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Setor da carne bovina mantém otimismo apesar de incertezas externas

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O setor de carne bovina no Brasil atravessa um momento de relativa firmeza, impulsionado por uma combinação de alta nas exportações, valorização da arroba e demanda interna aquecida. Apesar de incertezas quanto ao mercado internacional, como o recente anúncio de tarifas de importação por parte dos Estados Unidos, a pecuária brasileira mantém boas perspectivas para o restante de 2025.

Atualmente, o país exporta cerca de 25% da produção de carne bovina, mantendo o restante no mercado interno. Essa proporção permite que o Brasil aproveite oportunidades externas sem comprometer o abastecimento doméstico, mesmo em um cenário de valorização da arroba, que nas principais praças do país já se aproxima ou ultrapassa os R$ 320. Os preços vêm subindo nas últimas semanas devido à menor oferta de animais prontos para abate e à demanda elevada com a proximidade da Páscoa e o aumento do consumo com o pagamento dos salários.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), que representa as maiores empresas do setor, informou que está avaliando os impactos das medidas anunciadas pelo governo norte-americano. A Abiec avalia que o momento favorece o Brasil no mercado internacional. Com os Estados Unidos enfrentando um ciclo de baixa oferta de gado para abate, a indústria norte-americana precisará de parceiros que garantam volume, qualidade e preço – uma lacuna que o Brasil tem condições de preencher, segundo a entidade.

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As exportações de carne bovina continuam aquecidas, com o Brasil registrando números recordes no primeiro trimestre. Além do volume, o preço médio em dólar também supera o de 2024. Segundo a Abiec, esse desempenho contribui para reduzir a oferta de carne no mercado interno, sustentando os preços.

A expectativa é de que a primeira quinzena de abril mantenha o ritmo de valorização da arroba. No entanto, com a chegada do outono e a tradicional “desova de fim de safra” – período em que o capim perde qualidade e o pecuarista intensifica a venda de animais – o mercado pode apresentar alguma pressão de baixa na segunda metade do mês. Ainda assim, analistas veem o cenário com viés de estabilidade, salvo mudanças abruptas no comércio internacional ou no consumo interno.

No mercado interno, a arroba do boi gordo segue valorizada. A oferta limitada de animais prontos para o abate e o avanço no consumo com o feriado da Páscoa e o pagamento dos salários puxaram as cotações para cima. O preço da arroba chegou a R$ 325 em São Paulo, R$ 320 em Goiás e Mato Grosso do Sul, e R$ 310 no Mato Grosso.

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No atacado, os preços permanecem estáveis, com o quarto traseiro cotado a R$ 25,50 o quilo e o dianteiro a R$ 18,50. A expectativa é de que a demanda interna mantenha-se firme, permitindo que a indústria preserve suas margens e continue capitalizando o bom momento vivido pela pecuária de corte brasileira.


Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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