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Alunos da rede estadual com Transtorno do Espectro Autista recebem educação inclusiva

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O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, 2 de abril, foi criado para fomentar a reflexão sobre a importância da abordagem aberta do tema, com foco na inclusão em todas as esferas da sociedade. Nas escolas da rede estadual do Paraná, o apoio de equipes especializadas para atendimento deste público, somado à implementação de 2.501 salas de recursos multifuncionais, tem sido fundamental no desenvolvimento pedagógico dos alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Na rede estadual de educação do Paraná são 8.630 estudantes com o diagnóstico. Os alunos que precisam de apoio para o aprendizado são acompanhados no turno da série de matrícula pelos 2,2 mil professores capacitados que atuam na rede.

Também são disponibilizados outros recursos para esses estudantes, como as salas para atendimento a estudantes com deficiência intelectual e transtornos funcionais específicos, incluindo o autismo. Cerca de 2,8 mil professores especializados atuam como mediadores, desenvolvendo um trabalho colaborativo com os professores de diferentes disciplinas, propondo estratégias didáticas adequadas ao perfil de aprendizagem de cada estudante.

O Atendimento Educacional Especializado, chamado de AEE, pode ser feito no turno regular, em caso de necessidade, mas acontece prioritariamente no contraturno escolar. Para as escolas em tempo integral é ofertado o Atendimento Educacional Especializado Integral.

“O Paraná é um dos poucos estados a proporcionar esse atendimento personalizado, com o professor especializado em Educação Especial no turno da escolarização do estudante com TEA. Este profissional atua em conjunto com os professores dos componentes curriculares, para que o estudante desenvolva seu potencial e se sinta apoiado nas suas necessidades”, explica Roni Miranda, secretário da Educação.

“Essa rede é fundamental para o desenvolvimento intelectual e social dos nossos alunos. Esse trabalho e esses recursos têm contribuído para uma educação cada vez mais consciente e inclusiva”, reforça Maíra de Oliveira, chefe do Departamento de Educação Inclusiva (Dein) da Seed.

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PROFESSORES – Além dos estudantes, alguns professores, também com TEA, contribuem para a criação de um ambiente escolar mais acolhedor e inclusivo. Idovino Cassol Júnior, 42 anos, é um deles. Ele é professor, escritor, ilustrador e quadrinista.

Idovino trabalha com Filosofia na Educação Especial no Colégio Estadual Rosilda de Souza Oliveira, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele conta que se assustou quando recebeu o diagnóstico de TEA por medo do preconceito.

“Sentia que ficaria aceso em neon na minha testa. O peso do que os outros pensariam era grande, mas a necessidade me fez ir atrás do laudo e entender meu próprio funcionamento foi importante para saber os meus limites e até habilidades diferenciadas das quais posso me valer em vez de tentar emular comportamentos que eu julgava como normais. Posso ser eu mesmo. Foi libertador”, relembra.

Uma das habilidades, o desenho, foi transformada em histórias em quadrinhos. Depois veio a escrita. “Desde a infância crio histórias e tenho muitos rabiscos antigos guardados”, diz. A necessidade de divulgar o material autoral fez surgir a Editora Equipe Bugio. E já foram nove livros publicados, que vão do gênero infantojuvenil à fantasia, ação e terror. Um décimo livro está a caminho. Destes, alguns possuem personagens dentro do TEA.

Sobre o Abril Azul, dedicado a debates sobre o tema, Idov, como é conhecido entre os amigos, considera uma forma de dar visibilidade e desmistificar algumas questões. “Por mais que se fale em autismo na atualidade, ainda existe muita informação incompleta ou errônea. Datas como estas são oportunidades para divulgar verdades sobre o tema”, complementa.

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Fulvio Pacheco, 47, também é professor da rede, além de capacitador e quadrinista. Professor de Artes do Centro Estadual de Capacitação em Artes Guido Viaro, em Curitiba, Fúlvio só se descobriu autista quando o filho Murilo, hoje com 16, foi diagnosticado, aos 3 anos de idade. O docente ministra cursos a partir do desenho para professores que atuam com crianças com TEA em sala de aula. Para ele, os autistas aprendem melhor através de imagens. Ele próprio, antes mesmo do diagnóstico, já sabia disso.

“Sempre tive hiperfoco, uma concentração intensa em tudo que se relacionasse às artes”, diz. Tanto que se tornou desenhista de histórias em quadrinhos. Criou o perfil no Instagram Relatos Autistas, com histórias em quadrinhos sobre o tema. Também é funcionário da Gibiteca, localizada na Capital. “Em conversas e com a convivência, percebo cada vez mais que boa parte dos quadrinistas é autista”, revela.

O rapaz que tinha mania de morder os dedos e se achava um tanto excêntrico antes do diagnóstico hoje coordena o braço paranaense da Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas Autistas (Abraça) e promove bate-papos e exposições de artistas com TEA.

“Ser diagnosticado é mais importante do que se pensa até para que possamos trabalhar questões complexas que vivenciamos em terapias e até com o uso de medicação em alguns casos. E, sim, precisamos falar sobre o autismo, divulgar, para que pessoas como eu possam se entender e se encontrar, além de derrubar as barreiras em torno do tema”, arremata.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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