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Acervo histórico do Tecpar é incorporado pelo Museu de Ciências Naturais da UEPG

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O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) firmaram uma parceria para a preservação da memória histórica do instituto, que em 2025 completa 85 anos de existência. Nesta terça-feira (22), representantes das duas instituições assinaram um acordo que prevê a incorporação de itens do acervo histórico do Tecpar pelo Museu de Ciências Naturais da UEPG.

A cooperação faz parte das comemorações do aniversário do Tecpar, que acontece no mês de junho, e fortalece a valorização, preservação e difusão do legado do instituto, que teve um papel fundamental para o desenvolvimento da ciência, desde 1940. Além da relevância histórica e cultural, o acervo é uma valiosa fonte de pesquisa.

O diretor-presidente do Tecpar, Celso Kloss, ressalta que, com a parceria, é possibilitado o acesso de itens da história do desenvolvimento científico do Paraná à população científica, em um museu reconhecido no Estado. “A disposição desse rico acervo ao museu garantirá o cumprimento de sua função social”, disse Celso Kloss. “Colocando o acervo à disposição do público e pesquisadores interessados, permitimos a continuidade da construção do conhecimento científico”, salientou Kloss.

O reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Miguel Sanches Neto, destaca que as amostras que irão para o museu têm grande potencial científico e histórico tanto para os visitantes do espaço quanto para a comunidade acadêmica.

“Os visitantes poderão conhecer um pouco mais da história da geologia do Paraná, bem como o potencial de geração de riquezas desse material. Por outro lado, o nosso Museu de Ciências Naturais também é um espaço de pesquisa e esse acervo estará mais acessível aos pesquisadores que se interessem pelo assunto para realização de estudos”, observou.

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O diretor-geral da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Jamil Abdanur Júnior, avalia que o acervo que passa a ser incorporado pela UEPG é considerado um tesouro geológico do Paraná. “É um acervo significativo que conta a história geológica do Paraná e do Brasil. É um gesto nobre do Tecpar ao disponibilizar esse verdadeiro tesouro, que poderá ser visto pela população e estudado por professores, acadêmicos e pesquisadores”, afirmou

COLEÇÃO DE ROCHAS – Um dos destaques do acervo é a coleção com cerca de 2 mil amostras de rochas e minerais de todas as regiões do Brasil, coletadas pelo geólogo alemão Reinhard Maack e sua equipe entre 1940 e 1960, e outros objetos relacionados ao seu trabalho.

Os itens possuem ligações com as pesquisas desenvolvidas no período em que Maack prestou serviços à Divisão Científica de Mineralogia, Geologia e Petrografia do Instituto de Pesquisas Biológicas e Tecnológicas (IBPT), como era chamado o Tecpar até a década de 1970. Reconhecido mundialmente por suas contribuições científicas, ele veio para o Brasil aos 31 anos, onde atuou como pesquisador e professor no Museu Paranaense e na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

No IBPT, pesquisou sobre agrogeologia, geologia, mapeamento das águas minerais e trabalhou em levantamentos geológicos. Em 1944, elaborou o primeiro Mapa Fitogeográfico do Estado do Paraná (mapeamento de tipos de plantas e de solo), e durante a Segunda Guerra Mundial, descobriu o Pico do Paraná – o maior ponto orográfico do Estado – ponto específico em uma região montanhosa ou de relevo elevado.

Precursor no ensino e pesquisa em geociências no Paraná, Maack é considerado o pai da geografia e geologia do Estado.  Suas pesquisas e levantamentos são utilizados como base para a elaboração de mapas até os dias atuais.

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MAQUETE – Outro item que chama a atenção é a maquete da Usina de Aproveitamento do Xisto Pirobetuminoso. Além de se tratar de um bem cultural histórico com mais de 70 anos, a maquete montada pelo pesquisador e mineralogista Ludwig Johann, entre o fim da década de 1940 e início da década de 1950, encanta por sua dimensão robusta e riqueza de detalhes.

O pesquisador austríaco naturalizado brasileiro foi responsável por liderar as pesquisas na Divisão Experimental de Combustíveis do IBPT, de 1948 a 1966. Na época, a divisão estudava as jazidas de xisto existentes no Paraná e as possibilidades do aproveitamento industrial e econômico do xisto pirobetuminoso de São Mateus do Sul.

Acreditando se tratar de uma fonte de energia em potencial, Weber montou a maquete idealizando a instalação de uma usina para aproveitamento do minério no Estado.

Na relação de bens culturais do Tecpar incorporados pela UEPG constam, ainda, equipamentos laboratoriais, balanças, microscópios, móveis, uma câmera fotográfica de campo e uma cópia do Mapa Geológico do Paraná de 1955, entre outros itens.

PRESENÇAS – A solenidade contou com a presença de Antônio Liccardo, do Departamento de Geociências da UEPG e coordenador do Museu de Ciências Naturais; de Lanes Randal Prates Marques, diretor de Tecnologia e Inovação do Tecpar; de Iram de Rezende, diretor Industrial da Saúde do Tecpar; e de Hosana Lopes Francisco, gerente da Divisão de Relações Públicas do Tecpar; além dos assessores da Seti Renê Wagner Ramos, Claudia Rejane Almeida Santos e Daniela Skrepec do Livramento da Silva.

