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Semana tem previsão de chuva intensa e frio no sul; seca e baixa umidade no Centro Oeste

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A semana inicia com fortes chuvas e uma onda de frio intenso que atinge as regiões Sul e Sudeste do Brasil, mas não trazer grandes alterações para o Centro Oeste, onde a seca e a baixa umidade continua, inclusive afetando a navegabilidade na bacia do Paraguai.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de geada e temperaturas baixas, especialmente no extremo Sul do Rio Grande do Sul, onde a frente fria tem derrubado as temperaturas desde a semana passada. As mínimas devem oscilar entre 0ºC e 3ºC, trazendo risco de perda de plantações.

O alerta é válido para quase todo o Rio Grande do Sul e pode se estender até quarta-feira. Além do Rio Grande do Sul, regiões de Santa Catarina e o norte do estado também estão sob alerta, embora com menor intensidade, entre está segunda (08.07) e amanhã.

O declínio das temperaturas se estende além do Sul do Brasil. O Paraná, o norte de Santa Catarina, o litoral sul de São Paulo e grande parte do Mato Grosso do Sul também enfrentam um resfriamento entre esta segunda e terça-feira, conforme previsto pelo Inmet. Dali pra cima, sul de São Paulo, o Paraná e o norte de Santa Catarina devem ter chuvas intensas durante toda a semana.

As temperaturas também caem no Mato Grosso do Sul, trazendo uma trégua para o Pantanal, região que tem enfrentado altas temperaturas e tempo extremamente seco. A previsão de chuvas no Pantanal sul-mato-grossense, pode ser um fator importante para amenizar o tempo seco na região e consequentemente os focos de calor, mas os volumes de chuva previstos não revertem a seca que afeta a região.

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NAVEGABILIDADE – De acordo com monitoramento do Instituto de Meio Ambiente do Estado (Imasul), a seca que atinge o Pantanal pode comprometer a navegação nos rios que compreendem a bacia do Paraguai. A bacia do Paraguai é uma importante via de transporte de minérios, produtos agrícolas e grãos do Centro-Oeste do país. De acordo com números da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), 412,4 mil toneladas de soja foram movimentadas na hidrovia em 2023.

Nota da secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Mato Grosso do Sul (Semadesc) alerta que a única estação com nível de água dentro da média histórica é a de Coxim, por onde passa o rio Taquari. As estações Pousada Taiamã (rio Piquiri), São Francisco, Ladário, Porto Esperança, Porto Murtinho (rio Paraguai) e Miranda (rio Miranda) já estão com valores de estiagem.

Os piores níveis foram registrados na estação de Porto Esperança, com nível equivalente a apenas 3% da média histórica. Em seguida vem Ladário, com 22% do esperado, e Porto Murtinho, com 37%.

Apesar do alerta, até o momento, navegação está mantida pela Marinha do Brasil, órgão que determina a navegabilidade dos rios no Brasil. As recomendações da Marinha, contudo, são de cautela com a fumaça causadas pelos incêndios e “Passos Críticos” no trecho entre Corumbá e Cáceres (MT) “que requerem atenção nas manobras em função de baixas profundidades, limitada largura e/ou sinuosidade”, segundo nota da Marinha.

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CALOR E SECA – Nos demais Estados do Sudeste pra cima, o alerta é para  baixa umidade do ar, variando entre 30% e 20%, apresentando risco de incêndios florestais e impactos à saúde.

Os estados afetados pela baixa umidade incluem Rondônia (leste), Mato Grosso (exceto o sul), Pará (extremo sul), Tocantins (centro-sul), Maranhão e Piauí (extremo sul), Bahia (extremo oeste), Minas Gerais (noroeste e Triângulo Mineiro), São Paulo, Mato Grosso do Sul (extremo norte), Goiás e o Distrito Federal.

Em termos de temperaturas, Porto Velho pode registrar uma máxima de 38°C, enquanto Manaus e Palmas podem alcançar 35°C. Rio de Janeiro, Belém, São Luís, Teresina e Rio Branco podem atingir 34°C. Em contraste, São Paulo, que registrou 27°C no domingo, não deve passar de 21°C nesta segunda-feira, mesma máxima prevista para Florianópolis, um pouco acima de Campo Grande (MS), com 20°C.

Essa combinação de chuvas intensas, geadas e variações extremas de temperatura coloca produtores e a população em estado de alerta, exigindo atenção redobrada às condições climáticas nos próximos dias.

Fonte: Pensar Agro

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Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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