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Alunos da rede estadual se engajam no combate à dengue no Paraná

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O combate ao mosquito transmissor da dengue ganhou importantes aliados no Paraná. Alunos de escolas da rede estadual de ensino estão se tornando agentes de transformação para além da sala de aula, disseminando informações e auxiliando as comunidades na prevenção da proliferação do Aedes aegypti.

A mobilização é fruto de ações de conscientização implementadas nos colégios pelos próprios professores. As atividades alertam para os perigos da doença e incentivam práticas simples, como o descarte correto de recipientes que acumulam água, o uso de repelentes e a limpeza adequada dos espaços domésticos.

Para reforçar a importância da prevenção, alunos do Colégio Estadual Professor William Madi, de Cornélio Procópio (Norte Pioneiro), cidade que já registrou 540 casos no atual período epidemiológico, realizaram na semana passada uma blitz pedagógica no entorno da escola. A atividade foi proposta pela professora Maria de Fátima Pereira da Silva, do componente curricular de ciências e práticas experimentais.

Acompanhados por agentes do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitário (BPEC), os alunos abordaram motoristas e pedestres, entregando sacos de lixo e também panfletos informativos para o descarte correto de materiais, como dejetos e entulhos, que possam favorecer a proliferação do mosquito.

Outra ação proposta pela escola visa estimular a criatividade dos estudantes no combate à doença. “Estamos promovendo um concurso envolvendo toda a escola, no qual os alunos vão criar um slogan e uma imagem sobre o tema, e os mais criativos vão ganhar prêmios. É uma maneira de ensinar, prevenir e conscientizar ao mesmo tempo”, destaca a professora Thaiane Aline Machado.

MATEMÁTICA NO COMBATE – Em Manoel Ribas, na região central do Estado, professores do Colégio Indígena Gregório Kaekchot uniram o aprendizado da matemática à prevenção, por meio da disciplina de estatística, na qual os estudantes aprendem a elaborar gráficos e tabelas.

A partir do levantamento de dados numéricos referentes à transmissão de casos da doença nas regiões próximas da escola, os alunos elaboraram gráficos que serviram para mapeamento dos locais de maior risco.

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O material foi interpretado e utilizado na formulação de estratégias que contemplaram desde o combate aos focos até a confecção de boletins informativos na língua kaingang. A ação envolveu mais de 900 alunos. “Mostramos a eles que a matemática pode ter mais utilidade do que contas de somar ou dividir, que ela pode ser útil em outras áreas também”, ressalta a professora Ana Paula Heerdt.

“A área indígena precisa de um cuidado ainda mais especial, já que as casas e as próprias pessoas vivem muito próximas. Por isso, a importância de fomentar e articular políticas, projetos e ações dentro da comunidade escolar para o combate ao mosquito”, completa a diretora da escola Cristiane Laureth.

PALESTRAS – Para informar de forma direta e eficaz sobre a importância de combater a dengue, diversas escolas da rede cederam espaço para a visita de especialistas que compartilharam com a comunidade escolar estratégias e ferramentas que podem ser adotadas na luta contra a doença.

Em Santo Antônio da Platina, técnicos do projeto “A Saúde Vai à Escola”, programa da Secretaria Municipal de Saúde, promoveram uma palestra para os alunos do Colégio Estadual Tiradentes. Os estudantes puderam tirar dúvidas e aprofundar seus conhecimentos a respeito da doença.

O Colégio Estadual do Parque Itaipu, em Maringá, no Noroeste do Estado, também abriu as portas para os profissionais da saúde. Por meio de uma roda de conversa, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com o Núcleo Regional de Educação de Maringá (NRE) e o Serviço Social do Comércio (Sesc Paraná), os alunos do 6º ao 9º ano tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas e compartilhar experiências, reforçando o alerta sobre os cuidados necessários.

Carlos Henrique Damasceno, professor de ciências da natureza, foi um dos incentivadores da iniciativa. “Nosso objetivo é que os alunos possam agir em seus bairros, tirando fotos de possíveis criadouros, trazer para a sala de aula, e também orientar familiares e vizinhos, atuando como multiplicadores de ações de prevenção”, diz.

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Ana Melissa Alves Dias, de 14 anos, está matriculada no 7° ano. A estudante já teve dengue e precisou ficar internada. Ela reconhece a importância das ações. “Minha pressão baixou muito. Fiquei bem mal durante dias. Por isso, é importante a conscientização. Para que ninguém precise passar por isso para entender a importância da prevenção”, explica.