Fonte: Governo PR

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Pistas de concreto: a escolha ambientalmente correta das rodovias do Paraná

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Maior durabilidade e segurança, menos emissão de CO2 com redução na média das temperaturas urbanas, alto potencial de reciclagem e garantia do bem-estar animal. Esses são alguns dos benefícios ambientais do programa de pavimentação de rodovias em concreto em execução pelo Governo do Paraná. Ao todo, são 13 diferentes trechos que somam cerca de 340 quilômetros entre projetos concluídos, em execução ou planejados, com investimento superior a R$ 1 bilhão.

Entre as estradas que foram pavimentadas por meio da concretagem, destaque para a PRC-280, que liga o Oeste e o Sudoeste do Estado, e a fase inicial da Rodovia dos Minérios, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, ambas já concluídas. Outros exemplos em andamento são o Corredor Metropolitano de Curitiba e as ligações entre Guarapuava e Turvo e entre Matinhos e Pontal do Paraná.

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Coordenadora do setor de Licenciamento e Empreendimentos Viários do Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), Zilda Romanovski explica que a substituição da manta asfáltica por concreto otimiza a relação entre o meio ambiente e a urbanização. Cita, como exemplo, o impacto direto no clima. Segundo ela, a temperatura média de construções em asfalto gira em torno de 46ºC, reduzindo cerca de 10ºC nas intervenções em concreto.

“A claridade do concreto reflete mais luz solar, ao contrário do asfalto, que a retém. Isso faz com que a temperatura de uma pista em concreto, por exemplo, fique na casa dos 36ºC, ou seja, consideravelmente mais baixa do que os pisos em asfalto”, afirma a coordenadora. “Vale lembrar que a redução das temperaturas médias é um dos grandes objetivos do Paraná em tempos de mudanças climáticas. Por isso a utilização do concreto nas rodovias nos coloca vários passos à frente nessa caminhada pelo bem-estar ambiental”, complementa Zilda.

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Essa diminuição é essencial para combater o fenômeno chamado “ilhas de calor”, concentrado em centros urbanos. “Com o resfriamento das vias o consumo de energia diminui, os riscos de incêndios florestais caem e a qualidade de vida da população melhora. Além disso, os animais silvestres que caminham pelas rodovias têm mais segurança e menos riscos de sofrer queimaduras”, diz a técnica.

Chefe do escritório regional do IAT em Toledo, Volnei Bisognin ressalta que o projeto está em sintonia direta com as diretrizes ambientais estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU). “O Brasil tem metas ousadas para a redução do CO₂, estabelecidas nos acordos da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) de 2024. E, mais uma vez, o Paraná sai na frente ao priorizar o concreto em ligações rodoviárias importantes do Estado”, destaca ele.

“Ao contrário da massa asfáltica, o concreto não leva petróleo, que é um dos responsáveis pela emissão de gases do efeito estufa, na sua composição. Assim, ecologicamente e economicamente, o concreto tem muito mais vantagens”, acrescenta Bisognin.

O diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), Fernando Furiatti, afirma que a vantagem ambiental do piso de concreto é confirmado por um estudo elaborado pela autarquia. “Realizamos um estudo em parceria com a Votorantim, utilizando a PRC-280 entre Palmas e o Trevo Horizonta, em General Carneiro, com análise dos dados pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV, levando em consideração desde a extração da matéria-prima até a manutenção da pista, anos após sua conclusão, que comprovou a vantagem do pavimento rígido quanto às emissões de CO₂”, aponta. “A obra de restauração em concreto da PRC-280 utilizando a técnica whitetopping é pioneira no Paraná, combinando inovação e sustentabilidade. Além do conforto e segurança proporcionado pelo pavimento rígido de concreto, ao longo de sua vida útil ele resulta em uma emissão menor de gás carbônico em relação ao pavimento asfáltico”, conclui.

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MAIS BENEFÍCIOS – Os benefícios, porém, vão além. A instalação otimizada e a produção do concreto consomem menos recursos não-renováveis que o asfalto. Além disso, ao não levar petróleo na combinação, reduz significativamente a emissão de gás carbônico, impactando na melhoria da qualidade de vida da população.

Já na parte da instalação, o concreto também requer uma escavação mínima, diminuindo os custos de movimentação do solo e a produção de resíduos. Além disso, uma grande vantagem desse tipo de pavimento é que é possível reciclar o concreto.

Um dos métodos da instalação é o chamado whitetopping, que consiste na aplicação de uma grossa camada de concreto por cima de uma manta asfáltica já existente. Essa técnica barateia a obra, além de torná-la ainda mais rápida e prática. O trecho entre General Carneiro e Palmas foi o primeiro do Paraná a ser revitalizado por meio da tecnologia, em março de 2023.

Lista de obras em concreto:

– Três lotes da revitalização da PRC-280 (General Carneiro a Pato Branco)

– Revitalização da ligação entre Goioerê e Quarto Centenário

– Duplicação do Contorno Oeste de Cascavel

– Duplicação da ligação entre Guarapuava e Turvo (três lotes)

– Duplicação da ligação entre Matinhos e Pontal do Paraná

– Pavimentação da ligação entre Mandirituba e São José dos Pinhais

– Revitalização da PR-151, entre Ponta Grossa e Palmeira

– Corredor Metropolitano da Capital – Novo Contorno Sul de Curitiba.

Fonte: Governo PR

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