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Alunos de escola estadual de Umuarama criam robô autônomo com citronela contra a dengue

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Embora os casos de dengue no Paraná no início deste ano estejam abaixo da média registrada no mesmo período em 2024, a vigilância deve ser permanente. Uma turma de alunos do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Vereador José Balan, no município de Umuarama, sabe disso e estendeu os cuidados para o ambiente escolar construindo um protótipo de robô autônomo para auxílio no combate ao Aedes Aegypti em sala de aula.   

A iniciativa dos estudantes é também um exemplo de como a introdução da tecnologia no processo de ensino e aprendizagem na rede estadual de ensino faz a diferença na formação dos jovens, estimulando a inovação e o empreendedorismo.  

Sob os olhares atentos do professor Maikon Douglas Schmidt, a turma desenvolveu um robô equipado com sensores e programado para operar de forma autônoma. Para repelir o mosquito, uma solução líquida de citronela foi acoplada a um umidificador no protótipo, dispersando o vapor de citronela durante o funcionamento e aproveitando suas propriedades repelentes. 

O projeto integrou os conhecimentos de robótica que os alunos aprenderam ao longo das aulas, aliado a pesquisas científicas sobre a eficácia da citronela. Durante o processo entre montagem e programação, foram utilizados vídeos instrutivos do componente curricular de robótica no RCO, um programa ofertado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) para toda a rede com sugestões pedagógicas e de metodologias na complementação do aprendizado. 

Em seguida, o carrinho foi programado com códigos que permitiram sua movimentação autônoma e capacidade de desvio de obstáculos, com vários testes realizados para verificar a aplicabilidade do protótipo.

“Tomamos o cuidado de realizar os testes em horários em que os alunos não estivessem em sala de aula, assegurando um processo preventivo seguro e eficaz”, explica o professor. A avaliação dos resultados incluiu pesquisa bibliográfica e análise da performance do robô, demonstrando a viabilidade do uso de tecnologias sustentáveis e de baixo impacto no combate à dengue no contexto escolar.

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O secretário estadual da Educação, Roni Miranda, destaca o papel da tecnologia na formação dos estudantes. “Cada vez mais próxima ao processo de ensino e aprendizagem, a tecnologia desempenha papel importante no preparo dos estudantes para o futuro. É um orgulho acompanhar nossos alunos se preocupando com a saúde no ambiente escolar e utilizando o conhecimento que adquiriram com a robótica para criarem soluções e condições necessárias para isso”, celebra.

CONTROLE REMOTO – De acordo com um dos criadores do robô, o estudante Gustavo Lima de Araujo, para a construção do protótipo, foi utilizado um Kit Chassi 2WD. que é um conjunto de peças que compõem a estrutura básica de carrinhos de controle remoto. “No começo, montamos o carrinho com os sensores ultrassônicos para detectar e desviar de obstáculos. A programação foi desenvolvida para que o robô executasse essas manobras de forma autônoma, garantindo sua funcionalidade em diferentes espaços”, destaca. 

Para montar o carrinho, o grupo de estudantes usou materiais como cabos USB; sensores de distância; bateria de lítio, notebook; placas, garrafas pet, álcool e caixas de papelão, entre outros.

“Durante o funcionamento, o robô dispersou a citronela em forma de vapor, aproveitando suas propriedades repelentes. A aplicação foi no horário do intervalo do almoço, com a sala vazia”, reforça Ana Julia Dos Santos França, que também faz parte do grupo. 

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AMEAÇA – A dengue é uma ameaça à saúde pública com grande potencial de epidemia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No município de Umuarama, os casos de dengue aumentaram rapidamente no ano passado, época do desenvolvimento do protótipo, afetando diversos setores, entre eles o da educação.

No Colégio Estadual Vereador José Balan, onde o ensino é integral e estudantes e profissionais passam a maior parte do dia, o espaço escolar demonstrou ser ideal para a implementação de medidas preventivas contra o mosquito Aedes Aegypti. “Além de proteger a saúde de todos, a prevenção da dengue no ambiente escolar contribuiu para a continuidade do processo de aprendizagem, reduzindo as ausências de nossos colegas por causa da doença”, avalia o estudante Gustavo Dosso Francischini da Silva. 

“Com o uso da citronela, o projeto ofereceu uma solução prática e de baixo custo e impacto para ajudar a conter a proliferação do mosquito no ambiente urbano”, arremata outro integrante  da equipe, Vitor Gabriel Borges Barboza.

CUIDADOS COM A DENGUE – Seja em casa ou na escola, para evitar a proliferação do mosquito, é necessário não deixar água parada sem proteção, como caixas d’água e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de plantas. Garrafas pet e outros recipientes vazios também devem ser entregues à limpeza pública. Vasos e baldes vazios devem ser colocados de boca para baixo. Pneus velhos devem ser cobertos ou recolhidos pela limpeza pública. 

Outra forma de prevenção é limpar diariamente as cubas de bebedouros de água mineral e de água comum e secar as áreas que acumulem água de chuva.

Fonte: Governo PR

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PARANÁ

Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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