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Alunos da rede participam de seletivas para olimpíadas internacionais de astronomia

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Dois estudantes da rede estadual de educação poderão integrar equipes que representarão o Brasil na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA) e na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), que acontecem neste ano.

Ryan Demetrius de Oliveira Borges, do Colégio Estadual Antônio Xavier da Silveira, em Irati, e Erán Martinez Ramos, do Colégio Estadual do Paraná (CEP), em Curitiba, estão entre os 200 estudantes brasileiros selecionados para participar da prova final que definirá quem serão os 10 integrantes das equipes que participarão das competições internacionais.

Eles estiveram entre os 8 mil alunos convidados a participar do processo seletivo devido ao bom desempenho na prova teórica da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) 2022, realizada pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e pela Agência Espacial Brasileira (AEB). O exame, que aconteceu em maio do ano passado, foi realizado por quase 1,2 milhão de alunos de todos os anos do ensino fundamental e médio no Brasil.

Todos os alunos do 9º ano do ensino fundamental que tiraram notas a partir de 9 na prova da OBA, assim como todos os estudantes do ensino médio que tiraram notas acima de 7, foram automaticamente convocados para participar do processo seletivo para as competições internacionais.

O processo começou com três provas online, que aconteceram entre outubro e dezembro de 2022. Após a terceira avaliação, foram selecionados os 363 alunos de redes públicas e privadas com as maiores médias. Eles são os que participarão da prova final presencialmente, em março, em Barra do Piraí (RJ). Nela, será preciso resolver questões teóricas e de observação real do céu.

TREINAMENTO – Os 40 estudantes aprovados nessa etapa final começarão, então, o treinamento para as olimpíadas internacionais, que durará de abril a julho. Após o treinamento, serão escolhidos cinco alunos para a Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (que deve acontecer em agosto, na Polônia) e outros cinco para a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica — que acontecerá no Panamá, em data a ser definida

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“Estou me preparando para as provas estudando desde astrofísica, astronomia observacional até mecânica celeste. Faço isso durante umas quatro horas por dia,  seis dias por semana”, conta Ryan (16), que cursa a 3ª série do ensino médio no Colégio Estadual Antônio Xavier da Silveira.

O estudante iniciou, como aluno monitor, um projeto para incentivar os colegas da escola a participarem de olimpíadas científicas, como a Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), uma modalidade da OBA. “Nesse último ano, conseguimos 19 medalhas de ouro para nossa escola na MOBFOG e ficamos muito felizes com essa conquista”, explica.

Outro representante da rede pública do Paraná nas seletivas, o aluno Erán (15) conta que está animado com a possibilidade de participar de uma competição internacional, conhecendo professores renomados na área da astronomia e trocando experiências com alunos do mundo todo que têm os mesmos interesses que ele. 

O estudante se prepara agora para a prova presencial com a ajuda de sua mãe e de professores do Colégio Estadual do Paraná, onde cursa a 2ª série do ensino médio. “Tenho que ter uma preparação diferente das outras, já que haverá duas etapas: a teórica e a prática. A parte teórica engloba vários cálculos da astronomia e conceitos da física. A parte prática é reconhecer os objetos do céu”, afirma.

O aluno participa da Equipe de Ciências Espaciais Longe Lateqve, do CEP, coordenada pelo professor Amauri José da Luz Pereira, que também é responsável pelo observatório astronômico e pelo planetário da instituição de ensino. O professor conta que auxiliará Erán com um treinamento específico de instrumentação astronômica e de reconhecimento do céu no planetário. 

“Na parte de céu, tenho certeza de que ele vai muito bem. Ele participa do clube de astronomia desde criança, tem um telescópio em casa. Desde muito pequeno manifesta interesse pela astronomia”, diz Amauri. “É incrível ver um aluno chegar tão longe. É uma sensação de dever cumprido”.

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MEDALHISTAS DE IRATI – O Colégio Estadual Antônio Xavier da Silveira, em Irati, teve 19 estudantes premiados com medalhas de ouro na MOBFOG 2022. Eles tiveram de lançar foguetes que eles mesmos construíram, com garrafas PET, a fim de obter o maior alcance horizontal possível. Já na prova teórica da OBA, o colégio teve dois medalhistas de ouro, que gabaritaram a prova: Bruna de Souza, além de Ryan — que também conquistou medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Investimentos (OBInvest 2022) e de prata na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC 2022).

O colégio se destacou, ainda, pela participação dos estudantes no programa Caça aos Asteroides MCTI, uma parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o International Astronomical Search Collaboration (IASC). Os alunos que participaram da iniciativa puderam analisar imagens do telescópio do projeto Pan-STARRS (do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí) em busca de objetos celestes.

PARCERIA COM A NASA – O estudante Erán participa da equipe do Colégio Estadual do Paraná que programará dispositivos que serão enviados à Lua para coletar dados do satélite natural. A atividade é desenvolvida dentro do projeto de astronomia cidadã GLEE — Great Lunar Expedition for Everyone (Grande Expedição Lunar para Todos, em tradução livre), uma iniciativa da NASA em parceria com a Universidade do Colorado em Boulder, nos Estados Unidos.

Em novembro de 2022, os estudantes receberam da Universidade do Colorado uma caixa com os dois dispositivos a serem programados. Chamados de LunaSats, eles são placas eletrônicas que farão a coleta de dados ambientais da superfície lunar. Os objetos devem ser programados e devolvidos aos Estados Unidos em 2023. Então, as placas chegarão à Lua em 2024, quando está programado o lançamento da segunda etapa do programa Artemis, da NASA.

Fonte: Governo do Paraná

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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