Kevin Faria de Andrade, do 8º ano, já sabe onde os mosquitos costumam se reproduzir. “É uma doença muito perigosa que pode levar até a morte. Por isso a população tem que ficar alerta para não deixar água parada dentro de pneus, sacolas, garrafas, tampinhas”, completa.

NA PRÁTICA – Além do diálogo, outras ações práticas também foram implementadas pelos alunos a partir dos conhecimentos adquiridos em sala de aula. No Colégio Estadual Cívico Militar Stella Maris, em Andirá, alunos 6° ano desenvolveram uma iniciativa para ajudar na identificação do lixo. Eles confeccionaram adesivos especiais que foram colados em sacos plásticos reforçados, indicando claramente o conteúdo.

A medida permite que as equipes sanitárias identifiquem facilmente os descartes com potencial foco de dengue e providenciem a destinação correta para esses resíduos.

Já em Londrina, na região Norte, estudantes do Colégio Estadual Vicente Rijo foram às ruas. Acompanhados pelas equipes pedagógicas, eles participaram de ações de recolhimento de lixo e limpeza de terrenos baldios, eliminando criadouros do mosquito.

“Ao propagar informações sobre a dengue integrando-as a várias disciplinas, como ciências, geografia, saúde e até mesmo matemática, os professores da rede incluem a prevenção no currículo escolar de forma interdisciplinar e relevante para a vida cotidiana dos alunos”, destacou o secretário de Estado da, Educação, Roni Miranda. “Com isso, nossos estudantes têm se tornado verdadeiros agentes de mudança em suas comunidades”.

DENGUE – O atual período epidemiológico já registra 58.567 diagnósticos confirmados no Paraná. Com 12.637 novos casos, o boletim dessa semana registrou a maior confirmação do ano.

Fonte: Governo PR

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Municípios já podem aderir ao incentivo de R$ 159 milhões para crianças e adolescentes

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Os municípios Paraná já podem formalizar a adesão ao incentivo financeiro do Governo do Estado que destina R$ 159 milhões para ações de fortalecimento da Política da Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes em todo o Paraná. O repasse foi liberado no início do mês pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Os recursos, oriundos do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA), deliberados pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA-PR) e administrados pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e Família (Sedef), serão repassados na modalidade fundo a fundo e poderão ser usados de maneira autônoma pelas cidades.

“Este é um momento importante para que cada município possa atender às suas necessidades específicas, de acordo com a realidade local. Estamos dando um passo significativo na construção de políticas públicas voltadas para nossas crianças e adolescentes”, afirma o secretário estadual do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni.

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Os valores poderão ser utilizados em materiais de consumo, pedagógico e esportivo, materiais de higiene e limpeza, artesanato e recreação, além do desenvolvimento de materiais de áudio, vídeo e foto, despesas com impressão de materiais gráficos, alimentos perecíveis e não-perecíveis, veículo e móveis.

Os termos de adesão devem ser preenchidos pelos municípios nos próximos dias através do Sistema de Acompanhamento do Cofinanciamento Estadual Fundo a Fundo (SIFF). As orientações sobre o incentivo estão na Deliberação 013/2025-CEDCA/PR. O documento traz detalhes, como prazos, itens de despesas e valores destinados para cada município.

Carboni ressalta a importância da regularização de saldos encerrados e da prestação de contas. “É fundamental que os prefeitos estejam atentos a essas questões para garantir a aptidão em novas adesões e o encerramento adequado do processo”, destaca.

O secretário orienta os prefeitos a tomarem algumas ações. “Caso identifiquem pendências ou saldos, é necessário enviar um e-mail para duvidassiff@sedef.pr.gov.br, solicitando as orientações necessárias. Além disso, é essencial manter os extratos bancários atualizados mensalmente no SIFF”, explica.

Cada município receberá, no mínimo, R$ 250 mil. Do total dos recursos disponíveis, dois municípios vão receber R$ 250 mil; 246 cidades receberão entre R$ 300 mil e R$ 400 mil; 137 devem receber entre R$ 400 mil e R$ 500 mil; 12 vão receber entre R$ 600 mil e R$ 700 mil; um município receberá R$ 800 mil; e Curitiba, devido ao porte, receberá R$ 1,5 milhão.

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REQUISITOS – Todas as cidades paranaenses estão elegíveis para receberem os recursos, desde que tenham realizado sua adesão e desenvolvam projetos e programas seguindo os eixos da garantia de direitos, como vida e saúde; respeito à dignidade; convivência familiar e comunitária; educação, cultura, esporte e lazer; profissionalização; e fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Fonte: Governo PR

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