exercessem boas ações”, relata. Assim nasceu o projeto do qual participam 40 alunos dos 6°, 7°, 8° e 9° anos.

Somente em 2023, 150 relógios já foram confeccionados pelos voluntários que, no fim do semestre, pretendem ir à Curitiba para entregar pessoalmente as doações na sede do Hospital Pequeno Príncipe, no bairro Água Verde.

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Rafaela Chacon, 13 anos, é aluna do 7° ano e, pela própria vivência, a jovem entendeu, desde a proposição da atividade, a importância de exercitar a solidariedade. “Já estive numa maca de hospital e precisei ficar internada quando tinha apenas cinco anos. Sei como isso é difícil. Pensar que essa atividade que estamos fazendo aqui na escola pode, de alguma forma, ajudar crianças que passam por essa mesma situação é gratificante”.

“O que essas crianças têm feito dentro do laboratório das aulas de empreendedorismo reflete diretamente no dia a dia de outras crianças, que por conta de problemas de saúde precisam passar parte da infância internadas. Certamente essa lição permanecerá marcada na história desses estudantes”, destaca o secretário de Estado da educação, Roni Miranda.

Fonte: Governo PR

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Segurança ambiental: esgoto 100% tratado no Paraná devolve água de qualidade aos rios

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A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) opera um dos sistemas de tratamento de esgoto mais eficientes do País. A empresa consegue, desde 2022, garantir que 100% do esgoto coletado passe por um rigoroso processo antes de ser devolvido à natureza. O padrão de tratamento se mantém até hoje, de acordo com o Relatório de Resultados do quarto trimestre de 2024. O trabalho se destaca em comparação ao restante do Brasil, que tem uma média de 52,2% no tratamento do esgoto, segundo o Sistema Nacional de Informações do Saneamento (SNIS).

O tratamento realizado nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) paranaenses se sobressai ao estado de São Paulo, por exemplo, que coleta 93%, mas trata apenas 85% do volume coletado, de acordo com dados da Sabesp de 2024. No Paraná, a Sanepar tem cobertura de mais de 81% e, com o tratamento integral, desempenha papel essencial na preservação dos recursos hídricos e na proteção da saúde pública – e se aproxima da universalização do saneamento.

O tratamento realizado nas ETEs reduz significativamente a carga orgânica do efluente, o que remove as impurezas e agentes contaminantes. Isso impede a poluição dos rios e contribui para a qualidade dos cursos de água, promovendo um ciclo sustentável de uso da água.

Além disso, o processo adotado pela Sanepar segue normas ambientais rigorosas, garantindo que a água devolvida ao meio ambiente esteja dentro dos padrões de qualidade estabelecidos pelos órgãos reguladores. Cada vez mais aprimorado, o trabalho das ETEs atinge uma taxa de quase 90% de eficiência e de conformidade às normas em 2025. Uma diferença de mais de 30% em relação a 2018.

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O diretor de Meio Ambiente e Ação Social, Julio Gonchorosky, explica que o processo contribui para a resiliência dos rios. “Dada a qualidade de tratamento do esgoto hoje, conseguimos colocar água com melhor qualidade de volta aos rios. Portanto, quando ele chega ao final do seu curso, a água que antes era poluída e imprópria, se torna própria para outros usos”, afirma.

Com esse processo, além de gerar ganhos ao meio ambiente, o tratamento eficiente do esgoto impacta diretamente na saúde da população e protege ecossistemas aquáticos, reduzindo o impacto de substâncias que poderiam comprometer a fauna e a flora dos rios. “A exposição ao esgoto não tratado ou mal tratado e água de má qualidade pode gerar danos a todos, mas principalmente à população infantil”, reforça.

A Sanepar investe continuamente em novas tecnologias para aprimorar seus processos, incluindo métodos avançados de filtragem e remoção de micropoluentes, reforçando seu compromisso com a sustentabilidade e a segurança hídrica do Estado.

IMPACTOS NA SAÚDE – O Instituto Trata Brasil lançou o estudo “Saneamento é saúde: como a falta de acesso à infraestrutura básica impacta na incidência de doenças (DRSAI)”. Os dados revelam que, entre 2008 e 2024, o Paraná teve redução de 3,6% nas mortes de crianças de zero a quatro anos e de 5,9% em crianças de cinco a nove anos. O saneamento é responsável por grande parte dessa melhoria na saúde.

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Gonchorosky ressalta que os ganhos para a população com o esgoto bem tratado e com a melhoria no meio ambiente também deve gerar responsabilidade coletiva. Além do trabalho das ETEs, a conscientização da população sobre o descarte correto do lixo e de resíduos, como medicamentos e produtos químicos, é fundamental para manter a qualidade dos mananciais e garantir um futuro com água segura para todos.

COMO É O TRATAMENTO – Nas Estações de Tratamento da Sanepar o fluxo envolve diversas etapas. Primeiro, a água passa por um processo de separação dos resíduos sólidos mais pesados, como areia e detritos. Em seguida, ocorre a remoção de materiais orgânicos e impurezas por meio de processos biológicos e químicos, nos quais os microrganismos degradam a matéria orgânica. Depois, a água segue para a etapa de desinfecção, onde recebe tratamento com produtos específicos para eliminar outros microrganismos nocivos à saúde.

Só então, após rigorosas análises para garantir que atende aos padrões ambientais, essa água tratada é devolvida aos rios, contribuindo para a manutenção do ciclo hídrico e para a preservação dos recursos naturais.

Conheça AQUI mais sobre o trabalho de coleta e tratamento de esgoto.

Fonte: Governo PR

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