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Perturbação do sossego com som alto é jurisprudência no TJPR

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PERTURBAÇÃO DO SOSSEGO COM SOM ALTO É JURISPRUDÊNCIA NO TJPR

2ª Turma Recursal do TJPR considerou aferições técnicas e 9ª Câmara Cível reconheceu multa cominatória

17/12/2024

Atualizado há 6 dias

Os desembargadores da 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) julgaram, em outubro, recurso em ação de obrigação de fazer e danos morais por causa de som alto em festas em um condomínio em Londrina. Em outro caso, em Apucarana, os magistrados da 2ª Turma Recursal mantiveram a fundamentação utilizada na sentença de 1º Grau, em uma ação de obrigação de não fazer em relação a um bar que promovia aglomerações na rua e ruídos excessivos à noite. O conjunto probatório, com aferições técnicas realizadas pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Apucarana, foi suficiente para demonstrar que a paz e a tranquilidade dos moradores foram atingidas pelas atividades do estabelecimento.

O Juizado Especial Cível de Apucarana solicitou à Polícia Civil o fornecimento de cópia integral do Inquérito Policial instaurado para análise da existência, ou não, de poluição sonora. Os vídeos e depoimentos dos moradores, somados às aferições técnicas, demonstraram que os níveis de decibéis alcançados eram incompatíveis com o limite permitido. Dessa forma, permitiram aos magistrados condenar o bar a indenizar os autores da ação por dano moral. A dona do estabelecimento argumentou que sofreu perseguições com denúncias infundadas, mas não apresentou evidências de que isso teria de fato ocorrido.

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Direito ao sossego

Em Londrina, a ação foi ajuizada por um casal que foi morar no condomínio, em setembro de 2022. Em frente à casa deles, fica uma área comum chamada “Churrasqueiras 1 e 2”, destinada a eventos dos condôminos. Após a mudança, o casal observou que o regulamento interno não estava sendo respeitado, pois algumas festas iniciavam às 22h e terminavam às 3h, com música ao vivo, inclusive com uso de bateria, jogos de truco, gritos, karaokê e conversas altas. Os autores da ação realizaram diversas reclamações, por meio de aplicativo e em contatos diretos com a administração e a portaria do condomínio, com os seguranças, a Polícia Militar, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e o Ministério Público.

Em julho de 2023, após reclamarem na portaria de uma festa com som alto e com banda ao vivo, após as 22h, três homens que participavam do evento foram até a casa deles e os ameaçaram, com xingamentos e palavrões, dirigindo-se também à filha do casal. Diante dessa situação, os autores da ação fizeram boletim de ocorrência de perturbação do sossego e injúria e resolveram pedir auxílio à Justiça para lidar com os abalos morais provocados pela situação. O desembargador Roberto Portugal Bacellar explica, no acórdão, que “a imposição de multa cominatória mostra-se adequada ao caso, a fim de que o condomínio Agravante faça com que os condôminos cumpram as regras do regimento interno no tocante ao uso da churrasqueira, precisamente quanto à observância do direito do sossego dos Agravados”.

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Processo de Apucarana: 0003695-37.2022.8.16.0044

Processo de Londrina: 0053106-16.2024.8.16.0000

Com pesquisa, seleção e curadoria do Departamento de Gestão Documental do TJPR.

Fonte: TJPR

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Justiça

Revista Gralha Azul recebe artigos para nova edição com o tema “Direito e Literatura”

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REVISTA GRALHA AZUL RECEBE ARTIGOS PARA NOVA EDIÇÃO COM O TEMA “DIREITO E LITERATURA”

Periódico científico valoriza a produção de conhecimento jurídico e interdisciplinar no âmbito do Judiciário paranaense

30/05/2025

Atualizado há 3 dias

A Revista Gralha Azul, publicação científica oficial do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), está com chamada aberta para a submissão de artigos acadêmicos. Vinculado à Escola Judicial do Paraná (Ejud-PR), o periódico visa promover a difusão do conhecimento jurídico, fomentar o pensamento crítico e dar visibilidade às experiências transformadoras produzidas no âmbito do Poder Judiciário.

A edição mais recente da revista traz como temática central “Direito e Literatura”, convidando autores a refletirem sobre os cruzamentos entre o universo jurídico e o literário. A proposta é estimular a análise de como a ficção, a poesia e os textos clássicos podem contribuir para a compreensão de dilemas jurídicos, o fortalecimento da empatia e a promoção de uma atuação mais sensível e humanizada.

A publicação é aberta à participação de magistradas, magistrados, servidoras, servidores e demais profissionais do TJPR, além de profissionais externos da área do Direito. O envio dos artigos pode ser feito até o dia 23 de junho de 2025, para o e-mail: gralhaazul@tjpr.jus.br.

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Confira aqui as normas de submissão dos trabalhos e consulte as edições anteriores.

Fonte: TJPR

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