NOVA AURORA

PROJETO RETIRADO DA PAUTA

Taxa do agro no Paraná: entidade comemora ‘mobilização do setor produtivo’

Publicado em

Ideia do governador Ratinho Júnior era criar fundo com contribuição da área do agronegócio

 

A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) comemorou o fato de o projeto de lei que visa criar a “taxa do agro” ter sido retirado da pauta da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Formulada pelo poder Executivo, a proposta poderia ir para votação já na terça-feira (22). De acordo com a entidade, o avanço da discussão no Legislativo só não ocorreu em virtude da pressão dos agentes do setor agropecuário estadual.

+ Votação da taxa do agro é suspensa em Goiás

“A mobilização do setor produtivo fez o governo do Paraná retirar da pauta da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) o Projeto de Lei 498/22. A iniciativa autoriza o Executivo a criar o Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Logística do Estado do Paraná (FDI-PR)”, afirma a Faep em nota oficial. “A apresentação do texto pegou o setor agropecuário de surpresa nessa segunda-feira (21), quando o governo estadual enviou o texto à Alep”, prossegue a federação.

Leia Também:  Atividades rurais avançaram sobre o equivalente a 10,6% do território nacional em quase 40 anos

Ainda de acordo com a entidade, uma vez criada, a “taxa do agro” seria responsável por provocar prejuízos bilionários aos produtores rurais paranaenses. Antes da retirada do projeto da pauta da Alep, o presidente da Faep, Ágide Meneguette, chegou a afirmar que a questão resultaria no rombo de R$ 2 milhões para o setor agropecuário local.

“Hoje, tivemos uma demonstração da força que temos quando remamos juntos” — Ágide Meneguette

“Agradeço a todos os presidentes, diretores de sindicatos e líderes rurais que responderam prontamente ao nosso pedido de mobilização”, vibrou Meneguette após a confirmação de que a “taxa do agro” não seria mais analisada pelos deputados estaduais do Paraná — ao menos por ora. “A organização do sistema de representatividade sindical no Paraná é um exemplo não apenas para o Brasil, mas para o mundo. Estamos sempre à serviço de quem trabalha para o campo e, hoje, tivemos uma demonstração da força que temos quando remamos juntos”, continuou o dirigente.

Taxa do agro para obras de infraestrutura

Governador Ratinho Junior

Idealizado pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), o Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Logística do Estado do Paraná (FDI-PR) seria criado para angariar recursos aos cofres públicos para a realização de obras de infraestrutura, mas por meio de novas contribuições a serem pagas pela comercialização de produtos da agricultura e da pecuária. De acordo com ele, o dinheiro arrecadado iria financiar “o planejamento, estudos, execução, acompanhamento e avaliação de obras e serviços de infraestrutura logística em todo o território paranaense”.

Leia Também:  Na ExpoParanavaí, Piana diz que Paraná trabalha para abrir novos mercados para seus alimentos

Nesse sentido, a Faep destaca que a ideia de se criar o FDI-PR — também chamado de “taxa do agro” — partiu em meio “deterioração das rodovias estaduais”. A entidade lembra que as estradas estaduais voltaram a ser administradas diretamente pelo poder público em 2021, depois de um período de 25 anos de concessão à iniciativa privada. “O novo processo de concessão não foi conduzido nem pelo governo estadual e nem pelo governo federal.”

 

logo-canal-rural-top-bar

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

Published

on

By

Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

Leia Também:  Produtores de queijo de Laranjeiras do Sul e Guarapuava criam associação com apoio do IDR-Paraná

Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA